Brisa
Depois de um tempo, a onda abaixa, o mar se acalma. A brisa do vento é leve, tranquiliza.
Pouco ou quase nada te faz falta. Tudo está completo. De dentro pra fora.
A paz reina no peito. Sentimentos bons florescem.
Ao acordar, luz. Ao dormir, plenitude.
Palavras são ditas bem baixinho, frases longas já não existem. Dai você aprende, que menos é sempre mais.
Aprende que as responsabilidades alheias são alheias, e não cabe a você mudar o mundo. Mas respeita o mundo que existe em você.
Entende que nem tudo que vai, volta. E tudo bem, e tudo bem. Tem coisas que não precisam voltar.
Aprende que silêncio também é resposta, e que pode haver muitas palavras em um suspirar baixinho.
E aprende a aprender, às vezes, até desaprendendo...
Hoje acordei saudade. Uma saudade miúda, levinha, levinha... Saudade dessas que chegam com a brisa delicada da manhã, cheirando a flor de laranjeira.
#Ai...#ai...
É chegada a hora...
Do sofrer...
Pai onde está você?
Mãe cadê?
A brisa sopra...
O vento se anuncia...
As estrelas tão longe...
São frias...
Em noites, sob lua prateada...
Sozinho...
Na madrugada...
Ergo mãos ao céu...
Que quero alcançar...
Em vão...
Lágrimas são pesadas...
Correm pela face fartas...
Coração tão pesado bate...
Chega a doer...
Cansado...tão cansado...
Penso eu: "De viver"...
Ah...mais nessa agonia...
Voz funda se pronuncia:
"Amanhã é um novo dia"
"Vai dormir"...
Pesado me ergo...
Em meu leito...
Me deite...
Sem ninguém perceber...
Eis que amanhece então....
De ontem me lembro bem...
Mas não comento com ninguém...
Me visto de alegria...
No espelho combinando cores...
Disfarçando minhas dores...
Tentando pelo menos...
Atrás de um sorriso ...
Triste ...
Um brilho de olhar...
Medo de olhar nos olhos dos outros...
Me esconder...
E me ver ali refletido...
Sem coragem a me enfrentar...
Disfarço então com conversas tolas...
Gestos estudados...
Chego até a esquecer...
Melhor assim proceder...
Tenho tanto a fazer...
De nada me adiantaria lamentar?
Ninguém mesmo vai entender...
Tem também a contar...
Saberia eu escutar?
Quem poderia?
Colecionar tristezas e alegrias...
Da vida eis a grande arte...
Mais a grande magia mesmo....
É poder transformar...
Toda decepção...
Toda dor...
Toda ilusão...
Em felicidade...
Em paz...
Em amor...
É poder no sorriso triste...
Fazer ser sincero...
Das lágrimas derramadas...
Orvalho para uma flor...
Do suspiro uma brisa...
Da tempestade a calmaria...
Transformar o feio em bonito...
Não perder o juízo...
Seguir adiante...
Quem sabe então...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
Meus braços abrem sutilmente como asas
A brisa brilha meu corpo a seu favor
As flores murmuram uma linda melodia
Acanhadas pela falta de instrução
Coloridas de ousadia
Em tão bela canção
Ah se eu pudesse voar!
Livremente pelos céus me acorrentar
Livre, liberta liberdade que me aprisiona
Por si mesma em plena decolagem
Quanto mais longe, mais perto
Quanto mais livre, mais preso
Pouso na linha do horizonte
Esperando a chuva passar
E me lembro que não posso voar
Mas eu posso sonhar
Poderei então novamente voar
DIAS DIFÍCEIS
Nos dias difíceis
Erga os braços e respire...
Sinta a brisa no rosto
Sinta o ar nos pulmões
Sinta o coração bater
Sinta o pulsar do sangue nas veias
Sinta a vida em você!
Diante das circunstâncias ruins
Até parar é um movimento válido.
Andar, correr e se apressar
Até se arrastar no faltar das forças...
É resistência, é lutar!
A derrota certa é desistir
É não querer mais o ar
É a conveniência de não querer respirar
É num canto se abandonar
É não chorar por um sonho
É não estender as mãos aos amigos.
Dias difíceis se anunciam
Dias difíceis passam
Dias difíceis não duram a vida toda.
Chegou como brisa suave, tempestade passageira a refrescar numa deliciosa tarde de verão.
Me sentia como aquela criança ao correr para o quintal, e debaixo da aguaceira pula nas poças a brincar,
Sentia como a criança que se delícia raspando a panela de brigadeiro, ainda quente, que a mãe acabou de preparar.
Mas partiu... esvaiu-se como areia do deserto árido, que não se guarda na palma das mãos, escorre sem parada pelo meio dos dedos.
Meu corpo chora tua despedida, e meu coração dilacerado como faltar um pedaço carrega com ele de forma singela a marca da tua digital.
De agora, por Fábia Alexandra.
Março, o mês das mulheres que são mar, que são brisa, são vento, são luz... Nasceram neste mês com o encanto da natureza, por isso têm uma aura tão especial, tal como o encantamento do pôr do sol. Março é o mês da natureza e a natureza das aniversariantes do mês é pura magia, só os profundos são capazes de desvendar a doçura dos seus olhos e o que secretamente vai em seus corações... Que bom, pois só os verdadeiros são capazes de permanecer ao lado dessas belas mulheres, a essência delas só é visível aos que sabem enxergar para além do aparente, o que mais encanta mesmo é o interior, repleto de coisas boas, principalmente de fé, e com essa não há como falhar. Assim, elas não se cansam de se reinventar a cada dia se for preciso, mas nunca desistem dos seus sonhos, sabem que Deus as ajudará e é isso o que não as deixa desistir nunca...
O amor é como o vento, que chega de surpresa, beija sua face é deixa a brisa no rosto gelado
O amor e como o perfume das flores na primavera, libera nuvens de pólen anunciando sua presença mas ninguém as ver.
O amor é sentir que estamos fortemente ligados mesmo que não estejamos juntos.
O amor é saber que mesmo que não o conheça mas consigo esperar por ti.
O amor se entende, mesmo que não seja compreendido.
"A brisa leve tocava teus cabelos, e a luz do dia na janela emoldurava teu corpo seminu...Poesia do espaço."
O leve toque da pétala.
Quente como brasa acesa.
Suave como brisa do mar.
Intenso como ondas em tempestade.
Momento...
O misto perfeito!
Sereno noturno.
Louco...
Eterno...
Imperfeito...
Único e inesquecível.
Flash que me faz sorrir.
Tempo!
Você é uma arca de tesouros e mapas de segredos.
Sempre traz sensações de tudo que ficou de bom.
A Folha
Como uma folha que se movimenta junto a brisa do outono, o suave som de se alinhar ao encontro dos ventos, delineando formas diferentes ao montante se faz.
Algumas não se aguentam e ao esforço de um sopro se desprendem da vida conjunta, se deixa voar ao incerto, ao inseguro, apenas se deixa. Cair e caindo ao chão , ao mar, ao húmido.
Se encontra ao novo, e com o novo o passar do tempo ela se perde sua vivacidade em suas cores vibrantes, dando lugar as cores frias sem vidas de um ressecar até se deteriorar.
A folha no entanto cultiva cada momento de seu desprender, como se tudo aquilo vivido fosse experimentado com toda sua essência.
Deixar ser folha ao viver.
Minha ideia de cinema estava sempre ligada à brisa das noites de verão. Nós só víamos filmes no verão. Os filmes eram projetados em uma enorme parede branca. Eu me lembro especialmente dos filmes que tinham água. Cachoeiras, praias, fundo do mar, rios e nascentes.
A maior sensação de paz,
Misturada ao leve sopro da brisa do mar,
Aquela canção feita pelo som das águas,
As nuvens espalhadas pelo céu,
Como feitas de pincel,
Rodeavam as montanhas,
Como crianças,
Bailando ao tocar de cantigas de roda,
O massagear dos pés,
Com a leveza da textura das areias da praia do Campeche,
Ao avistar da sua ilha,
A solidão representada por aquele barquinho atracado,
Solitário na escuridão daquela noite fria de inverno,
No beco do surfista,
Com juras de amor eterno,
A lembrança,
Quase que fotográfica,
Daquele céu estrelado,
Dava para ver as Três Marias,
As mesmas que moravam no teu corpo,
Tão de perto,
À ponto de tocá-las,
Sentindo em meu corpo,
A euforia da manifestação do teu corpo,
Para depois me deitar,
Pegando no sono,
Acordar no meu lugar,
O preferido do mundo.
tenho contado meu tempo através de segundos
eram quatro
e ventava
brisa boa que assopra a face.
noite tépida
razoável para casais que dividem a mesma cama.
sentado de frente para mim mesmo
pensei em alguém,
em outrém,
em ninguém,
em temporais.
"Frio"
Essa noite.
Esta brisa.
Este frio.
Essa essência.
Esta luz.
Este frio.
Essa falta.
Esta angústia.
Este frio.
Essa luz que se ofusca.
Esta voz que não chega.
Este frio que não passa.
Essa noite.
Esta brisa.
Este frio.
Essa estrela que brilha.
Esta paz que me acalma.
Este frio que me cala.
Essa essência.
Esta luz.
Este frio.
Essa presença.
Esta lembrança.
Este frio que me acolhe.
Essa falta.
Esta angústia.
Este frio.
Essa face que brilha.
Esta riqueza que encanta.
Este frio!!!
!!! ... que me prende em você.
Admilson
29/06/2019
Admiráveis são os meus pensamentos
Porque penso em você, e mesmo distante
Sinto-te na breve brisa dos ventos.
Até mesmo nos vendavais
Que levam o polén da minha flor
Nas ruas onde me prometias amor.
Por isso são admiráveis esses pensamentos meus
Olhando a distância da estrada pressinto suas mãos
Dizendo-me adeus!
A brisa. Q sobra meu rosto
As ondas que quebram no mar
Não sei da onde eu vim,
Nem sei onde vou para
Mas olhando pro horizonte.
Talvez eu possa acha.
Aquilo que não procuro,
Acabo por encontrar
Enquanto o que desejo
Bem longe de mim está.
Lembrando daqueles teus bjos,do brilho em seu olha,tenho mas do que certeza q até hj
Não encontrei uma beleza que possa se compara,a moça q um dia amei
Mas que agora distante esta...
Era sábado, a noite não era mais quente do que todas as outras noites de outono, e uma brisa sutil, entoava o ritmo das noites boemias.
A Lapa brilhava em seus muitos tons, dos sambistas altivos em seus velhos ritmos que agitavam os bares, até as damas da noite, que satisfaziam corpo e mente dos afortunados ou não.
Era inegável, no entanto, a magia das noites cariocas. Magia essa que levava os mais variáveis públicos até seus braços, os braços da cativante noite envolta em cerveja e no batuque dos pandeiros.
Carlos não era um homem muito diferente de qualquer outro que apreciava a companhia sistemática de ninguém menos que ele mesmo.
Vivendo o que ele viveu e passando o que passou, seu copo e cigarro eram melhores que qualquer papo que tirasse a poeira da rotina, ou ouvir um amigo falando sobre o espetáculo de Garrincha contra o Flamengo no Maracanã.
Ele se sentia bem na sua própria companhia. E normalmente acompanhado de seu inseparável caderno de notas, o qual escrevia seus romances e infortúnios da sobriedade.
Lembrou-se de uma situação que viveu quando tinha seus 23 anos. Amores de juventude normalmente eram indícios de problemas, principalmente se o resultado final era estar sozinho num sábado a noite.
No entanto, Carlos apreciava as memórias de quem fora importante em seu passado.
Angélica foi seu grande amor, provavelmente o maior de todos os amores, motivo de seu sorriso e embriagues.
Conheceram-se na faculdade de jornalismo, sendo ele o aluno de tal curso, enquanto ela cursava medicina veterinária.
Não era diferente de uma típica menina dos anos 60, onde o amor pela natureza e seus animais era o ápice das relações humana.
No entanto, algo havia cativado o coração de Carlos. Ela fazia com que todas ações que pareciam comuns, tomassem formas absurdamente especiais. Ela sorria de forma diferente, e o cumprimentava de forma diferente, sendo simplesmente diferente de todas.
Ele, por outro lado, resguardava a timidez, característica de sua personalidade frágil com relação ao que não compreendia.
Era um rapaz altivo, porém, jovem. Tinha pressa de conhecer e saber as coisas do mundo, garoto suburbano de pais humildes que trabalhavam para que ele pudesse completar os estudos.
Certo dia, no verão de 67, num Brasil onde todas as palavras precisavam ser medidas, desmediu um ato. Decidiu que Angélica não seria mais sua relação do imaginário. Esbarrou quase que propositalmente nela no meio do gramada da Universidade, e disse:
_Perdão! Desculpa mesmo incomodar. É que eu te vejo sempre, e bom... Você nem deve saber quem eu sou, mas...
Prontamente, foi interrompido por ela:
_Você é o Carlos, eu te conheço sim.
E sorriu. Sorriso esse que queimava no coração dele como uma tocha de coragem, um farol entre seus pensamentos de medo da rejeição. Coragem para fazer a tal pergunta:
_Não aceitaria sair? Eu conheço um barzinho legal na Lapa, com viola e cerveja.
Ela aprontou um amplo sorriso, pois percebia o nervosismo do garoto e apesar dos pesares, ele estava ali, tremendo mas com muita coragem em sua tremedeira.
_Vamos! Ela respondeu.
Prontamente se despediram após marcarem o horário de encontro. Era fim de semestre, quando qualquer aula perdida poderia ser prejuízo.
Eram 22:00 da noite, e a Lapa reinava sublime. Era o auge da Bossa de Vinícius e Tom, que ecoava nos ladrilhos históricos, em nuances carnavalescas com o samba raiz que o carioca entoava com um hino.
A alegria dos presentes era visível. Casais dançavam juntos em bares, com suas bebidas. Rapazes em seus ternos polidos e moças em seus vestidos de cores tão diversas, que eram uma atração visual, um Taj Mahal arco-íris.
Ele já estava lá quando ela chegou, havia separado uma mesa pequena para dois, aconchegante o suficiente para equilibrar conversas como vida, amores, futuros projetos e etc...
Ela falava, ele bobo, olhava e admirava como se fosse a própria rainha da Inglaterra que estivesse discursando particularmente para um único súdito.
Era normal. Todo homem apaixonado cria para si a ideia de um momento, um momento que ele vê como algo possível, mas improvável. Ela estar ali, se divertindo com ele era o algo impossível de se imaginário.
Perdeu o controle quando viu que ela sabia seu nome, e perdeu o jogo quando ela aceitou o convite. Estava totalmente entregue.
Dançaram por horas. Entre pausas e danças, fluiu uma pergunta vinda da moça:
_Acha que o amor é pra todos?
Ele ficou sem resposta, de pé, encarando-a. Então disse:
_Acho que tô prestes a descobrir.
Aquele foi o gatilho, o estopim dos muitos sentimento. O amor era o sentimento sublime que construiu a maior parte da filosofia poética, ferindo de morte os corações desavisados, no crepúsculo da inocência que circundava o homem.
Beijaram-se como casais bem mais antigos, como se estivessem juntos a décadas, uma conexão extremamente rara, uma rosa nascida no concreto dos dias ácidos que corroíam a nação.
Mas brotou, com a força dos bárbaros, e a leveza dos artistas.
Já estavam juntos à 3 anos, e em 1970 era ano de Copa Do Mundo. Ele já era um médico iniciante que acabara de receber uma proposta que poderia mudar sua vida completamente.
Seus muitos contatos universitários trouxeram a ímpar oportunidade de um intercâmbio na Universidade de Cambridge, uma das mais renomadas do mundo. E uma oportunidade tão incrível, poderia não ocorrer duas vezes.
Correu até o apartamento que tinham em conjunto, era pequeno, sem muito brilho, mas era dos dois. Aquele pedaço de paraíso como costumavam chamar. Esbaforido, e exausto de tanto correr para chegar e anunciar à sua amada a notícia tão aguardada.
Ela pressentiu e com um sorriso e olhos marejados entendeu o que ele pretendia dizer no momento em que abriu a porta.
_To contigo! Vai viver nosso sonho, amor. Estarei aqui quando voltar.
Arrumaram as malas juntos, e se encaravam, rindo copiosamente da situação. O sonho de um era o sonho do outro. A distância seria vencida no devido tempo e em seus moldes.
Desceram as escadas do apartamento, e em suas alegrias que se misturavam com a festa pelo gol salvador de Jairzinho, partiram para o aeroporto.
O check-in foi feito assim que chegaram.
_Me responda sempre que possível. E use os casacos, lá é inverno.
_Eu sei, amor.
Ele respondeu.
_Assim que chegar eu dou um jeito de falar com você.
Ela assentiu com a cabeça, como quem entendeu.
_Te amo, lembre-se disso antes de dormir e ao acordar. Você é único, é tudo.
Ele não respondeu. Sua solitária lágrima que delicadamente escorreu de seu rosto, seguido de um beijo.
_Você estará comigo em cada momento.
Respondeu olhando repetidamente para trás e dizendo "eu te amo" em sussurros, até entrar no avião. Partindo para o grande momento.
Depois de 1 ano nos Estados Unidos, correspondiam-se com frequencia. Mas naquela manhã fria e de neve, recebeu um telefonema que não esperava. Era seu pai:
_Oi filho. Eu preciso que volte para o Brasil. É a Angélica, ela...
Relutou em dizer.
_Pai, o que aconteceu? -Disse ele assustado.
_Ela... teve um mal súbito, filho. Encontramos ela caída no apartamento. Eu sinto muito, filho. Ela não resistiu.
Soltou o telefone naquele momento, se negava a acreditar, enquanto gritava encolhido no chão da universidade. Nunca imaginara um mundo onde Angélica não estava, e aquilo doía de formas que a morte seria melhor.
Foi para o alojamento e arrumou suas malas com a ajuda dos colegas. Lembrou-se que sua ajudante na última vez que fez aquilo nunca mais o ajudaria. Sentou-se no chuveiro e por meia hora ficou lá. E suas lágrimas confundiam-se com a água que caía, e que por capricho, não escorriam seu sofrimento até o ralo.
Partiu para o Rio de Janeiro no mesmo dia. 12 horas depois, chegou a um Rio que não era semelhante ao que viveu. Chuvoso e frio, como se o céu sangrasse por ela.
Ele negava-se a entrar na igreja onde o corpo era velado. Como crer naquilo? Era ela, a pessoa que mais amava em todo o mundo, e que 3 dias antes havia falado com ele.
Olhou-a distante, de longe, estava linda, uma flor pálida.
Carlos saiu durante o enterro e seguiu até um lugar comum para ele, a Lapa.
Naquela noite não houve samba, não houve músicas e alegria. Era só ele, sua dor e sua lembrança.
"Lembre-se que te amo, quando dormir e ao acordar."
Lembrou-se disso todos os sábados a noite, por 30 anos, quando ia para o mesmo lugar onde se conheceram. Pedia 2 copos de cerveja e um sempre terminava a noite cheio.
"Realizei nosso sonho, meu amor."
Ele conheceu outra pessoa, a qual amou e construiu família. Mas nunca amou como aquela a quem amou na juventude. Nunca houve outra Angélica.
Nem as rosas pouco falantes de Cartola expressavam sua dor eterna, tão eterna quanto seu amor e gratidão.
