Luiselza Pinto
O ser humano nada mais é do que uma constante tentativa de diálogo com a intensidade máxima do próprio ser na vida; e, quando ele não dialoga primeiramente consigo mesmo, está apenas um difuso e frágil monólogo em direção à existência.
O corpo pode ser tão sincero quanto o pensamento, mas este sempre antecederá (ainda que apenas instintiva ou inconscientemente) àquele.
O espaço tempo de uma vida pode parecer limitado e breve, mas é ele que recebe o que lhe antecede e embasa o que lhe sucede.
Um dos mais importantes passos da consciência é saber a diferença entre carência e necessidade; mas é somente a maturidade (e não o espaço tempo) que fará uso da lacuna na direção do imperativo.
Entre a fidúcia e a dúvida, fico com esta, pois, para a minha certeza, enquanto vida eu tiver, sempre posso voltar.
Não vi ainda nenhum efeito especial que, em várias direções e múltiplos sentidos, me surpreendesse mais do que o ser humano.
Há um espaço tempo no qual Sistema Nervoso Autônomo somente fala: Ausência de Dor! Conforto! Prazer! Mas a subjetividade humana é uma comédia ou tragédia apenas ilusoriamente cognoscíveis.