Autor Famoso
Ao autor, deem o devido crédito! Pois o fruto da sua autoria é a obra-prima; e não pode ser comparada por ser única.
Cada pessoa escreve sua própria história, é o autor de si mesmo, porque cada pessoa é um livro, e seus dias de vida são suas páginas. Há livros com capas simples, mas com conteúdos especiais. Há pessoas que se apresentam com simplicidade, mas contêm em si conteúdos extraordinários.
O CABOCLO É RICO POR NATUREZA
Autor: José Gomes Paes
A natureza é fonte de sobrevivência de todos.
Principalmente dos caboclos como nós.
Se os rios estão limpos e protegidos
Haverá muito mais peixes
Para saciar a nossa fome e de muitos outros.
Do pobre, do rico e do caboclo.
Porque o caboclo é rico por natureza.
Se proteger a mata os animais sobrevivem.
Posso matar uma caça para saciar minha fome.
Eu vivo na natureza e sobrevivo dela.
A floresta é meu lar
Ela me dá o ar que respiro
A fonte de água prá beber
Deito na rede me embalo e viajo.
Vou além dos meus pensamentos.
Sonho estar aqui pescando.
Remando, canoa adentro do lago.
Que rio! Parece um tapete brilhante.
De águas correntes vivas e rebujantes.
A receber seu ilustre filho da natureza.
De canoa entre os igapós
As arvores me rodeiam e me cobrem.
Vejo a minha sombra a refletir na água.
Como se fosse um espelho, dádiva da natureza
Nasci aqui neste pedaço do Amazonas
Cresci comendo manga no pé
Peixe assado na beira dos igarapés
Tomando banho no rio.
Desde menino eu aprendi.
A pescar, a caçar, a nadar.
Dos conselhos que minha mãe dizia
O pé de abacate no quintal.
O jaraqui frito que ela fazia
São coisas que me fazem lembrar.
Dos amigos que aqui deixei
E dos mais velhos que sempre respeitei
Das brincadeiras de pira
Jogos de turiste
O papagaio de papel.
O campinho detrás da Igreja.
A historia de Papai Noel
Do sapato embaixo da rede
A espera do presente de natal.
Das peladas do fim de tarde.
Do banho no cedro do porto.
Lembro bem do salto das ribanceiras.
O nadar no rio de águas brancas e frias
Dos ventos de verão.
Em baixo dos bejaminzeiros.
Que encobrem o frontal da cidade.
Oh! Cidade querida que tanto amo.
Que um dia me viu nascer.
Nunca vou esquecer-me de ti.
Porque quem ama sente saudade.
E a saudade dói muito no fundo do peito
Porque não proteger a natureza?
Se ela me dá o que eu preciso para sobreviver
Porque não preservá-la?
Porque não defendê-la?
Se ela me dá tudo.
Tudo o que eu posso ter.
A alimentação,
a mata,
a água,
o ar,
a chuva,
o vento,
o sol,
a lua,
o frio,
o peixe,
a caça.
Eu sou filho da mata, sou caboclo.
Caboclo rico por natureza.
E preciso sobreviver.
FIM
A ANACONDA DO SEU ZÉ PESCADOR
Autor: José Gomes Paes
Em: 10/09/2016
Na cidade de Urucará
No tempo de antigamente
Aconteceu um fato
Que apavorou muita gente
A historia da Anaconda Gigante
A maior de todas as serpentes
Seu Zé Pescador
Homem simples trabalhador
Para sustentar a família
Também era pescador
Passava a noite no lago
Pensava no seu amor
Os peixes que ele pegava
Vendia lá na beirada
Com o dinheiro apurado
Alimentava a mulher e a curuminzada
Não tinha medo de nada
Enfrentava qualquer parada
Seu Zé nem pensava
O que estava prá acontecer
La no Lago do Mazagão
A coisa ia feder
Bicho que ele nunca viu
Estava prá aparecer
Foi numa noite de luar
No meio do lago boiou
Com dois holofotes brilhantes
Que seu Antônio nem imaginou
Pensou que fosse um Barco de Pesca
E logo se inquietou
Muitos já o tinham alertado
Desse monstro destemido
Que de vez em quando aparecia
No Lago Mazagão revestido
De sua pele escamosa
Soltando muitos gemidos
Seu Zé Pescador
No igapó foi se esconder
Teve medo do monstro
Que fez a canoa tremer
Ficou a observar
O que estava pra acontecer
A Anaconda Gigante
Andava de lado pro outro
Deixando rebuliço no lago
Causando um tremendo alvoroço
E o seu Zé escondido
Ouvia o barulho estrondoso
Aquela presepada toda
Por algum tempo demorou
Quando do meio do Aningau
Mais dois holofotes brotou
De outra Anaconda Gigante
Que a outra se juntou
O seu Zé tremendo de medo
Ainda mais se escondeu
Mais de lá observava
Tudo o que aconteceu
As duas se enrolaram na água
Daí todo o lago tremeu
As duas se entrelaçaram
Em uma noite de amor
Era um barulho medonho
Gemiam sem sentir dor
Nisso levou algum tempo
Foi o que seu Zé narrou
O dia já vinha raiando
Quando uma se soltou
Uma nadou para o Aningau
A outra a cabeça mergulhou
Voltou no lago à normalidade
Onde tudo se acalmou
Os peixes voltaram pro lago
E enfim pode sua rede de pesca armar
Seu Zé ainda conseguiu
Alguns peixes pegar
E assim voltar prá casa
E muita historia prá contar
O seu Zé olhou bem
Pode enfim determinar
O tamanho daquele monstro
Tinha de vinte metros prá lá
O que jamais tinha visto
Nos lagos de Urucará
Essa Serpente Gigante
Botou pescador prá correr
Muitos já tinham visto
Nada puderam fazer
No caso do seu Zé
Com medo ficou de morrer
Depois do que passou
De um homem corajoso
O seu Zé virou
Um pescador medroso
Prometeu não voltar
Ao lago para pescar
Essa é a historia
Do seu Zé Pescador
Que viu a Anaconda
E me contou com fervor
Detalhes daquela cena
Que ele presenciou
Muitos não acreditam
Dizem que seu Zé inventou
A historia da Anaconda
Que foi ele que criou
A minha opinião é diferente
Acredito no autor.
Muitos já tiveram
A oportunidade de ver
Um animal tão medonho
Que só os olhos podem crer
O seu Zé teve a sorte
E pode nos descrever
Pelo que conversei com ele
E pelo que pude observar
O seu Zé não teria
A capacidade de inventar
Uma história tão perfeita
Que acabei de contar
FIM
Tempo
Autor: João Felipe F. De Souza
Há tempos não tenho tempo,
de espiar o tempo no meu tempo,
mesmo que abruptamente, virar.
Ver o céu acinzentar-se e a chuva trazida pelo Vento, semear o solo terreno,
e o aroma de terra molhada, ter o prazer de saborear.
Tempo bom é o que não se pensava com correria,
Eu Brincava, namorava, jogava conversa fora e com calma eu envelhecia...
E não o via passar.
Só se valoriza o tempo
Tanto o passado, quanto o futuro,
Quando o tempo traz à luz, a velocidade de nossa passagem pelo mundo.
Trocas teu tempo por ouro,
para comprar bens, que outros lhe fizeram acreditar,
que trariam felicidade, quando o verdadeiro tesouro,
É o tempo ter com quem compartilhar.
Autoria
Sou autor da frase que não disse,
Da mentira que não falei
Da frase de amor que não calei
Da busca que não fiz
Do livro que não escrevi
Da música que não cantei
Das coisas que não vivi
Da ira que não contive
Do sorriso que não sorri
Das marcas que nunca tive
Das manchas que não apaguei
Sou autor de mim
Sem nunca saber quem sou
Sou aquilo que nunca passa
A dor de amor que não apaga
A leitura perfeita do quadro
A pintura perfeita do poema
Sou aquilo que você rejeita
Aquele que você respeita
A sua paixão contida
O seu ódio explícito
E alem disso sou mesmo eu.
Cacá Carlos Gomes – Mococa (SP)
No espetáculo desta vida eu sou platéia, mas não se engane, pois sou eu o autor do espetáculo que não só passa ao meus olhos como aceitação das emoções, como também, das ordens de cada detalhe da história que me será cobrada.
TODA OBRA É MAIOR QUE O AUTOR!
Tá aí o Bono, o Chico, o Roberto, etc, etc, etc, pra provar isso...
Talvez essa minha percepção, sirva até pra Deus.
“As vezes cansa ser personagem e autor, pois mesmo tendo criado todo enredo da história a língua nos obriga a respeitar as regras gramaticais e de pontuação. Talvez escrever seja como no viver.”
"Vejo um país alicerçado nos livros.Onde o povo seja realmente autor de sua própria história,sem fanatismo ou preconceito.Que no bem comum enxergue um novo jeito,uma estrada ou caminho,uma simples trajetória".
(Rodrigo Juquinha).
O autor de nossa história somos nós,a cada dia ou enfrentamos nossos medos,ou deixamos que outros nos manipulem e escrevam nossa história!
Enquanto você não aceitar o autor de sua vida,a sua história sempre será inacabada;protagonizando inúmeros papéis,mas não o seu o qual foi escrito,Destinado,"Real Propósito."
Ao Qual Nasceu!
TEU SORRISO
Autor: Juvenil Gonçalves
Teu sorriso é como uma estrada sem fim
É como um bolo doce que não se acaba
É como um temporal que desaba
Sobre as flores de um jardim
É como uma nuvem branca passageira
É como na floresta a clareira
De uma luz penetrante e feliz;
Da aurora até chegar ao arrebol
Com a intensidade dos raios do sol
Aquecendo as águas de um chafariz
Ah... teu sorriso às vezes fogo
Às vezes frio às vezes vulcão;
Ah... teu sorriso às vezes tristeza
Às vezes tempestade sem maldades
Teu sorriso sempre paixão
Na praia, brisa e frescor
Um sorriso todo feito de amor
Romântico de Romeu e Julieta.
Da fanfarra o som da clarineta
Nas selvas, voz de passarinho
Da natureza toda a inteligência
No capitólio completa a benevolência
E em teu rosto, riso de Jesus menino
Teu sorriso às vezes chuva
Às vezes sereno às vezes trovão
Ah... teu sorriso às vezes febre
Na gelada e alva neve
Ah... teu sorriso paz no coração.
Ah... teu sorriso luz colorida
Da árvore de natal
Teu sorriso flor de margarida
Teu sorriso fantasia de carnaval
Ah... teu sorriso luz de pirilampo
Viajando pelas madrugadas
Perambulando pelos campos
Incendiando as alvoradas
Ah... teu sorriso...
Luz de pirilampo
Reflexo de relâmpago
Sobre um pântano
Arborizado e florido
Folhas verdeadas
Rosas enfeitadas
De borboletas douradas
No néctar colorido
Mas...
É um sorriso tão brilhante
Como as estrelas no infinito
Faiscando sobre o mar
Onde o nauta canta canções
Recita um poema soleando
Na lira do deus Apolo:
LA VITA NUOVA de Dante
Em louvo a Beatriz
E segue de mar a dentro
...e novamente canta:
Um sorriso da cor do céu
Um sorriso da cor do mar
Um sorriso de doce mel
Um sorriso de doce olhar;
Um sorriso refrescante
Um sorriso de pureza
Um sorriso apaixonante
Um sorriso de princesa
Momento de Reflexão:
“ A ilustração revela o real sentimento que o autor deseja transmitir por isso deverá ser marcante e fiel às suas convicções”.
Cassia Guimarães
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