Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
O tempo é como um avião, onde cada asa deve ter a mesma medida e peso, e o meio, o agora, tem de possuir o controle de tudo e o trem de pouso.
Jovem pensador
Aqui sentado na asa de um avião estou vendo toda a minha vida passar numa velocidade incrível.
Cada fase foi decisiva, cada coração foi importante e cada lugar foi definitivo para eu ser quem hoje sou.
Em cada passagem um aprendizado, em cada nuvem um momento e em cada golpe de vento um olhar diferente sobre o mundo das recordações.
Eis aqui sentado na asa de um avião um jovem pensador que deseja voar cada vez mais alto.
A verdade «sou eu». Quando o outro disse «o Estado sou eu», disse a mesma coisa. Só que meteu a polícia para não haver dúvidas e outros a dizê-lo também.
Para que não se apague em nós a brasa voraz da sanidade é necessário reavivá-la constantemente com um leve sopro de loucura.
A vida sem ter amor
É triste melancolia
É um circo sem palhaço
Sem um truque de magia
É brasa que se apagou
É fogueira sem calor
Apagada em noite fria
A esperança é uma coisa inconstante e perigosa. Ela rouba seu foco e direciona-o para as possibilidades, em vez de mantê-lo onde ele pertence: nas probabilidades.
Prefiro perder esta guerra inteira a viver sem você, e se isso significar que tenho que me provar várias vezes, então eu farei isso.
Os olhos são a fogueira do coração. Convém mantê-los sempre acesos e faiscando algum encanto sob as brasas da emoção.
Eu sou assim:
não vivo de meias verdades;
não vivo de metades; Comigo
é assim: ou é ou não é,
preto no branco, sem floriar,
sem inventar, nu e cru!
Prefiro a verdade do que
a mentira, prefiro um não
do que um falso sim...
Isso não é ser antipática,
grossa ou mal educada,
isso é minha personalidade,
é livro arbitrio, é ser
simplesmente EU!
Eu sou a pessoa que mais me ilude, isso que me assusta. Minha maior inimiga. Mas sendo assim, tem como eu me derrotar e continuar de pé ? Responda-me quem puder.
Eu sou o Amor e retribuo assim,
com mais amor,
a todos que passam por mim.
Por isso, esta prece é silenciosa,
não tem gritos e nem clamores,
como o sol no entardecer,
não é prece de pedir,
é prece de agradecer.
Já sei, alguma das minhas piadas estúpidas. Olha, não vou me desculpar, eu sou assim, se eu tiver que desdizer qualquer bobagem que eu disser, não terei mais tempo para outra coisa.
(Bicho do Mato)
Eu sou assim, como você vê - pura nos traços, colhedora de flores... pouso como fada de sonho em sonho.
E eu sou assim mesmo. Esse turbilhão que por onde passa leva tudo ao redor, leva porque não tem saída efusiva. Leva por incerteza. Leva só por levar um bocadinho ali, outro mais a frente... E assim a vida vai seguindo. Vai seguindo porque ninguém é de ferro, ninguém deixa tudo passar sem olhar pra trás, ninguém deixa de se arrepender – a não ser que esteja morto -, vai levando a vida, assim, na calmaria. Porque se tem pressa tudo estraga. Estraga porque a vida é só uma e tudo que é demais perde a graça. Eu me perco mesmo nesses meus desatinos, nesses meus repentinos, nesses meus cálculos de frieza constante – como se eu fosse algo definido – e constantemente digo a mim mesmo: “Não sei”. Não sei que hora ela liga e diz que volta, nem sei mesmo que horas eu volto amanhã, se estou pra amanhã, meu humor é mesmo assim, inconstante, tão inconstante que me faz ter ódio do que eu amo agora.
E não sei, não sei de novo, nem sei quando vou saber...
