Avesso
Ao avesso dos ponteiros, onde a chama se renova, em cada um dos ponteiros em que colocamos a nossa esperança, e nosso medo. A chama que nunca se apagará, e a mesma que nos move ao avesso de nossas almas.
Nós somos a alma um do outro no avesso, revestida de sentimentos abstratos, conquistados ao longo do tempo, ocorrido do almejo que ultrapassou meus olhos, enquanto admiravam atentos, a mais linda luz que vem de dentro de você. Porque dizer que drasticamente eu te quis, é usar no diminuitivo tudo aquilo que eu senti por você. E eu refiro-me a tudo aquilo que eu não consigo dizer, mas que está estampado em todos os atos direcionados ou não a você. Não me pertuba, desconhecer o amanhã: eu só preciso de você para que amanheça para mim
Brasil do avesso
Brasil mudou de roupagem
Roubou nossa coragem
De ser um povo hospitaleiro, Fraterno, afável, amável
Agora viramos inimigos
Adversários
Pregamos o armamento
Para ceifar o contrário
O Brasil se reduziu
A privilegiados marcados
Enquanto a maioria ridicularizada
A fome sente amargada
Até o papa é xingado
Desacatado, odiado
Por pregar fraternidade
Onde reine a solidariedade
O Brasil virou do avesso
Grotesco sem compaixão
De gente roubando gente
Na dignidade, sobriedade
Negando a partilha do pão
Mas a Esperança não pode sucumbir,
se inibir, se calar mas gritar
Para um Brasil desempobrecido
Renovado, amado, prosperado
Transformai...
Ninguém pode colocar a alma pelo avesso para polir o que a ofusca, nem tampouco cortar ao meio o coração o fazendo em dois pedaços para limpar os farelos. Deixar armazenado o que nos sufoca é não nos fazer permitir sentir o cheiro da terra molhada com os pingos da chuva ao abrirmos a porta na manhã seguinte. Nem enxergar o raiar do sol ao despontar no horizonte de manhãzinha e com seu brilho nos mostrar os cascalhos no caminhar do dia. Engolimos poeira o tempo todo, mas o importante e não deixar a mesma sufocar a nossa alma. Assim como também não podemos alimentar tudo que nos desanima a ponto de limitar as batidas do nosso coração. Portanto, comece hoje limpando as natas que encobre as meninas dos teus olhos, e as obscurecem de enxergar o brilho do que é belo. Também, sopra lá do fundo, toda parte grossa que impede de pulsar com emoção e asfixia o que é puro e saudável do teu eu. Espero que você ao olhar para o amanhecer de hoje, mesmo com o peito inflado por algum descontentamento, tenha tempo de espelhasse na natureza e contemplá-la. Por isso: o que seria dos jardins se não fossem as cores das flores, o que seria das estradas sem os pedregulhos para nos acautelarmos a não pisarmos em falso, o que seria da noite sem a lua e o brilho das estrelas, o que seria de nós se não fossem as nuvens que freia um pouco os raios solares, o que seria dos caminhos sem os horizontes para olharmos de longe apreciar os passos e seguir firmes. Todavia, lhe digo: "Faça como a borboleta que passa por uma metamorfose, mesmo com dor ela se renova, transformai vosso coração".
E de repente tudo vira ao avesso. Tristeza e lágrimas querem dominar... mais Deus não permite e faz mesmo no escuro o sorriso imperar!
Meu avesso, me sufoca com minhas angústia, e me liberta com as prisões desse esse sentimento que me cerca.
Vejo através de um vidro a minha vida passar sem nenhum esforço e tudo que sinto é tristeza.
Nessa natureza rude, são nos seus olhos que encontro a minha paz, paz essa que nem sei se é real ou imaginária.
Vivo na sombra de uma escuridão que ilumina a minha mente nas noite de terror, que me pego a te imaginar cercada de sorrisos e gestos, os qual eu não sei se irei te proporcionar um dia.
E nessa incerteza que é o meu caos vivo te amar como um vento vindo de um inverno seco.
O Avesso
Hoje desnudam-se os corpos e cobrem-se com veemência com capas e películas telemóveis, iphones, smartphones, e o supérfluo.
A modéstia deu lugar à imodéstia e o Sagrado ao profano…
Eis a crise de valores em que estamos imersos…
POEMA IMPREVISTO
Quando a desgraça nos bate a porta,
Nossa vida vira do avesso.
Ninguém espera por um tropeço,
Se desespera com a sina torta.
Ninguém sabe onde encontrar forças,
Mas sempre procura nos seus.
É que quem nos encontra é a força,
Essa energia que se chama Deus.
Ele entra em nossa sintonia
E nos dá um caminho a seguir.
O tempo acomoda a agonia
E voltamos assim a sorrir.
(Guilherme Mossini Mendel)
ouço despedidas e
elas não me cabem
a não ser
quando o avesso me assalta
a voz do silêncio.
e sempre dói
ah, como dói
mas quando escuto
a voz do vento
afasto-me dessa vontade
velejo sem vaidade
timoneio meu barco
insano sem alarde.
e me permito suave
a novos voos
a novos rumos
a novos ares .
todos inda sãos
todos inda livres
todos inda meus
todos inda aves .
Cheguei bem perto de tocar .
Mas meu avesso gritou mais alto
Desandou tudo levando-me às
sobras do silêncio e às
mãos atadas com o nada .
Ah, trágico destino !
Dito do avesso
" O Sol nasce para todos, isto e fato.
Mas tem muito gente que vive na sombra Alheia...
Senguem a vida ao som de malandrante.
Se do avesso somos virados é certo que nunca voltamos a ser como antes, assim como a folha amassada não perde as marcas das dobras, temos também as nossas.
Rosa
Nascem botões
Brotam
Fascinam,
Encantam
Reconciliáveis
Quando tudo
Está ao avesso.
Quanta gente já nos amou, sem saber, pelo avesso... dando-nos elevada importância na persistente falta de apreço.