Arrancar
Fragmento lasso
Quero arrancar
Os teus lábios
Dos meus...
Quero traçar
O teu corpo,
No meu!
Louco sozinho
À noite!
Quero teu corpo.
Cachoeiras
Descem
Nos seixos
Delírio nós dois
Feito cometa
No cais...
Nós dois grudadinhos
Na chuva, no mar!
Se eu conseguir arrancar sorrisos, já me darei por satisfeito, considerando-me ser a pessoa mais sortuda do mundo.
Sangue fervendo pelas veias...
A falta de oxigênio é evidênte...
Vontade de arrancar a pele é normal...
Febre e sede falta de sangue...
A falta de palavras é mente morrendo... O tremor nas mãos falta oxigênio.
Desatino antes pela visão turva e trêmula
Posso me enganar pois ilusões são parte do esquema...
O colírio da alma perdida é apenas imensidão...
A falta ou ausência de sentimentos
é tudo é desculpa para apenas
continuar a viver...
As lembranças são apenas luzes que se apagam
Pois nada é levado para outra vida.
As luzes te fazem sonhar e esperar outro dia...
Coisas que não tem como esperar...
A falta sentimentos é o mesmo que saber tantas coisas...
Que no pouco que se conhece já se sabe de tudo.
A história que podia ser contada de trás para frente. Não o que não desvende...
A pergunta e a resposta vale apena ...
Tudo que busco não é mais uma busca ou ter ou obter... Apenas seguir o fluxo do mar.
Pois mares tem fluxos e mares internos externos. Nas turbulências mais profundas temos os mantos de temperatura..
Que fazer o fluxo do mar se manter...
E quando se frio é mais intenso as mares são derivadas entre a baixa e a alta maré.
No momento gravitacional temos anomalias.
Pois a gravidade tem suas determinações gravitacionais.
Sendo os satélites planetários um mistério a cada movimentação...
Abraçando. A verdade que habita em cada um ...
O viver converge num mundo irreal.
A vida aparece na maiores adversidades.
Suponho momentos nas sombras do espaço.
A humanidade vai se aventurar no desconhecido...
A verdade de cada um... Habitará a verdade de todos.
Pois sempre será apresentado novos mundos.
A alegria de arrancar sorrisos de onde não se tem alegria, é algo que só os que valorizam a vida sabem descrever. Por isso, sempre que tiver a oportunidade e amor no coração, arranque um sorriso de alguém, pode ser o único remédio que essa pessoa tanto esperava para curar a tristeza que nenhum outro remédio estava sendo capaz de curar.
Quando nasce um pé de saudade
É preciso ser previdente
Arrancar pela raiz
Escaldar com água quente
Porque se a saudade der fruto
De certo que vai ter luto
Pois saudade mata a gente
Se for pra escrever meu amor por você em palavras ocas e vazia, prefiro arrancar de meu peito este coração que pulsa por você, renego meu viver, renego você de uma vez por todas, se não for pra lhe falar de amor verdadeiro, deixo que você contradiz o meu dizer, amo você, se não for pra amar você, desfazer-me de gritar o meu sentir, assim perco seu amor, e me torno leigo na arte de conquistar você
Ame
mesmo que seja em um segundo...
pra poder arrancar um pedaço da alma
pra completar
pra acalentar
e saciar.
Ame
mesmo que seja em um ultimo minuto ...
pra vibrar no mesmo acorde
pra alçar voos
e sonhar
e sentir o movimento
e desejar.
Ame
mesmo que seja no ultimo dia...
pra embriagar a boca
pra sentir o mel do seu corpo
e delirar
e amar.
Desapegar de algo, alguém ou alguma coisa, é como arrancar um dente.
A fé é como os dentes, se você negligenciar, você perde quando ele é arrancado de você, então sente-se aliviado, mas quantas vezes você passa a língua no lugar onde antes estava o dente ? Muitas vezes por dia provavelmente. Não é só porque parou de te machucar, não significa que você não vai notar. Eu já perdi mais de dois dentes (Pré molar e Molares) mas nunca perdi a fé em mim mesmo.
Por quê arrancar uma árvore se podemos plantar?
Por quê caçar se temos outros meios de nos alimentar?
Por quê poluir os rios se precisamos da água para tomar?
A natureza é a riqueza que Deus deixou para nós cuidarmos, mais somos tão gananciosos que essa riqueza logo vai se acabar se não fizermos alguma coisa para mudar.
Você tem o dom de me arrancar sorrisos bobos .. mesmo em dias nublados , em paisagens cinzentas lá vem você colorindo tudo .. quando chega perto ... tu tens alma de arco iris ..
Caravelas
Origem profunda tem aquelas dores de saudade,
que do peito não se consegue arrancar,
que viajam aglomeradas em formas de angústias
através de dezenas de caravelas por um mar
de águas obstinadas de memórias em liberdade.
Memórias são como as águas barulhentas de uma cachoeira,
que desce encostas pedregosas a chorar,
porque memórias tem vida própria e tem lágrimas,
que ninguém consegue fazer calar.
Um dia um cavaleiro selou o seu cavalo e foi embora,
com a sua bagagem transbordante de ilusão,
e os olhos tristonhos de uma peregrina,
ficaram na longa estrada a esperar por ele em vão.
Ela começou a seguir persistente os rastros deixados pelo cavaleiro,
mas a pressa dele fez crescer asas no dorso de seu cavalo,
e o cavaleiro começou a voar no seu cavalo alado,
vencendo as barreiras invisíveis do tempo
para então alcançar novos tempos,
além das esferas inimagináveis de sua existência.
Pobre peregrina que exausta perambula com sua bagagem de esperança,
peregrinando vai noite e dia na tentativa de o cavaleiro encontrar.
Caos no peito, caos na alma, um assombro de medo faz seu coração palpitar,
medo de nunca mais poder o seu cavaleiro encontrar,
porque rumo às estrelas ele está velozmente a cavalgar.
Ainda existem os campos floridos daquele lugar?
E onde estão as vinhas com seus rebentos a prosperar?
Ela se pergunta repetidamente, sem cessar,
pois está perdida tentando o cavaleiro encontrar.
Oh Paraiso, dê depressa o teu endereço,
esse deserto é incomplacente para quem vai ele atravessar!
A peregrina jura, que se o deserto em seus próximos pensamentos não findar,
embarcará no primeiro trem da vida que corre nos trilhos da alvorada,
rumo a outros cenários menos devastadores.
Já sentistes o badalar do relógio das horas da angústia?
Essa angústia devora uma mente cheia de pensamentos de solidão.
Acaso será mesmo tudo em vão?
Será em vão todas as esperas ancoradas,
adormecidas naquele porto sem compaixão?
Nuvens fugitivas ao soprar dos ventos primaveris alertam,
que logo o cavaleiro a peregrina vai encontrar,
Mas será? Será mesmo verdade?!
Até a primavera chora e se compadece por ela,
as flores percebem seus olhos cansados,
escondidos debaixo de suas pálpebras,
tanto exaustos que não conseguem mais se levantar.
Os seus pés decidiram que é hora de parar,
porque já não conseguem mais seus rastros pelos caminhos deixar.
O insistente balançar das árvores na floresta encantada
anunciam o tempo oportuno da viagem astral,
um túnel se abre através das infinitas vias do universo.
E quem foi que disse que aquelas caravelas da saudade
não navegam o mar encantado acima da terra?
Quem foi que disse que isso é assim, e só pode ser assim,
porque a lógica diz que assim o é?
A lógica também se engana e as vezes até se contradiz,
assim também o que está entrelaçado a um contratempo,
o próprio tempo se equivoca, se contradiz.
Há um cânion além das planícies quietas da serenidade,
suas paisagens convidam para um voo fantástico,
entre os paredões misteriosos e secretos que o ladeiam.
E como a cegonha faz quando está no pico mais alto do seu voo migratório,
assim voa também a alma que procura novas terras.
Caravelas ligeiras são os suspiros de uma saudade apressada,
Caravelas também são aqueles pensamentos,
que navegam obstinados num mar violento,
cujas velas são os desejos do coração humano.
Rozilda Euzebio Costa
Decidi me despir, tirar a roupa, esvaziar a mente, arrancar a coroa e lavar o rosto.
Descobri em mim, algo que nem mesmo eu sabia: Eu sou melhor nua.
Um dia todo mundo já foi criança e teve medo de arrancar um dente de leite. E esse dente ficava lá, mexendo, machucando, mas o medo da dor em tirar o que já doía parecia ser ainda maior. Na vida muitas coisas são assim. Uma farpa no dedo, o receio de uma cirurgia, um siso que não para de doer (mas que você toma um antiinflamatório e, pronto! O desconforto aparentemente desapareceu!). Acontece às vezes comigo, acontece às vezes com você. Priorizamos relações tóxicas ao invés do nosso bem estar, desejamos parceiros muitas vezes destoantes das nossas necessidades, nos diminuímos para caber no mundo do outro. Desde amizades a relacionamentos, idealizamos pessoas, construímos situações imaginárias, romantizamos nosso sofrimento. Temos mania de cultivar nossas pequenas e grandes dores, sejam elas físicas, emocionais, espirituais. Somos apegados com a dor, com o sentimentalismo, com aquilo que nos faz mal, quando podemos simplesmente nos libertar. Nos foi ensinado desde sempre, através de filmes e histórias, que o amor resolve tudo, que príncipes encantados existem, que há um pote de ouro lá no final do arco-íris somente para quem se esforça. Somos tão cobrados socialmente, temos uma autocrítica tão enraizada, que idealizar pessoas e situações se torna extremamente fácil. Mas ninguém nos conta que idealizar pessoas é torcer lá no fundo para que elas te idealizem também. Afinal, por que simplesmente não podemos aceitar as pessoas como elas são e querermos ser apenas nós mesmos aos olhos do próximo? É tão mais incrível lidar com o que cada um é de verdade. Com seus defeitos, suas qualidades, erros e acertos. Aceitar que ninguém é perfeito, e que você também não é. Aliás, não devíamos nem querer que alguém nos olhasse assim. Não somos santos e nem pecadores, somos apenas humanos. É preciso amor próprio para ser quem se é, e é preciso amor próprio para se libertar. É preciso amor próprio para tirar aquela farpa do dedo quando se é criança, porque dali já entendemos que tudo bem, vai doer, mas é tirando o que nos machuca que começamos o nosso próprio processo de cura. Coragem é se deixar curar, é resiliência, entrega, aceitação, e acima de tudo, força. É assim, dando nosso primeiro passo, jogando fora o que não mais nos serve, e priorizando a nossa saúde mental, que compreendemos que dentro de nós já existe um pote de ouro pronto para ser descoberto a cada etapa do nosso autoconhecimento.
