Solidariedade com comida
Nem sempre as pessoas realmente são a imagem que transmitem. A realidade é que fazemos o nosso marketing pessoal o tempo todo, mas poucos sabem disso. Quem sabe disso muitas vezes se disfarça e faz uma propaganda proposital para gerar criticas e polemicas. O ser humano só critica aquilo que o incomoda de alguma forma, seja por ele não consegui fazer igual, seja por ele não conseguir superar e até mesmo por não fazer parte de seus princípios. Amo a critica relacionada a minha pessoa, pois elas não me derrubam. Criticas me fazem rir, pensar, me moldam, me ajudam a ter outra visão e em alguns casos mando o autor da critica se danar!
Os indivíduos que estão por cima tem o dever ético de iluminar não apenas o próprio caminho, mas também o daqueles que, por se encontrarem nas profundezas, precisam de um farol ou ao menos uma lâmpada acesa.
Num mundo em que as pessoas compartilham tudo, de dores a amores, não tem sentido fazer sucesso sozinho.
O jejum que agrada a Deus não é privar-se de todo alimento por algumas horas, mas privar-se de parte dele para sempre, compartilhando-o com o que nada tem para comer.
Quantas lágrimas enchem os olhos das pessoas por causa das coisas ruins que acontecem na vida, mas cada um de nós pode estancar o mal e fazer alguém menos triste.
Ria da vida, faça dos dias uma poesia, espalhe amor, sinta das flores o perfume, seja o caminho para tornar a vida de todos mais fácil e, se puder, plante somente o que faz bem na vida dos outros.
Gaste seu tempo buscando uma maneira de ajudar alguém que esteja precisando, preencha seu coração fazendo o bem a quem necessita.
Eu até desejo mudar o mundo, mas sinceramente acho que sou apenas mais uma "zero a esquerda" disfarçada.
Não preciso de carnaval pra sair cantando,pulando e mostrando felicidade, assim como não (devíamos) necessitar do Natal pra demonstrarmos solidariedade e amor ao próximo...queria que chegasse o dia em que não tivéssemos data marcada pra expor nossos sentimentos...assim seríamos menos escravos da nossa sociedade e mais obedientes ao nosso coração..
Tanto faz se você é da religião A, B ou C. Na verdade, pouco importa se você é crente ou ateu. O que é realmente importante é que suas ações diárias sejam guiadas por valores do bem, como a humildade, a simplicidade, o respeito, a honestidade, a solidariedade, a caridade, a compaixão, o perdão e o amor, de modo a irradiar o Deus que há dentro de você. Por isso, aquele que é ateu e pratica tais valores no seu dia a dia está mais perto do reino dos céus do que aquele que vive plantado na igreja mas afastado da prática desses valores.
QUE A HUMILDADE E PUREZA, PROPAGUE EM NOSSAS ALMAS DE FORMA COTIDIANA, PARA QUE POSSAMOS SER SOLIDÁRIOS E AMOROSOS COM O PRÓXIMO.
Temos um instrumento exemplar;
em forma de alento, em par;
que nos dá toda a sustentação!
Podemos usá-las sem vexames, sem medos;
por possuírem membros ao manipulá-las, seus dedos;
estou falando do amor que distribuem as 'MÃOS'.
.........................Shell
O HOMEM DO COBERTOR VELHO
Todos os dias no mesmo horário eu descia do ônibus e subia a passarela para pegar a segunda condução em direção ao trabalho. Quase sempre estava atrasado e passava feito um foguete, sem olhar para os lados. Naquele local, entre o ponto e a passarela, desviava de algo que atrapalhava o meu caminho.
Certa vez me esqueci de mudar o horário de verão, e saí de casa com uma hora de antecedência - fui perceber apenas quando estava no ônibus. Estava mais tranquilo e sereno, andando com calma e olhando o caminho percorrido, o que nunca acontecia. Ao descer do ônibus, reparei o que era aquela coisa que eu desviava todos os dias entre o ponto e passarela. Tratava-se de um velho cobertor, cinza, áspero, com um volume por baixo. Curioso, levantei o velho cobertor e dentro havia um homem dormindo, que nem percebeu que o descobri.
O homem debaixo do cobertor velho fedia a cachaça. Talvez por isso não tenha percebido que levantei o cobertor. Em frente ao ponto e a passarela havia uma padaria. Fui até lá e pedi um chocolate quente e um pão com manteiga na chapa, e levei ao homem debaixo do cobertor velho. Mesmo receoso, o rapaz agradeceu.
Passei a fazer do ato a minha rotina. Todos os dias eu comprava um chocolate quente e um pão com manteiga, e levava ao homem que sempre estava no mesmo local.
Um dia eu entreguei o pão com manteiga e fiquei olhando o homem degustá-lo. Ele, com a boca cheia e deixando cair migalhas no velho cobertor, indagou-me:
- Por que me ajuda?
Fiquei refletindo por um tempo antes de responder:
- Acho que não preciso de motivo para ajudá-lo.
Ele então se levantou e saiu andando pela primeira vez desde que o conhecera. Todos os dias eu o aconselhava a sair daquele local, procurar algo melhor para a vida. Queria que o homem reagisse, pois tratava-se de um bom rapaz, porém perdido.
Em um certo dia que desci do ônibus, segui em direção à passarela, e só estava o cobertor velho no chão. Mesmo assim, comprei o achocolatado e o pão com manteiga e deixei no mesmo lugar de sempre. Ele nunca mais apareceu no local.
Escolhi, então, pressupor que o homem melhorou de vida, pois, caso contrário, ele teria o alimento naquele cantinho.
Na padaria o proprietário me questionou:
- Por que você ajudava aquele homem? Era apenas um bêbado de rua.
Respondi:
- Porque aquele homem precisava de mim, mesmo que por apenas um tempo. E eu preciso de pessoas melhores no mundo.