Ricardo Ferraz
Fico tão feliz quando vejo você, meu coração fica parecendo com uma escola de samba em plena Sapucaí. Saem confetes dos meus olhos, ouço os repiques da bateria, o ritmo do enredo batuca em harmonia. Se enche de cores meu mundo, me encho de cores do dia. Acho que nem todo carnaval termina numa quarta-feira de cinzas, alguns carnavais seguem por fevereiros afora, marços afora, abrís afora, maios afora, meses afora, por anos afora. Acho que tu vai ser sempre um carnaval na minha vida, sempre parte da minha folia.
Ricardo F.
Ela assistia da janela o som quieto dos pássaros, que como ela, esperavam a tempestade cessar. A chuva que lhes molhavam as asas não era a mesma que encharcava seu coração e escorria pelos olhos, disso ela sabia, nisso ela os invejava.
Ricardo F.
Antes que a coragem acabe e a bebida comece a fazer efeito, queria te dizer que tudo você pra você pra tudo mim tudo, eu tô chorando, não, não tô chorando não. Que eu te esqueço, não te esqueço não, péra, que eu não te pra mim te esqueço nem bêbado estou quando. Esquece,(ic) vou dormir!
[...] mas meu bem, quando as coisas tem de dar certo o universo inteiro conspira a favor. Não tem essa de que não era o dia, que o mundo estava de cabeça pra baixo, que não era assim que era pra ser. Amor quando acontece é como água de rio que pedra não cerca, vêm e contorna, passa por cima e segue. Amor é algo tão inevitável que, supostamente, você vai desconfiar da primeira vez, porém, vai ter a certeza quando se pegar sorrindo ao acordar num dia qualquer, pensando naquela pessoa. De todas as formas de amor, a melhor delas é aquela que fica escancarada nos nossos olhos, sem medo algum de alguma resposta contrária, amando sem expectativa de receber aquilo em troca. Amando apenas por amor. Mas quando há reciprocidade, ah... até os dias cinzentos mudam de cor.
Ricardo F.
Eu tenho medo da solidão, mas não da solidão de falta de presença física, humana,, tenho medo de uma solidão onde não mais consiga me encontrar comigo mesmo, meu âmago. Quase todos nós carregamos na nossa alma buracos que precisam ser cobertos, e é uma dor profunda quando perdemos a nossa essência e, com isso, não encontramos mais o quê é preciso e onde é preciso ser preenchido. Dai fica um vazio de gente, de uma pessoa só, de nós mesmos.
Ricardo F.
Você não é nem sombra daquilo que você pode ser, só pra início de conversa; você nem sombra é, você é um corpo, um coração todo, capaz de ser tão gigante que engole sua própria sombra. Então, siga em frente, vá a luta, sem medo, sem tristezas, sem bobagens.
Ricardo F.
我愛你 Eu sei, tá estranho, né? Mas é só pra te dizer que eu te amo também em outras línguas.
Ricardo F.
Eu não queria sentir falta de seu bom dia. Bem que poderia ser assim, igual à tantas pessoas que passam por mim o dia todo. Como o moço da padaria, a moça que gentilmente sorri e oferece o café, fazendo propaganda de rosquinhas ou iogurte no supermercado. Como o cego que fica na janela da casa dele, com a cabeça pra fora da janela, e, todo mundo que passa, ele reconhece pela voz e diz educadamente: "Bom dia!". É, eu não queria que no meio de tantos destes bons dias, o seu, apenas o seu não estivesse, mas nem sempre ele está... e como ele faz falta. Acho que isso explica a sutil diferença entre gostar e amar. Gosto dos bons dias que recebo, mas amo você pela falta que o seu me faz. Eu queria muito não me importar, mas eu me importo, não tem jeito.
Ricardo F.
[...] Você faz parte de um mistério que até hoje não consegui decifrar: O porquê as pessoas cruzam o nosso caminho, sabendo que não deveriam ali estar, e ao mesmo tempo ser tão parte de nós?
Ricardo F.
Quando o coração amanhece em paz, até o sol te acorda, batendo na janela pra te desejar bom dia. É isso sabe, é dessas coisas que falo: há poesia na vida, basta ter olhos pra ver, coração pra sentir, e a vida já é poesia.
Pensei que te esqueceria da noite para o dia, mas dai, o dia virou noite, e a noite virou dia. E quanto mais eu tentava te esquecer, menos eu te esquecia. Porque você sempre foi parte da minha noite, como também era parte do meu dia. E como fazer pra esquecer de alguém que sempre vem me visitar a noite em sonhos? E como esquecer alguém que me faz sonhar acordado durante o dia? Nessa coisa de sonhar dormindo ou não, nessa coisa de esquecer em vão, fiz totalmente o contrário do que queria. Comecei a pensar mais ainda em você, e nunca consegui realmente te esquecer, nem de noite, nem de dia.
Ricardo F.
Meu coração é quase um "kinder Ovo", uma casquinha fina por fora, mas com uma linda surpresa por dentro: Você! <3
Ricardo F.
O que mais me encanta nessa tua casa bonita, é poder morar nela, sabendo que tua casa também se encanta por mim.
Ricardo F.
Se eu te gosto? Gostava, antes de você existir. Hoje eu amo, é quase a mesma coisa, mas é diferente, é que meu gostar mudou. Antes eu apenas te esperava, hoje, eu amo o que existe.
Ricardo F.
Tinha grana, carro do ano, casa na praia. Tinha tudo, mas descobriu sozinho, tomando seu wisky escocês, olhando para aquelas paredes brancas sem nenhum quadro com sorrisos, que não tinha amigos, que não tinha amor, que não tinha nada.
Ricardo F.
Você é aquela porção de coisas boas, coisas que eu gosto, que me dão felicidade só de saber que existem. Você é como se fosse uma sexta feira, com um feriadão prolongado pela frente. Esperar você é mais ou menos isso, sabe? Aguardar ansioso pra ter a paz de botar os pés na água, salgada ou doce, em dias de Sol, em dias em que a gente não se preocupa com o relógio, com o trabalho, com aquelas obrigações de rotina. Em dias em que a gente se esquece completamente de viver para o mundo, e passamos a viver apenas do mundo dentro de nós. E meu mundo é todo você.
Ricardo F.
[...] Sei que exagero quando falo de amor, mas é tão melhor falar de amor que de dor, pois amor não machuca, não maltrata, não te faz sofrer. Mas se por acaso não for assim que o vê, então não é amor o que sente, é dissabor, vai ser difícil me ler.
Ricardo F.
Você é linda sim, não se preocupe com suas estrias ou celulites. Quem te gosta de verdade só se interessa em ver seus olhos, colados no dele.
Ricardo F.
Lembro da primeira que vez que te vi. Foi meio tipo "Bum" sabe, aquela coisa de quando você entra num shopping Center bem no meio do mês de dezembro, todo enfeitado com as luzes de natal, musiquinhas natalinas, bolas de todas as cores, lojas cheias, pessoas felizes com suas sacolas coloridas ou papéis pardos, gente bem vestida, todas perfumadas, crianças correndo nas escadas rolante, casais de mãos dadas fazendo Selfies nas mesinhas da praça de alimentação. Acho que o coração da gente é meio isso, um pouco de festa e de tudo aquilo que nos encanta quando a gente bate o olho pela primeira vez, e no susto, faz silêncio e diz pra si mesmo: Ué, onde é que você esteve todo este tempo? Da uma sensação de desequilíbrio e ao mesmo tempo uma motivação de estar se sentindo em paz, que é improvável saber ou poder admitir o que é de verdade que se passa por dentro de nós. Não estou dizendo que minha vida virou festa só porque encontrei um pote de ouro no meio da estrada, estou dizendo que o coração da gente ganha mais vida, e quando a gente achava que já ia terminar o jogo, que o relógio já ia fechar os quarenta e cinco do segundo tempo... pronto!, vem o destino e me dá um acréscimo, um sobressalto porque não dizer: estamos todos propensos a sustos. A vida da gente é um mistério mesmo, a gente não sabe e não entende de nada, somos tolos e não acreditamos nas possibilidades e no quanto nossa vida pode mudar inteira de um dia para o outro. Somos frágeis demais por não acreditarmos na nossa própria capacidade de poder conceber um bem para alguém, seja lá qual alguém este alguém for. Gerar algo bom fora daquela sequência cotidiana dela, arrancar um sorriso espontâneo no meio da tarde, enquanto ela toma um refrigerante e divide com você as coisas mais simples da vida. Sabe, a gente pode dar alegria, podemos sim ser importantes, ser necessários, ser indispensáveis, ser amados por nossa alegria farta, por nossa opinião que nunca bate, por nossas diferenças(talvez seja isso que nos faça ser quem somos dentro da vida de uma outra pessoa). A gente aceita por amor, a gente muda por amor, a gente aprende por amor, e ai descobre que vida de tão simples e tão incrível, só respira se for por amor.
Ricardo F.
Por que não pede carona pra Deus? Eu peço a Ele todos os dias e Ele nunca me nega. Ainda é capaz de dar um sorriso, abrir a porta pra mim, e dizer que o prazer é todo Dele. Sobre minhas dores? Ele sempre fecha a boca, balança a cabeça de um lado pro outro, e ri por dentro como se dissesse: _Meu filho, tudo isso passa. E suas palavras, em silêncio, me entram feito um sopro no coração, secando minhas feridas. É um aconchego dormir tranqüilo, sabendo que amanhã vai ser dia claro. _Amanhã vai dar tudo certo, e se não der, pega carona comigo de novo. Ele me diz.
Ricardo F
Faz assim; fica um pouco comigo, não precisa promessa pra vida toda, fica o tempo que quiser. Mas que esse tempo seja longo, e se acaso não for, que ele dure para sempre.
Ricardo F.
Talvez essa mania complicada de me complicar não seja nada além de vontade exagerada de querer te fazer bem, e não saber como.
Escrevi procê...
Escrevi procê porque não consegui te falá. Escrevi procê porque toda vez que te oio, meu zói não consegue mais fechá.
É uma coisa que não se exprica, uma coisa que me dá. Uma sensação de que se eu ficá ali te oiando, não vou ter coragem de falá.
Eu num sei te dizê desde quando isso começô, ou se teve começo um dia, porque quando tô perto docê, parece que te conheço a tanto tempo, que tenho a impressão que antes docê aparecê, dentro de mim cê já existia.
Num repare na minha letra torta, toda cheia de garrancho, nem na minha falta de pontuá ou coisa assim, só te escreví pra dizer que meu coração é todo seu, e que, se um dia, ocê também quizé, eu queria ter o seu pra mim.
Ricardo F.
Cansei do tempo em que me importava com as opiniões das pessoas. Gente é assim: Se você concorda, você é bem vindo, se não, deixa de ser interessante e passa a ser indesejável. Ando num momento em que tô mais preocupado se o meu café tá frio do que com o que pensam sobre mim.
Ricardo F.
