Atrito
Um kamorrista não é um homem comum — ele é forjado no atrito entre a fé e a dor, entre o ideal e o mundo real. Sua personalidade carrega a densidade de quem já sangrou em silêncio e seguiu em pé, não por orgulho, mas por missão. Ele não se curva ao politicamente correto, porque sua verdade tem raiz, e raiz não se arranca com vento.
O kamorrista tem um senso de honra inegociável. Sua palavra vale mais do que contratos e seu silêncio vale mais do que muitos discursos. Ele observa o mundo com olhos críticos, mas seu coração permanece fiel a Deus, à pátria, à família e à liberdade — pilares que sustentam sua identidade. Não espera o mundo ser justo para agir com justiça. Ele age porque sabe que a omissão também é uma forma de covardia.
Sua presença impõe respeito. Não por gritar, mas porque carrega autoridade de quem sabe o que defende. Ele ama, mas não se deixa enfraquecer pelo romantismo frouxo do tempo moderno. Ele é leal, mas sabe cortar laços quando a traição entra pela porta. O kamorrista é estratégico como um guerreiro, mas firme como uma rocha que não nega suas raízes.
No fundo, a personalidade do kamorrista é uma resistência viva: contra a mediocridade, contra a mentira disfarçada de virtude e contra a fraqueza vendida como humildade. Ele não nasceu para agradar, nasceu para despertar.
E quem o entende, se inspira.
Quem o teme, o critica.
Mas ninguém o ignora.
VILA-VELHA
De madrugada um atrito,
detritos no beco,
no gueto zumbidos
paredes e dez mil ouvidos
viver sonhando não posso
meus ossos estão doloridos,
meus olhos estão diluídos
sonho sim, devia não sonhar assim
mas a nave me pega
a ave me eleva, ave Maria...
haveria alguma possibilidade
de não haver um AVC,
ave Cesar, avença,
avestruz, avestruzes,
arre égua, arre ema
minhas plantações de milho e mastruz
avenca, cabelo-de-anjo,
cabelo-de-vênus,
crisântemos, acácias. lírios,
as vespas visitam
os cálices por todo o jardim
às vésperas do fim
have you ever seen the rain
no nordeste não é assim,
alimentamos mais o espírito com a fome
e mais a alma com o que nos consome
mas guardamos sorrisos
de grandes invernos,
fartura de ternuras e abraços
que exercitam os nossos membros
e tornam fortes os nossos braços
você já viu o arco-íris
have you ever seen the rain
no olhar, na íris de alguém
Era intenso quando seus lábios tocavam meus lábios, dava para ver as faíscas saindo a partir do nosso atrito.
"Só existem almas gêmeas quando estas não moram debaixo do mesno teto. Não se iluda: as pessoas só se entendem superbem quando não moram juntas, Quando tem apenas encontros casuais! Atritos, conflitos, dificuldades de relacionamento são comuns." 🌻
O que é verdadeiro não morre, mas corrói. Soma é a junção de duas ou mais coisas. Relação é o resultado da soma. Sem adição não há relação. Sem vínculo não há conjunto. A força do atrito paraliza os corpos. Sem movimento não há energia. Sem energia não há continuidade. O quente torna-se morno, o morno torna-se frio... A distância torna-se constância.
A tolerância funciona como um componente mecânico que permite a junção de duas partes em movimentos independentes, compensando os trancos e vibrações, como uma junta de dilatação que recebe o impacto direto, absorvendo-o, se não no todo, ao menos em parte, o que equivale a suportar e aceitar algo que não pode ser evitado.
Fisicamente coisas com mesma carga tendem a se repetir, às vezes dá até faísca, mas sem condutividade! Bom mesmo é quando um não gosta quase nada do outro mas se forçam em atritos constantes que provocam reações extremas. Relação nem sempre é um laço, existe conectividade wireless!
Em tese a única certeza exata é a que mente verdadeiramente mentindo. O conjunto negativo é unificado se tornando uma positividade total e nessa realidade o atrito é maior no positivo negativo do que ao negativo positivo.
Foi logo da primeira vez, que eu te beijei. Do sentido ele passou então, foi pra memória.
Na verdade depois de uns três, me acostumei. tudo isso foi uma rotina, uma história.
Essa história se modificou
Pensando eu que isso era amor
Num atrito e outro, vem! voltar.
O meu corpo em outro, não tocar!
Teve dias que mudei de cor
Depois disso você só me usou
Esse atrito louco, revoltar!
Na hora de dormir recordar!
Hoje em dia vivo aquela dor
Depois disso você só me usou.
Hoje eu gritei, e em cada palavra ardente de raiva e ódio, encontrei apenas silêncio e desilusão. No eco das lembranças e promessas quebradas, percebi que uma parte de mim morreu, consumida pela dor, sem jamais entender por que me deixaram gritar.
