Arte
Eu sou a Arte,
Não espero compreensão,
Raramente inspiro-me em razão,
Deixo que meus sentimentos voem,
Se entrelascem em olhares,
Apaixono-me com facilidade,
Mas, o que faz a estadia,
Somente recíprocidade,
Pessoas pra mim são Almas,
Almas não se "pegam",
Isso é pífio,
Fulo,
Eu vivo é de histórias,
Poetiso-te,
Pinto em letras meu Amor,
Amo intensamente,
Como combustão incontrolável,
Ainda que só por alguns instantes,
Ainda que só intrínsecamente,
Uma vida inexistente,
Somente na mente,
Simplesmente vôo,
Mesmo sabendo que na maioria das vezes,
Enrosco num fio,
Quebro às asas,
Desmorono.
Sou um Grito de Arte,
Uma escritora falida,
Num estrondo de silêncio,
Ensurdecedor,
Minha Arte vive em mim,
Mas, não posso viver da minha Arte,
Sou um Grito,
Estrondoso,
De silêncio,
A vida é uma violência à minha inteligência,
Onde todos os dias,
Sou violentada à deixar a esferográfica de lado para os versos,
E colocá-la entre os dedos,
Para melhor atendê-los,
Essas são as grades do capitalismo selvagem,
Onde,
Um uniforme, para alguns é capaz de ditar regras de julgamento,
Onde deixo meu mundo das ideias,
Escritora que sou, para escutar insultos,
Falta de educação, falta de empatia, não de todos,
Mas, de muitos,
Que julgam-se melhores por estarem por detrás de uma mesa...
Ou com um crachá de cargo à mais,
Tanto faz.
Nós,
Poetas e poetisas,
Representantes de arte em palavras,
Em pinturas feitas em formato de letras,
A nossa escrita um desabafo da alma,
Afetando outras almas,
Empatia,
Quem diria?
Valor inestimável,
O Amor vale mais que qualquer tesouro desse mundo,
Ele é profundo,
E eu me afundo.
Me faço em versos para amenizar o profundo caos desse mundo,
Meu âmago, meu eu,
A arte é fuga,
Numa realidade confusa.
O vinho é uma arte,
É uma história contada dentro de uma garrafa,
E uma história a ser contada em cada taça.
O vinho é uma arte abstrata,
Onde os olhos, olfato e palato se encontram, numa viagem sensorial, familiar e histórica,
Seu artista,
O enólogo,
Seu ateliê a vinícula,
Sua matéria prima os vinhedos,
Seu Pincel são as Vitis,
E eu uma enófila,
Transmitindo em poesia a profissão Sommelier,
Trazendo cada garrafa pronta em sensações de letra,
Amor em transcrição,
Poesia engarrafada,
Uma canção que toca o coração.
A primeira ideia, a primeira arte, o primeiro livro, o primeiro suspiro de ar estão lá para desencadear o progresso, mas nada, nadica de nada neste mundo, nasce perfeito ou completo.
Te olhar é um vicio
Arte do feitiço
Teu feitiço, que me prende em tua teia
Sou refém da tua beleza
Teu olhar inocente
O contraste perfeito
Do teu corpo bem feito
Que não sai da minha mente
Teu sorriso fácil
Ironiza a minha capacidade
Tenho poder em meu lábio
De te convencer sem falsidade?
Minha verdade te ofende
O meu desejo é grande
Do simples olhar transcende
Minha certeza é não ter chance
De tocar teu corpo
Me entregar a vontade
Beber desse copo
De prazer saciar-me
O meu amor está morto
Viva está minha paixão
Esta atinge o topo
Quando vejo-te vindo em minha direção
Cessarei de pensar
Pois me faltaria controle, fazer o que é certo
De manter-me dócil ,
contigo por perto.
Não se assuste comigo
Mas saibas do teu poder
Use tua exuberância, com grande saber
Entregue-te a quem realmente merecer.
Entendo o que é arte, ao te ver sambar
Teus belos movimentos em harmonia
A poesia do poeta que vive a rimar
A graça do palhaço que traz alegria
Teu belo rosto, tua pele mulata
O balanço do teu corpo, beleza nata
Sedução dos teus olhos, tua covardia
Olharia pra você até raiar o dia
Qual o teu nome, nunca vou saber
Em meus sonhos estarás, sem mesmo perceber
Negra de fato, daquelas que canta Aragão
Deixou vazio o meu coração
Esse fraco poeta, que se atreve a poetizar
Rimar o belo com feio, no mais doce amar
Transformar em fantasia, o que nem de perto é a realidade
A chance de com você estar, te beijar, te amar de verdade.
A batucada vazia, sem a companhia do violão
Põe fim ao meu sonho, ao samba , ao show
Ao lar retornar com aquela sensação
De olhar, sem parar, pra que nunca me olhou.
Hoje me expresso como artista, mas almejo ser a própria arte. Amanhã buscarei minha voz como escritor, desejando fundir-me com a própria história. Ontem explorei a poesia, sonhando em ser a própria essência poética.
o tempo é má vizinhança
com tal força causa danos
promessas em abastança
mestre na arte de enganos
natalia nuno
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