As vezes Tinha que ser assim
No ensino médio havia um exercício que fazíamos muito: você tinha de ler o título de um texto e adivinhar o conteúdo, e depois ler. Atualmente, a pessoas se comunicam por prints. O prints tem um título, e o artigo na página. Raramente as pessoas estão lendo o conteúdo dos textos.
Na cidade pequenininha, havia uma casinha
Na casinha tinha uma pequena arvorezinha.
A arvorezinha deixou de ser pequenina
E virou um pé de bananinha.
o dinossauro caminhava
Comia umas folhas e descansava
Não tinha tela de celular
Para secar os olhos e perder tempo
"No meio do caminho tinha você, tinha você no meio do caminho." Roubei de Drummond a frase, pra falar de ti, e dei a mesma desculpa como outro poeta o fez: "que minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor, e a outra metade também."
Ricardo Ferraz
Pregador
Quando eu era pregador, eu tinha o hábito de pregar, expondo o Evangelho da Bíblia. Aí eu expunha versículo por versículo. Certa vez alguém na disse " desse modo nunca sai do contexto". Então eu lhe respondi "nunca sai da verdade"! Pois quem prega o que a Bíblia diz, está sempre na verdade. E a verdade da Bíblia ainda é para os nossos dias. Ainda se aplica aos nossos dias; a Bíblia na sua totalidade aplica-se a toda a realidade de hoje. Pregar sobre o tema "homem" e o tema "mulher", tudo está na Bíblia. Todas as realidades da humanidade desde política a religião, ou outras realidades, estão na Bíblia! Está tudo na Bíblia; a Bíblia escrita no passado, está atualizada para os nossos dias.
A Bíblia é a verdade para o Passado, Presente e Futuro. Ela responde a tudo dos nossos dias! Seja qualquer que seja o tema! Algumas igrejas dizem que a Bíblia foi para o passado, mas não pode ser para o presente, pois está fora do contexto atual. Mas em nome de Jesus Cristo, eu digo "Ainda é para os nossos dias"! De Genesis a Apocalipse é para os nossos dias.
Se as nações seguissem a Bíblia não haveria tantos crimes e homicídios de mulheres e homens. Mas há porque a humanidade não respeita a Bíblia. O grande problema da humanidade é que pôs de parte Deus e a Bíblia!
Eu tinha infinitas possibilidades de fechar meu coração e não me permitir sentir o que sinto por você, mas não posso mais esconder o que está aqui dentro, eu te olho nos olhos e vejo que você é a pessoa que eu mais quero ao meu lado.
Acabo por desmoronar-me quando não te vejo e no fundo do meu coração desejo-te como nunca quis mais ninguém. Você se tornou minha admiração, minha obsessão, você se tornou meu afeto, meu calor, meu lugar seguro... E também a luz no fim do túnel que eu achará que nem era real! Nunca sonhei tanto em acordar ao lado de alguém como sonho em acordar contigo; Quando eu vejo você sorrir para mim isso me faz ver como você mecher comigo, me deixando boba e fazendo eu pensar se tudo isso é real ou só minha imaginação. Eu tentei esconder por muito tempo mais infelizmente acabei fazendo o que eu mais temia, acabei te dando o meu coração. E agora acho que vou fala as quatro letras que eu tanto temo dizer a alguém: Amor!
Dom,. 7 de abrir 2024 - Escrito por ~Safira souza
Pedras não florescem
Um certo rei vendo que já estava muito velho e que não tinha herdeiros ,decidiu criar uma competição para escolher seu sucessor .
Ordenou que chamasse todas as crianças do vilarejo e deu uma semente para cada uma delas ,a que entregasse o melhor resultado herdaria o trono .
Os meses foram se passando e uma dessas crianças não via resultado algum ,a semente não brotou ,chegou o grande dia para a entrega e o mesmo decidiu que não iria pois não tinha nada para entregar .
Após muito insistir a mãe conseguiu que o garoto fosse ao Castelo .
Chegando lá ,todas as crianças estavam com árvores ,hortaliças e floreiras ,cada uma mais exuberante que a outra.
Percebendo que apenas um menino tinha em suas mãos um vaso vazio ,o Rei ordena que ele se apresente,o menino segue em direção ao rei e entrega o vaso vazio .
O Rei admirado logo o nomeia como o seu sucessor.
A verdade é que eram pedras e não sementes ,a competição não era sobre ser o melhor e sim sobre ser íntegro .
Pedras não florescem !
A você dei tudo que eu tinha
Mesmo assim não foram o suficiente.
A insuficiência me fez pensar sobre a insignificância.
Meses trancado no meu quarto eu estive refletindo
E a conclusão é que...
A única insignificância esse tempo todo era você.
Queria voltar a ter 15 anos.
Quando eu tinha fé.
Fé em um futuro melhor,
Fé em um mundo melhor,
Fé que eu seria melhor.
Hoje em dia me vejo olhando para um penhasco prestes a desmoronar.
Sinceramente, queria voltar a ter 15 anos.
O Amor.
Tinha olhos castanhos, era alto, fazia piadas sem graça mas que tinha graça quando era o amor que contava!!
Ele era minha morada, meu porto seguro, minha felicidade, minha paz.
Eu amo meu amor! Mas, o amor do meu amor não sou eu.
Eu amo o meu amor! Mas, ele não é meu.
Eu te espero.
Quando eu tinha 15, foi um divisor na minha vida. Eu tive que escolher estar, viver como todos ou seguir a minha intuição, o meu espírito. Deixei de lado o ouro e a prata e busquei autoconhecimento, espiritualidade e Yoga. Quem somente busca sucesso, grana e bens pouco conhece de si mesmo. Todas energias são voltadas para o externo! Eu tive que me recolher... Estar consigo, só. Trabalhar a solitude. A minha melhor companhia é o silêncio. Estas questões humanas, da psique, da espiritualidade me preenchem. Trazem um conforto, um sentido que me agrega valor de fato! Por mais que eu esteja longe, ou em outro país, se o meu coração não estiver satisfeito com a decisão que a mente racional tomou, nada realmente terá um valor significante para minha existência. E isso tudo, todas experiências que a gente vive, sendo boas ou ruins, levam muito tempo para executá-las e compreendê-las na plenitude.
Então, quando você olha no espelho vê, sabe quem é que está atrás daqueles olhos, tudo faz sentido pra ti. Não existe mais dúvidas, receios... O caminho tomando, foi a escolha correta! Todos somos únicos, diferentes.. "Nem sempre o belo, reveste a alma verdadeira da criatura". E nós só conseguimos ver o externo, o que é fake. Ao ignorarmos a face espiritual, ocorre o erro de nos apaixonarmos pelo que falso, vazio e mentiroso. Nos tornando assim cegos reais. Quanto mais ouro e prata você ostenta, busca, mais fraco, frágil você demonstra ser perante a realidade universal. O tempo vivido é curtinho.. Não espere descobrir quem está por trás daqueles olhos, nos segundos finais da vida. Se debruce sobre os joelhos e adentre, deseje, realmente conhecer-se sobre de quem pertence àqueles olhos...
As vezes me pego pensando nos sonhos e planos que eu fazia quando criança. Eu não tinha certeza de absolutamente nada, como tudo seria, mas tinha uma esperança tão tamanha que, era oque me ajudava a suportar toda infância conturbada que eu vivia. O rastro de esperança que me seguia, era o combustível que me mantinha focada em um futuro melhor, e não me fazia desistir, mesmo das vezes no qual eu tentava. Eu torcia por mim, ao mesmo tempo que queria entregar os pontos. Eu vislumbrava um futuro promissor, em contra partida, os barulhos expertos me faziam visualizar um fracasso.
Eu desistia, e voltava a crer novamente, logo que os primeiros raios de sol raiavam.
Era sempre assim.. eu oscilava entre querer vencer ou perder, lutar ou desistir. Minha sorte foi que, fui uma criança sonhadora e uma crianca que sonha, pensa em muitas coisas , faz muitos planos..
E são os sonhos que há fazem, continuar lutando, mesmo que ninguém tenha noção da força que ela precisa imprimir.
Eu torcia muito por mim, e minha criança interior continua torcendo muito.
Por 17 anos, o processo enfrentei, Mas antes disso, nada eu ganhei. Perdi a paz, a única que tinha, Quase a sanidade, na linha fina.
Aprendi a andar na corda bamba, Nada de bom vivi, mas a alma clama. Melhor me tornei, dizem guerreira, Nem metade suportariam, é a bandeira.
A cada amanhecer, vejo o impossível, Ao anoitecer, sobreviver é incrível. Um dia a mais, aguentar e lutar, Na batalha da vida, continuar.
Natal en Rose
Era véspera de Natal. Ela tinha apenas sete anos, mas já sabia que Papai Noel não descia pela chaminé. Sempre muito curiosa, já conhecia a identidade do bom velhinho que todo o ano visitava-lhe durante a noite, enquanto ela dormia o sono dos anjinhos.
Ainda assim, aquele seria um Natal diferente! Havia uma promessa a ser cumprida!
As horas iam e vinham-se, e o sol teimava em não abandonar aquelas pessoas ávidas por compras, presentes, abraços, carinhos, ceias! E ela continuava a aguardar a noite.
A madrugada de Natal!
Enfim, a lua ofusca o sol, e a noite ostenta o auge da sua beleza, ao vestir-se das luzes natalinas já à sua chegada!
De repente, silêncio.
A ansiedade continuava estampada em seu rosto infantil, mas ela precisava dormir. Dormir para que o Papai Noel chegasse! Só não conseguia...Com seus olhinhos desobedientes, rolava de um lado e outro da cama, contava carneirinhos, e nada adiantava. Estava feliz, todavia não conseguia dormir!
Lentamente, a maçaneta da porta do quarto gira. Era o Papai Noel!
Ela fecha os olhos para não decepcioná-lo, e o vulto de duas pessoas adentra o quarto, balbuciando coisas que não conseguia ouvir. Cochichavam. Ela, ainda com os olhinhos fechados, sente quando lhe beijam a face e ouve quando a porta é cuidadosamente encostada pelo lado de fora.
Rapidamente abre os olhos!
No meio do quarto estava ela, a promessa! Suntuosa, rainha, elegante, majestosa!
Sorrateiramente, desce da cama, contorna o tão esperado presente de todo o ano, admira-o, volta a contorná-lo, acaricia-o. Não podia acender a luz. Descobririam que ela não dormia! Mesmo assim, radiante de felicidade, volta a abraçá-lo, pois mesmo sem o ver, podia senti-lo, conseguia tocá-lo...
No horizonte, os primeiros raios de sol despontam-se.
Papai Noel adentra novamente o quarto para despertá-la, e quem sabe participar da surpresa em seus olhinhos brilhantes! Mas dessa vez, o velhinho apenas sorri da cena que acabara de presenciar: sua pequena estava ali, deitada ao chão, profundamente adormecida, agarrada aos aros de seu presente de Natal.
Carinhosamente despertada, vê que seu presente é cor de rosa, exatamente como ela sonhara! Uma bicicleta rosa! E mesmo sem sair de seu quarto, ela já sentia o vento a despentear-lhe os cabelos, a tocar-lhe a face! A partir dali, desbravaria as pacatas ruas de sua cidade, a equilibrar-se pelas avenidas do lugar que a vira nascer, e agora a pedalar sua bicicleta, inclusive, bem maior que ela!
A vida agora seria rosa, cor de rosa!
- Tão simples...- sonhava seu olhar pueril...
- Pena que não será sempre assim! – lamentou seu Papai Noel, silenciosamente.
E ele tinha toda razão! Mas ainda hoje, sempre que a vida insiste em mudar de cor, as lembranças e sensações desse Natal a retiram do cinza e escombros que por vezes a vida adulta impõe-lhe, e ela sai por aí, pelo mundo, a pedalar mais uma vez sua bicicleta cor de rosa, como se em Mara Rosa estivesse, completamente livre...
O Espiritismo jamais disse que nada mais tinha a aprender. Ele possui uma chave cujas aplicações todas ainda está longe de conhecer. Aplica-se a estudá-las, a fim de chegar a um conhecimento tão completo quanto possível das forças naturais e do mundo invisível em cujo meio vivemos, mundo que nos interessa a todos, porque todos, sem exceção, devemos nele entrar mais cedo ou mais tarde, e vemos todos os dias, pelo exemplo dos que partem, a vantagem de conhecê-lo antecipadamente.
MEDO DE TIGRE-ARANHA
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Tinha um medo crônico de tigres.
Podia ser até mesmo dos que estão nos filmes
enjaulados dentro de uma intransponível tela de Cinema
e incapazes de saltar para a nossa dimensão.
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Se vislumbrava um cartaz de propaganda
estampado com uma só destas feras,
ali mesmo deixava litros de medo
escorrerem por entre as pernas.
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O medo de tigres fora o companheiro
de toda a sua vida.
Desde a mais tenra infância
chorava ao ver desenhos de tigrinhos
nos pijamas e invólucros de refrigerantes.
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Isso tudo, apesar
de não haver tigres em seu continente,
e de sua pequena cidade jamais ter sido visitada
nem mesmo por um velho tigre desdentado,
protegido pela jaula de um circo.
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Tigres...
Esse pânico o acompanhou sempre
a cada dia, a cada instante de sua vida.
Foi a psicólogos caros, mas sem resultados.
Lá estavam, no fundo, sempre os mesmos tigres...
Espreitando, ferozes e listrados, no covil do inconsciente.
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[BARROS, José D’Assunção. Publicado na revista Simbiótica, 2023]
