Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Sou desapegada ao roteiro grotesco da bajulação fútil por este meio ou qualquer outro em que não me submeta à convivência física.
AMOR A MODA ANTIGA
Sou aquela, fadada às mazelas
das paixões sinceras e obstinadas.
Amo a moda antiga, sou fiel, leal e amiga
e não há quem me diga se estou certa ou errada.
Quando amo e não sou amada,
se sou banida e relegada, caio prostrada.
Não consigo falar e nem me alimentar
por ser preterida; maldita ferida da vida.
Não quero mais nada se meu amor já não está
fico na cama quietinha
chorando pelo amor que “tinha”
e sofrendo como um cão sarnento,
sem discernimento do que farei
com o amontoado de sonhos que sonhei.
Dos desejos e planos?
Ah! Eles ferem como enormes enganos
São punhais, danos ao corpo quente
da febre intermitente em meus mais profundos ais.
Sim! Sou teus versos reescritos, impuros e aflitos
Como a vertigem, doce e quente da paixão
arremetendo aos delírios da compreensão
Ah! Alucinação impenitente da minha saudade...
Entra em mim como doença, dor intensa
Aí não falo, engulo o grito
Não durmo, me agito
fico insana, me torno a mais profana de todas as mulheres
faço todas as tuas vontades, perco a identidade
abandonada, lânguida e sem defesas
desejo o meu desejo, servido em tua mesa
ser a entrada, o prato principal e a sobremesa
Não adianta chegar e vir me falar que sou perfeito.
A perfeição nunca me tocou, muito menos a vontade.
Vontade esta que faltou para você desejar ficar ao meu lado.
Choro desesperadamente procurando algo que não encontrei.
Grito fortemente por teu nome deixando uma lagrima escorrer por meus olhos.
Chamo com clamor a palavra que me faz perder a fé.
Procuro algo, já estou delirando de paixão.
É sinal que o fim está chegando já que o que temos é um catalogo de erros.
Não me diga para parar de chorar já que é voce que me causa tudo isso.
Não diga que me ama sem antes provar que ao menos me respeita.
Não diga que me quer, se minha presença te causa nojo.
Quero a morte! A morte deste sentimento, desta dor, da solidão e da traição....
Sentimentos malignos direto para boca do cão...
Quem sou?
Sou além do uma foto estampada aqui!
Ou palavras escritas por mim!
Não sou uma obra perfeita
Nenhuma perfeição em mim há!
Mais sou feita pelas mãos do mestre
Que esta a mim moldar
Sou o barro amassado
De coração quebrantado!
Em busca do meu lugar.
Sou mais que aparência
Imagem exterior
Quem sou?
Sou feita de sonhos
Com pinceladas de esperança
e com detalhes de emoções.
Sou vivo num mundo que sobrevivo...
Alívios de salivas vivas ou mortas, sentidas como brisas, carros entre tuas balizas, portas tortas teu destino se suaviza.
Sobrevivente de um mundo inconsciente, gente boa, gente doente, gente da gente, feliz derrepente, alguns que antes se lamente, tente, olhos que escorrem lágrimas para trás, outros que abraçam sorrisos a frente.
Meu segredo é um livro aberto em branco sem nada escrito, meu medo é que onde que eu vivo, me espanto, a cada instante que reflito.
Nada mais existe nessa gente triste, tudo agora é mais rítmico, sem destinos homens, mulheres, meninos, perdidos como dependentes químicos.
A vida é como qualquer jogo, minhas recaídas num trono rodeado de mulher onde furtam o nada que tenho, meus cílios reversão no fogo.
A prova de que se viver combate com teu azar e tua sorte, provar o sabor dos paços só é realmente desfrutado, quando a vida te presenteia para a morte.
Confesso que, realmente, não sou o protótipo de beleza que a maioria tanto se apega em vão, contudo, sou o real da beleza que raríssimos conseguem enxergar e entender
Ele dizia, com orgulho: "Não sou falso!"; "Odeio hipocrisias!" e "Jamais puxo o saco!". Mas sempre choramingava: "Ué..., porque nunca fui promovido?"
Sou o sagrado e o profano,
um haleto e um alcano,
a mulher e a amante,
a ouvinte e a falante,
o céu e o inferno,
o ultrapassado e o moderno,
a pergunta e a resposta,
substância simples e composta...
Sou o paradoxo e a redundância,
o conhecimento e a ignorância,
a escassez e a abundância,
a bondade e a perversidade,
a confiança e a deslealdade,
o mito e a realidade,
o viciante e o saudável,
a solução e o incurável,
o descaso e a compaixão,
conceito e contradição...
Sou o certo e o errado,
o infinito e o limitado,
a virtude e o pecado,
o carbono e o hidrogênio,
um ser humano normal e um gênio...
Sou a entrada e o prato principal,
a páscoa e o natal,
a queda e a ascensão,
a emoção e a razão,
o desejo e a indiferença,
a saúde e a doença,
a fome e a gula,
o remédio e a bula,
o veneno e a cura,
a criadora e a criatura...
Sou, enfim, os dois lados da moeda,
o sim e o não, pois pra mim não há definição.
Surpreendentemente surpreendente.
Uma eterna caixinha de surpresas...
Sou como um passáro que quer voar e no horizonte encontrar...
A felicidade sem fim, o paraíso sem ti,
e se perder pra não voltar...
Ser mais forte que a dor, aproveitar o bom do amor...
Abrir os braços pra voar...
"...Ah...como sou cheia de fendas e apegos, claro que sinto saudades das crenças. Tudo, era tudo tão menos trágico para mim. Eram “suicídios” mais involuntários, tenho a mera impressão de que eu era até menos frágil. Hoje, me borro num pestanejar e sei que desacreditar pode ser até estúpido, entretanto, acho mais estúpido me manter em postura e nos “pliês”, sempre cair em pedaços no chão..."
(Texto a fê chora das impossibilidades)
