amauri valim
O Diabo é o maior valor simbólico da rebeldia, o mais forte aliado de Deus. Se ambos existissem não teriam valor algum.
O Deus de quem ganha é mais poderoso e compensador, já o Deus de quem perde apenas conforta, mesmo que a fé seja igualmente fervorosa.
Crença
O cérebro humano funciona como uma máquina do exercício da crendice, e para a distorção dos fatos a memória associa a alguma divindade, mas há um viés deste empirismo conotando certo ceticismo involuntário.
A crença é uma forte aliada do cérebro capaz de fazê-lo funcionar a verdade apoiada em um ser supremo não necessariamente existente. A crença aumenta nas pessoas com estados emocionais abalados ou por suas necessidades cotidianas, na busca incessante para a satisfação abstrata e irracional em conformidade com a lei religiosa. A crença ajuda a funcionar algumas coisas como a ansiedade, ilusão, ignorância, conforto, aceitação da dor e morte, auxiliando nas emoções entre o falso e verdadeiro para a satisfação das necessidades tida como espirituais.
Há necessidade do contínuo da educação do cérebro sempre observando audaciosamente aquilo que é crença, a transformar essa máquina de crendice em eventos vistosos e palpáveis, desmistificando os fenômenos sobrenaturais geradores das ideias irracionais, fazendo com que a crendice siga em um segundo plano livremente desejável, mas não acima do real.
Os Anjos
A teologia produziu enorme quantidade de anjos (milhares de milhares ‘Apocalipse 5: 11’) superior ao número de homens. Anjos não são vistos perambulando sobre cabeças de animais a não ser por um processo telepático místico, do nada para o inexplicável e improvável.
Os anjos são seres perfeitos acima do homem e subordinados a Deus, os pervertidos são pequenos demônios quase sem poder, aliados ao diabo assim como o arcanjo Lúcifer que também não tem lá tanto poder como lhe é atribuído.
Na pequenez do cérebro humano de capacidade ilimitada e imprecisa se acumula as causalidades divinas, tendo um Deus criador de toda a bondade e maldade angelical. Anjos não são substâncias palpáveis, mas de natureza puramente divina na concepção humanista, essa ideia de perfeição angelical transcorre na alma humana, são estereótipos imaginários do homem criados para o percurso fantasioso em virtudes puramente religiosas.
Atribui-se também a Deus a criação dos anjos com efeitos milagrosos a seu bel-prazer, uma espécie metida entre humanidade e divindade, espirituoso e virtual, mas que também não pode errar para não correr os riscos dos castigos oferecidos aos homens assim como para Lúcifer.
Não é confiável a proteção angelical pela limitação de poder dado a eles, assim não passam de ministros postos sobre altares a cantarem louvores. Os comissários de Deus acumulam funções de mensageiros e testemunhas, soldados galácticos a defender e executar as ordens de Deus.
Anjos são comissários de Deus e acumulam funções de mensageiros e testemunhas, soldados galácticos a defender e executar as ordens de Deus. A proteção angelical não é tão confiável e não passam de ministros postos sobre altares a cantarem louvores.
No espelho não tem mais eu e você. Essa de não querer voltar é culpa minha enquanto o amor morre lentamente.
Se nos disserem que os métodos contraceptivos são um pecado, precisamos aceitar essa imposição, por mais óbvio que pareça que, sem o controle de natalidade, o desastre é certeiro. (Bertrand Russel)
A doutrina educacional tem sua base aliada a politica e a religião. A partir destes princípios se constituiu as diferenciações: étnico racial e social. São estéticas que se mantém em conformidade com os planos políticos e religiosos, na forma domesticada e ingênua para atender a soberania governamental e a tirania do clérigo. A democracia não garante a instrução liberta entre professores e alunos, pelo risco de a criticidade oferecer ameaça aos sistemas políticos e religiosos. Acredita-se no contínuo da educação crítica, e de perspicácia entre professores e alunos, observando oportunidades aonde sejam valorizadas as diferenças culturais, melhorando os métodos e relações humanistas para a construção da aprendizagem.
A ética religiosa parece cuidar bem da moral da morte na perspectiva de outra vida melhor, após a vida terrena. A morte é um plano natural. O sentido da vida é um plano humano. A fé é o fruto da sustentação do homem, como recompensa o milagre ou a vida eterna, quando nela crê.
A morte para o homem é uma celebração para toda a vida, mais que o seu nascimento. Vivemos na certeza de que tudo vai acabar bem. Esperamos que não seja a morte o fim de todo o sofrimento, e de todos os ciclos. O fim de tudo é imaginário, são as crenças, os costumes que fazem parte de uma ideia de recompensa no final, herança mitológica, mas nada além do próprio pó após a morte.
Acredita-se que se houvesse uma passagem desta vida para outra vida sem a necessidade da morte, haveria dois mundos, não sendo essa passagem possível logo não há outro mundo. A morte é o evento mais trágico e tenebroso da vida e, portanto é o evento mais celebrado.
O significado de uma pessoa em nossa vida talvez seja definido pelo o quanto ela nos emociona e o quanto os admiramos.
A dor provém do nascimento e desfruta pela vida, mas a decadência dela é a desgraça da morte. O plano da ressurreição é uma contradição da vida dos mortais, desordem, imaginação comum e objeto da doutrina religiosa. A dor provoca mudanças nas aparências que conotam a passagem do tempo. Bom e saudável talvez seja viver uma vida como se não fosse eterna, desatrelada das coisas fúteis, livre das normas dogmáticas. Que não se cultive a dor almejando o descanso eterno para não tornar a vida desprezível.
Para todas as práticas do homem na bondade e na maldade, há um Deus como exemplo, e um filho castigado pelo bem que praticou para o endosso das verdades.
Uma sequência de maldições às margens do Nilo. Não! Deus não é mau, o homem criou as maldades, deu nome à elas e inventou um Deus para dar causalidade. As dez pragas no Nilo não passam de fenômenos da natureza, qual se constituiu por si só.
O homem determina alto valor para as coisas fúteis e improváveis, espirituoso em seu desejo, requer um Deus aprovador a dar legitimidade a aquilo que se fideliza.
O DIABO é um serzinho humanizado que o homem cristão dissemina na sociedade através dos métodos religiosos. De chifrezinho vermelho para conotar a ideia de maldoso. Desprezível e vulnerável. Oh Diabo!.
A criança teme um monstro em baixo da cama, assim como o adulto teme um Deus sobre seu teto. Ensina-se às crianças o suposto e o catequético. Logo na idade jovem elas descobrem a verdade, que permeia o surreal e acabam desenvolvendo cinismo e cretinice. Se fosse ensinado às crianças à verdade desde a mais tenra idade, teria formado pessoas com mais capacidade de resolver problemas.