Honoré de Balzac

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A resignação é um suicídio cotidiano.

O amor é a poesia dos sentidos

Honoré de Balzac
Fisiologia do casamento (1829).

O amor é um poema essencialmente pessoal.

Só o último amor de uma mulher pode igualar-se ao primeiro amor de um homem.

Sob a aparência que vos fere os sentidos... move-se a alma.

Honoré de Balzac

Nota: Honoré de Balzac in Seráfita

No amor, é certo que se dermos demasiado não receberemos bastante.
A mulher que ama mais do que é amada há de necessariamente ser tiranizada.
O amor durável é o que tem sempre as forças dos dois seres em equilíbrio.

As moças com frequência criam imagens nobres, deslumbrantes, figuras totalmente ideais,e forjam idéias quiméricas acerca dos homens, dos sentimentos, do mundo; depois atribuem inocentemente a um caráter as perfeições que sonharam, e entregam-se a isso, amam no homem que escolheram essa criatura imaginária; porém, mais tarde, quando não há mais tempo de livrar-se do infortúnio, a enganadora aparência que embelezaram, seu primeiro ídolo, transforma-se enfim num esqueleto odioso.

Em política, perseguir um homem não é apenas engrandecê-lo, mas também justificar-lhe o passado.

Todas as faltas, e talvez, os crimes, têm, por princípio, um raciocínio errado ou algum excesso de egoísmo.

A devoção não está no joelho que se dobra, mas no coração, que não se vê dobrar.

Uma noite de amor é um livro a menos lido.

A que talento alimentado de lágrimas viremos nós ainda a dever a mais comovedora das elegias, a pintura dos tormentos sofridos em silêncio pelas almas cujas raízes ainda tenras só encontram duros abrolhos no solo doméstico, cujas primeiras florescências são dilaceradas por mãos hostis, cujas flores são queimadas pela geada no momento em que desabrocham? Que poeta nos dirá as dores da criança cujos lábios sugam um seio amargo, e cujos sorrisos são reprimidos pelo fogo devorador de um olhar severo? A ficção que representasse esses pobres corações oprimidos pelos entes colocados a seu lado para favorecerem os progressos da sua sensibilidade, seria a verdadeira história da minha mocidade.
(O Lírio do Vale)

Já deserdado de todo o afeto, não podia mostrar a minha estima a ninguém, e, contudo, a natureza me fizera sensível! Haverá um anjo que recolha os suspiros desta sensibilidade incessantemente repudiada?

Honoré de Balzac

Nota: O Lírio do Vale

A maior felicidade para o ser humano é de poder viver para aquilo pelo qual estaria pronto a morrer.

A maioria das pessoas de ação estão inclinadas ao fatalismo, a maioria dos pensadores acredita na providência.

Já deserdado de todo o afeto, não podia mostrar a minha estima a ninguém, e, contudo, a natureza me fizera sensível!

Frequentemente chorava ao passear naquele jardim, agora demasiado estreito para ela, como o pátio, a casa, a cidade: lançava-se antecipadamente pela vasta extensão dos mares.

Quem conheceu a mais exigente das paixões, aquela cuja duração é cada dia abreviada pela idade, pelo tempo, por uma doença mortal, por algumas das fatalidades humanas, compreenderá os tormentos de Eugênia.

Ali estão os dramas do silêncio.

Inserida por polianapb

O olhar de um homem acostumado a tirar de seus capitais um juro enorme adquire necessariamente, como o do libertino, o do jogador ou o do cortesão, certos hábitos indefiníveis, movimentos furtivos, ávidos, misteriosos, que não escapam aos correligionários. Essa linguagem constitui de certo modo a maçonaria das paixões.

Tamanha fortuna cobria com um manto de ouro todas as ações daquele homem.

Inserida por polianapb

Seus sentimentos, magoados sem que elas o percebessem, mas vivazes, o segredo de sua existência, tornavam-na exceções curiosas naquela reunião de pessoas cuja a vida era puramente material.

Aos 22 anos os jovens estão ainda muito próximos da infância e, consequentemente, deixam-se levar por infantilidades.

Mas o homem que enxerga dois séculos na frente de seu tempo morre na forca...

Oh! Gritarei a verdade mesmo no meu silêncio.