Honoré de Balzac

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O amor ou não desculpa nada ou desculpa tudo.

O acaso é o maior romancista do mundo; para se ser fecundo, basta estudá-lo.

Seja no que for, apenas poderemos ser julgados pelos nossos pares.

A dor é como uma dessas varetas de ferro que os escultores enfiam no meio do barro, ela sustém, é uma força!

A gratidão é uma dívida que os filhos nem sempre aceitam no inventário.

Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.

O ódio sem desejo de vingança é um grão caído sobre o granito.

O verdadeiro amor, como se sabe, é impiedoso.

Terrível condição do homem! Não há uma das suas felicidades que não provenha de uma ignorância qualquer.

O mal do nosso tempo é a superioridade. Há mais santos do que nichos.

Os grandes erram sempre ao brincar com os seus inferiores. A brincadeira é um jogo, e um jogo pressupõe igualdade.

Um vício custa mais caro que manter uma família.

É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.

A igualdade pode ser um direito, mas não há poder sobre a Terra capaz de a tornar um fato.

Não haverá, entre um espírito que abarrota de invenções alheias e outro que inventa por si próprio, a mesma diferença que vai de um recipiente que se enche de água à fonte que a fornece?

O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia.

As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.

Censuram-se severamente defeitos à virtude, ao passo que se não poupa indulgência para as qualidades do vício.

O tempo é o único capital das pessoas que têm como fortuna apenas a sua inteligência.

Mesmo à mulher mais faladora, o amor ensina a calar.

Nas grandes crises, o coração parte-se ou endurece.

A administração é a arte de aplicar as leis sem lesar os interesses.

O matrimônio é como um processo judicial: um lado está sempre insatisfeito.

A alegria só pode brotar de entre as pessoas que se sentem iguais.

Os pintores só devem meditar com os pincéis na mão.