Solidariedade com comida
Quem milita na vida pública precisa ter sentimento coletivo e amor ao próximo. Nada se conquista sem a solidariedade humana, o diálogo e o entendimento neste meio. Uma liderança alcança o sucesso quando mais representa o sentimento humano, quando vê em cada mãe a sua mãe, em cada pai o seu pai, em cada irmão e filhos os seu. Nestes quatorze anos de convivência com a necessidade humana militando na política aprendi muitas coisas: a principal delas é que LEALDADE se paga com LEALDADE e FUNCIONÁRIO se paga com SALÁRIO. É muito mais difícil você ter a lealdade a seus sonhos de um funcionário do que a de um amigo que sonha com você. Um projeto coletivo de forças para beneficiar um coletivo enfraquecido pelas injustiças só se faz com pessoas movidas pelo amor e a solidariedade, diferente disso é privado, visa lucro, é medíocre do ponto de vista da realização coletiva, social. A massa quer representantes acessíveis e solidários, patrões eles já tem numa relação limitada por acordo meramente comercial. Assim teremos melhores homens liderando o que há de melhor numa sociedade: nossa gente, na busca de um ideal anônimo horizontalmente falando e gigante do ponto de vista de conquistas.
De que adianta tanto esforço para se obter o poder se o que realmente importa é ser e fazer feliz aqueles que também são filhos do universo.
Não preciso de carnaval pra sair cantando,pulando e mostrando felicidade, assim como não (devíamos) necessitar do Natal pra demonstrarmos solidariedade e amor ao próximo...queria que chegasse o dia em que não tivéssemos data marcada pra expor nossos sentimentos...assim seríamos menos escravos da nossa sociedade e mais obedientes ao nosso coração..
Se quiser fazer uma boa ação para a sociedade, faça no anonimato, boa ações não precisam de cara limpas nem mídias, ao menos que sua comoção seja apenas para que todos saibam que você existe.
colho as rosas que a vida oferece
e as entrego a quem merece.
Porém devo ser consciente
de que quem as recebe, um dia esquece.
Doe Medula Óssea, é muito mais simples para quem doa, do que para quem recebe, não irá fazer falta alguma, o organismo reproduz e existem mais de 1500 guerreiros aguardando alguém compatível... O único risco? Salvar uma vida!
A melhor forma de esquecer nossos problemas e fugir dos nossos medos, é ajudar ao próximo e se ocupar da mais produtiva forma de amar e de viver a vida.
Podemos prever que excelentes coisas virão, mas é também sabido que existe a possibilidade do não. Ajude!
Seu sucesso começará a correr atrás de você,
quando a dor e as necessidades dos outros,
passarem a ter importância para você.
O HOMEM DO COBERTOR VELHO
Todos os dias no mesmo horário eu descia do ônibus e subia a passarela para pegar a segunda condução em direção ao trabalho. Quase sempre estava atrasado e passava feito um foguete, sem olhar para os lados. Naquele local, entre o ponto e a passarela, desviava de algo que atrapalhava o meu caminho.
Certa vez me esqueci de mudar o horário de verão, e saí de casa com uma hora de antecedência - fui perceber apenas quando estava no ônibus. Estava mais tranquilo e sereno, andando com calma e olhando o caminho percorrido, o que nunca acontecia. Ao descer do ônibus, reparei o que era aquela coisa que eu desviava todos os dias entre o ponto e passarela. Tratava-se de um velho cobertor, cinza, áspero, com um volume por baixo. Curioso, levantei o velho cobertor e dentro havia um homem dormindo, que nem percebeu que o descobri.
O homem debaixo do cobertor velho fedia a cachaça. Talvez por isso não tenha percebido que levantei o cobertor. Em frente ao ponto e a passarela havia uma padaria. Fui até lá e pedi um chocolate quente e um pão com manteiga na chapa, e levei ao homem debaixo do cobertor velho. Mesmo receoso, o rapaz agradeceu.
Passei a fazer do ato a minha rotina. Todos os dias eu comprava um chocolate quente e um pão com manteiga, e levava ao homem que sempre estava no mesmo local.
Um dia eu entreguei o pão com manteiga e fiquei olhando o homem degustá-lo. Ele, com a boca cheia e deixando cair migalhas no velho cobertor, indagou-me:
- Por que me ajuda?
Fiquei refletindo por um tempo antes de responder:
- Acho que não preciso de motivo para ajudá-lo.
Ele então se levantou e saiu andando pela primeira vez desde que o conhecera. Todos os dias eu o aconselhava a sair daquele local, procurar algo melhor para a vida. Queria que o homem reagisse, pois tratava-se de um bom rapaz, porém perdido.
Em um certo dia que desci do ônibus, segui em direção à passarela, e só estava o cobertor velho no chão. Mesmo assim, comprei o achocolatado e o pão com manteiga e deixei no mesmo lugar de sempre. Ele nunca mais apareceu no local.
Escolhi, então, pressupor que o homem melhorou de vida, pois, caso contrário, ele teria o alimento naquele cantinho.
Na padaria o proprietário me questionou:
- Por que você ajudava aquele homem? Era apenas um bêbado de rua.
Respondi:
- Porque aquele homem precisava de mim, mesmo que por apenas um tempo. E eu preciso de pessoas melhores no mundo.
Dica do dia: convide a seus inimigos a
tomarem assento na mesa que o Senhor lhe
tem preparado. Reparta com eles o seu pão.
Isso é graça na prática.