Ausência
A minha existência, para ti, estará sempre aberta. A minha ausência, para ti, estará sempre fechada.
Ausências
Não é no amar que eu te penso. É no pensar que eu te amo. Não é na minha ausência que morre o tempo. É na tua ausência que o tempo morre em mim. Não é a solidão que me faz sozinho. É sozinho em ti que a solidão não respira. Não sou poeta sem este amor. É a poesia que trazes no peito que me faz ser poeta inteiro.
Joni Baltar
Agreste...
leito seco,
em passo lento,
tormento...
ausência...
cicatriz...
violento...
clemência...
minha demência...
margeia,
a pequena veia,
enfeia...
areia
seca,
o vento,
o cisco,
o olho,
a lágrima...
culpa do vento...
Ausência
Separada, apartada...
Cada caminho trilhado leva a nada.
Afastada, desconectada...
Cada dia vivido é sempre, pra alguém, o fim da estrada.
O cenário montado.
Quanta gente lado a lado.
(Des)conhecidos sofridos...
Cada um seu papel a sério sabe... deve ser levado.
A peça continua...
Embora muitos já tenham dela se ido.
Indiferença... não faz a menor diferença.
A minha... a sua presença.
Se você no palco está... se eu no palco estou...
Ou... se já tenhamos embora ido...
Ninguém nota a nossa ausência.
Tão triste
O caos dos sentidos
… ao longe
não sei onde
não sei…
mas sinto
tua ausência… o vento geme.
Faz tempo já… foste embora.
Tua imagem…
Fumaça desgarrada
Escurecendo a manhã acinzentada.
Deixou-me somente uma imagem
Deixou tão claro que por mim… estavas só de passagem.
Partiste.
Trêmula… desesperançada…
Não te espero mais, nem espero nada.
Tua imagem deixa-me tão triste.
Sinto o caos dos sentidos… completamente sem sentido.
Caos dos sentidos… desordem, revolta…
Assim está tudo à minha volta.
No princípio era o caos?
Sim… era um caos invisível, insensível, desativa..
Agora?
Sinto todo o caos na ponta dos dedos… sem segredos… tudo tão visível… uma qualidade totalmente negativa.
Apagados
Quero calar a saudade.
Saudade dos tempos passados...
Saudades da ausência de meus amados.
Sou a última a resistir.
Sou a última a daqui sair.
Estou em pé.
O tempo parece não querer me derrubar...
Quer me fazer durar e durar.
Então, fico aqui querendo calar a saudade... apagar memórias... enturvecer minha história.
E assim estou.
Vou de momento em momento...
Até estar apagada como poeira varrida ao vento.
Resisto. Mas não sou eu que insisto.
O início de tudo não foi um momento, mas uma ausência: a ausência absoluta, onde nem mesmo a ausência podia ser concebida. Antes de qualquer tempo, qualquer espaço, qualquer lei, havia apenas o impensável — aquilo que nem o nada consegue nomear. E então, sem porquê, sem finalidade, sem testemunha, o ser se insinuou: não como um estouro, mas como uma inevitabilidade silenciosa, um gesto que não pôde ser contido. O que chamamos ‘início’ não é o princípio de algo, mas a fratura do impossível — o ponto em que a inexistência já não pôde mais se sustentar e, ao ceder, deu lugar à possibilidade. O tempo nasceu junto com o espaço, como dois gêmeos siameses, costurados pela necessidade de que algo se transformasse. A matéria não veio depois: ela sempre foi o desdobramento desse impulso primordial, o eco daquela primeira vibração sem origem. O início não aconteceu, ele ainda está acontecendo, a cada respiração, a cada pensamento: o universo segue começando, incessante, em nós, através de nós, apesar de nós. E talvez seja esse o maior segredo: que o início nunca terminou.
O melhor lugar pra viver é onde o sorriso é livre,a presença é desejada,a ausência tenta ser adiada.
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