Amor em Silêncio
PELO CAMINHO
Eu queria ver no silêncio do escuro
O amor puro, o mais que você quer
Que te agrada, em tudo que quiser
Este o prazimento que eu procuro
Te querer, quero! no olhar seguro
De doce paixão. Poesia a lhe dizer
Ser, estar, para enamorado te ter
Assim, que penso em nós, te juro!
Às vezes eu deixo de pensar em ti
E por aí o pensamento vai sozinho
Pensando se ainda está por aqui...
Neste segundo, você é só carinho
Só satisfação, uma sensação rubi
E, então, levo você pelo caminho!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04, agosto, 2021, 15’47” – Araguari, MG
Um silêncio
Um não mais
Aquele adeus
E acabou
O que um dia
Foi mais amor
Simplesmente acabou
Poetisa
Islene Souza Leite
SEPARADOS PELO SILÊNCIO...
Ela estava distante
E eu não quis incomodar
Viramos e dormimos sem um boa noite dar
No escuro do quarto, tentei me aproximar
E ela se esquivou sem deixar eu encostar
Não sabia como prosseguir e nem o que falar
Então apenas chorei baixinho para não lhe acordar
No dia seguinte eu percebi
A cama estava fria mesmo com ela ali
Apenas me levantei e sai
Seria injusto ficar aonde já não existia amor para mim.
E no silêncio da noite
O único barulho que escuto
É o barulho do meu choro
Talvez seja falta de amor
Talvez a falta de um namoro
Ah como eu gostaria de viver
Em um mundo composto por essência
Onde o importante seria o amor e não a aparência
Em um mundo que não tivesse tanto ego
E que um dia eu pudesse falar que o amor é cego
Acabei me apaixonando por uma mulher, uma mulher muito distante de mim
Era pro amor me deixar alegre
E não me matar assim
Me matar de tristeza e me matar de solidão
Mas o errado fui eu por ter caído no laço da louca paixão
Se eu pudesse eu voltaria no tempo e pensaria mais em mim
E apagaria o momento em que eu me apaixonei por ti
Nossos momentos foram só de amizade
Não pude ser seu amor, só restou a vontade
A vontade de te fazer feliz e me senti realizado
Mas infelizmente nada dura para sempre e um dia se torna passado.
Toda vez que me vê em silêncio,
me chama, me grita, faz-me sorrir.
Minha quietude sempre vai ser
sinal de tristeza.
Reticentes
-Dois pontos, travessão,
Mas o silêncio era completo.
…
-Dois pontos, travessão
Apenas uma reticências
…
Se todos os magos, cartomantes
Se todos os profetas e gênios
Pudessem ouvir aquela profunda
Pausa…
Não saberiam o que passava
Naqueles pequenos olhos
…
Só Deus poderia dar pistas
Mas, Ele também não quis
Guardou o profundo silêncio
Sigiloso daqueles olhos
…
Daqueles que eram profundos
Serenos… Moles… Lentos… Meigos…
….
Escondiam um universo inteiro!
Deixavam-nos navegar em dúvidas
Com medos, receios…
Mas…
…
Antes aquelas pausas profundas
Que uma boca torta que fala besteiras
…
Antes um segredo bem guardado
Que palavras lisonjeiras
…
Antes a morte da voz caduca
Do que a vida da criança boba
Loquaz, matraqueira
…
Antes a paz dos profundos
Silêncios e reticências.
"Poderia te dizer mil palavras,
Mas estaria mentindo,
Por isso falo Pouco e deixo o silêncio
Falar por mim".
DÓI
Como dói este silêncio fantasiado de não.
A incerteza que regula o compasso do coração.
Um esperar descontrolado que inibe o respirar.
Um sentimento desacreditado que não cansa de esperar.
Uma ilusão infantil de alguém que se apaixonou.
Na espera do sim, de daquela a que amou.
Como dói a vida ferida.
A ferida vivida.
O sentimento continuo, neste mar de dor.
Como dói o silêncio escondido, neste caos chamado amor.
Como dói te ver e não lhe ter
Como dói viver num mundo, que desconhece meu amor por você!!!
Fragmentos de Ti
Estás no vácuo de minha noite,
no silêncio que clama tua ausência,
na penumbra que esboça teu semblante
em memórias que se recusam a me abandonar.
Estás na música que invade minha playlist desordenada,
em um refrão inesperado que evoca Dindi,
nas novas canções de amor que já não posso te dedicar,
nas melodias que entoo para o teu vazio.
Estás no pé de manga de minha praça predileta,
nos felinos que cruzam meu caminho,
no sussurro do vento que dança entre as folhas,
nos peixes que nadam na represa.
Estás no ardor da água gaseificada,
nas efêmeras bolhas que dançam e se desfazem,
como recordações que emergem à superfície,
instantes fugazes que ainda aquecem minha alma.
Estás no tratado filosófico que leio,
na busca de aprender a lhe esquecer,
mas no pensamento que transcende a lógica
e me conduz a buscar-te em cada parágrafo.
Estás nos filmes românticos que assisto,
nos olhares que confessam o que restou por dizer,
nos finais ambíguos que reverberam
o vazio instaurado pelo teu adeus.
Estás nas paisagens que se desvelam diante de mim,
no temor de avistar pela janela o Corcovado,
no fulgor do sol que aquece minha pele,
o mesmo sol que recomendavas e que eu tanto evitava.
Estás na bossa nova que insisto em não ouvir,
em cada acorde sutil que me desmonta,
no compasso que murmura Quiet Nights of Quiet Stars
e me conduz para onde não desejo ir.
Estás nos momentos em que experimento a felicidade,
em risos que hesitam diante da tua ausência,
em conquistas que se esvaziam na falta
da luz dos olhos teus para compartilhá-las.
Estás nos momentos em que o desespero me consome,
em cada palpitação que anseia por respostas,
como quem busca estrelas em um céu encoberto,
tentando compreender se tu foste um desígnio divino.
Estás nos instantes em que encontro serenidade,
pois, mesmo distante,
tua presença reside em cada partícula de mim.
Estou ligada a ti de uma forma
que talvez jamais encontre reciprocidade,
ou talvez só seja porque é recíproco
um plano divino que não faz sentido.
Mas, além de estar em tudo,
tornaste-te parte de mim.
Não és apenas ausência;
és o eco perene de tudo que ainda sou.
Sofrer em silencio, chorar em silencio, amar em silencio, ser feliz em silencio, embora dentro de você tudo grite, exploda, sangre.
Não há nada mais doloroso, confuso e inquietante,
que as palavras não ditas e o silencio eterno,
entre a pessoa que amou de menos e a outra, que amou demais.
O mundo inteiro hoje me grita um silêncio mesquinho e monstruoso.
Por que isso, gente?
Por que há tanta saudade?
Senhor, deixaste apenas os bons para os bons? Os tristes para a escuridão e o silencio? A verdade para o que restar do amor?
A verdade é dura, triste, solitária e tem nome. Vive sóbria através de todos os entorpecentes, cada qual com seu nome, apelido e endereço.
Todas ou quase todas as pessoas conseguem me ver bem, mas nenhuma delas da forma como você me olha, me nota, observa e conclui.
Não julgo teus olhos, não os posso. Teus olhos vêm tudo, ao mesmo que nada. Sentem e perseguem o que te fere. Seus olhos são como afiadas facas, moldadas através de tempos, muitos e poucos, talvez simultâneos.
É a tua verdade que vejo. Tua verdade que eu quero e espero.
Me sinto estranhamente dentro dela, nela. Com ela.
É a tua verdade que também nos separa e nos reaproxima de forma constante.
Que a tua verdade nunca seja absoluta, se é cortante, amargurada e dura.
Que a minha mentira ao menos engane tua razão e te entorpeça o tempo suficiente e necessário para amar.
Porque, onde seu corpo deitar, querido, repousa lá meu coração também.
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