Puxar
marido
se você agora puxar do bolso de dentro do paletó
um livrinho com poemas de Bandeira
ou um lenço, fios de linho, bordado com uma letra só
se você me olhar bem fundo e mentir de brincadeira
que sou eu aquela de quem não teme eterno nó...
ou se me pintar, sem rascunho, com cores de nanquim
se bem agora você passear por meus ouvidos
com sussurros, gemidos e declarações sem fim
eu te juro, bem agora, troco teu apelido, te faço marido
e digo sim.
A música que ouvi o dia todo foi uma desculpa para puxar assunto, e não dizer diretamente que não paro de pensar em você. É como se eu pudesse enxergar o brilho dos seus olhos e me aquecer com a luz do seu sorriso, a cada nota que pelos meus ouvidos eu deixo entrar.
ESTE CARA SOU EU
Eu chego,logo me torno seu amigo, não desconfie nem fique bravo se eu te puxar pelo braço, gritar com você como se estivesse furioso, te irritar e sair de perto dando risada, sou assim dificilmente estou de mau humor, levo quase tudo na brincadeira sim, a vida já é seria de mais pra fazer tudo de cara fechada, compromisso é compromisso mas se eu puder me divertir no meio tempo assim vou fazer, mas no final vai estar tudo nos conformes dificilmente erro, quando erro não exito em pedir desculpas, seja onde for e na frente de quem for, só não perca minha confiança ela é dada facilmente, e perdida ainda mais facilmente, e dificilmente recuperada.
É que eu estava indo embora, largando suas mãos aos poucos na esperança de você me puxar. E bem, você puxou, a sua mão, largou a minha e me disse “ -: Até logo boneca!” com aquele sorriso que me mata, e ali eu morri. Morri por dentro sorrindo por fora, você não entendeu quando eu disse que não ia mais voltar. Era tão fácil me ter, que sua convicção de que eu era sua, te tira qualquer dúvida de que eu não iria voltar, mas meu bem, eu sempre fui mais minha, não é porque você me tinha, que podia desperdiça. E como tudo que se tem de muito, não é dado valor, eu me fui e não voltei. Você esbanjou, algo que não podia ser esbanjado, e ficou sem.
O menino
Meu carrinho de lata
Rodas retalhadas de madeira cordas de cipó a puxar-lo
Meu relógio de tampinha de garrafa marca as três e meia da tarde, vou jogar bola feita de meias amarradas
Meu campinho de barro
Brinco descalço a correr
Das minhas amizades o afeto de verdadeiros amigos
Vou sorrindo a minha casa descansar, na minha rede amarrada nas varas de bambu balanço de um lado a outro, olhando o tento estrelado de minha casa sem teto.
Quando eu digo "Olá, como vai?" não é somente pra puxar assunto e iniciar uma conversa banal qualquer.
Quando pergunto como você está, é porque tenho real interesse em saber se vai tudo bem com você e principalmente, porque sinto saudades...
E é com a mão aberta
Que se tem cada vez mais
A usura que te move
Só vai te puxar pra trás
E é com a mão aberta
Que se tem cada vez mais
A usura que te move
Vai te puxar pra trás
Vamos botar esse bloco
na rua e esticar esse cordão...
Acreditar que podemos amar
e puxar uma corrente de emoção...
Eu quero é cair na folia,
porque sou um folião...
Quero é aproveitar, porque
a vida não pode ser séria , não...
Não sou padre nem sou freira
e retiro é coisa pra budista...
O meu zen é na avenida, só acaba quarta feira
e eu quero é brincadeira...
Sair pelas ruas puxando samba
que me leve a um lugar de verdade...
Que é dentro do seu coração...
As vezes o que a gente só precisa fazer, é puxar uma cadeira e conversar com Deus.
Isso resolve tanta coisa, mas tanta.
A vida é como as águas de um rio, elas vão, mais nunca voltam, podem até puxar de volta, mas ela nunca ira voltar, mais sempre vai ficar algo lá no fundo do rio. E a vida é como o rio, nunca nada vai voltar, mas ainda vão sobrar lembranças, lá, no fundo de coisas que um dia aconteceram. Teve uma mulher que um dia eu conheci, e cada minuto ao seu lado valeu a pena, e eu nunca vou esquecer-me de você. Digam o que quiser eu nunca vou te esquecer!
Ela está ali, bem enfrente a mim. Estendeu sua mão para me puxar ao seu encontro e em seus braços me envolveu. Eu por vez, tão quebrada por dentro e ela me parecendo tão interessada a concerta-me, não consegui desviar.
Seu olhar me fitava, me mostrava um caminho e sua boca me dizia ” o quanto era verdade tudo o que pensará sobre ela e nós”. Tão convidativa não tive como resistir.
O amor tem me magoado tanto e dai se eu quero me perde mais uma vez? Quero me sentir viva e de alguma forma estou, de alguma forma meu coração achou um motivo para bater involuntariamente, eu não entendo o porque , porém é muito bom.
Então eu perdi os sentidos mais uma vez, quando você me disse pra puxar com força e prender o ar nos pulmões, como quem prende um amor.
Perdi o timing pra dizer que subiu, lá pros meus pensamentos, o teu cheiro de poeira nova, bem daquelas que, chatas, cobrem a mobília e tudo o que mais estiver aberto em nós.
Deve ter sido assim que você cobriu meus olhos, dançou no ar até preencher meu coração, e escapou dos meus lábios feito as palavras turvas, embrulhadas na fumaça envergonhada, que eu acabei por dizer baixo demais.
Eu posso repeti-las agora, se você preferir, pra não te deixar esquecer que foi no teu colo que eu me deixei pra trás. Posso repetir pra te lembrar, e pra você gravar, moreno, que é no teu caminhar que eu faço os meus passos.
Eu sei que você já não me espera na entrada ; sei que não me procura na saída e nem nada… Mas fica pra escutar o que o teu sorriso torto fez em mim.
E senta daquele jeito, meio solto, me mostra o teu olhar de quase-louco, me manda embora daqui.
Diz que não me quer porque me quer demais, me deixa vestir a tua marra de “eu-sou-mais”, me chama com o corpo só pra eu dizer que pode, assim…
Você vai dizer, de novo, que não veio pra jogar o meu jogo. E cê já sabe bem o que eu vou dizer, criança, com você não tem jogo nenhum…
Então fecha os teus olhos pra fugir dos meus, enquanto me chama pra ir ali fazer mais um…
E me esquece.
Mas vê se me esquece de vez que eu já não te aguento mais.
Não aguento teu jeito vazio de viver sempre cheio, teu jeito sério de não ser sério at all, tua mania insuportável de limpar os vestígios de solidão e a recíproca verdadeira: Essa mania que a solidão tem de te deixar limpo, só com marcas de ninguém.
Eu to te soltando com a fumaça essa noite, moreno, porque eu te quero no pacote pra viagem.
Entende, te mastigar agora não vai me fazer bem.