Amor e Odio Sao Iguais
Horas passando a fio
Os terrenos do tempo são antes do temporal uma enxurrada de horas flamejantes nos ciclos solares alcunhados todo no conhecimento humano do universo.
Por hora sabemos mais das horas através de dispositivos do que por consciência própria, seria o homem assistido muito mais do que pensa por suas tecnologias?
Sem o despertador do relógio, que horas vamos acordar? Quando galo cantar? É uma aventura enorme do homem perdido na imensidão universal tentar contar às horas com precisão.
Eu mesmo sem relógio me oriento por fome da meio-dia para saber que é o fim da manhã para iniciar a tarde, sei que no fim do dia são 18:30 porque tá ficando escuro e na minha cidade natal éramos acostumados com o fim da tarde e seu por do Sol após as 18 horas.
Se estamos em horas passando a fio, o oriente e o ocidente estão na mesma malha milenar por onde o planeta Terra na circulação faz o elipse na estrela maior da Via Láctea.
Infelizmente existem pessoas que imaginávamos ser nossos melhores amigos, porém hoje são apenas desconhecidos para nós.
As pessoas são injustas, o mundo é injusto, enquanto houver dinheiro haverá ganância, enquanto houver poder haverá destruição, entre poucos ricos existem milhões de pobres, esse mundo é desigual enquanto uns comem uns morrem de fome, enquanto uns tem tudo alguns tem pouco, enquanto houver enquanto o mundo será desumano.
Sim, a vida sempre fica do lado da vida e, de alguma forma, as vítimas são culpadas. Mas não foram as melhores pessoas que sobreviveram, nem as melhores que morreram. Foi aleatório!
as armas são atos de desespero,
num mundo de lagrimas,
tantas decepções...
atos impensados são meros alucinógenos...
deixados um momentos parado no tempo.
Às vezes, as mães, tão condicionadas a ser tudo e a fazer tudo, são cúmplices na redução do papel dos pais.
São nos momentos de tédio que aprendo a dar valor à liberdade. Mesmo que essa liberdade implique em não fazer nada.
Não se levante para ver quem são as pessoas de verdade, apenas sente e observe, em pouco tempo verá que elas próprias se revelarão.
Saudades Imagináveis
Saudades, que habitam em nós, são gravadas a ferro, dentro da nossa essência, ferindo-nos...
Muito melhor seria, se as tivéssemos gravadas a ouro, dentro do nosso peito, a tê-las, que explicar, para quem não as vê. Não sentem o que sentimos...
As saudades, somente nos pertencem e só nós sabemos como se apresentam, dentro do nosso imo...
É como se a nossas mãos estivessem escrevendo, em um papel imaginário, tudo o que o nosso eu sente... São saudades sinceras, temos certeza..
Elas nos assustam, nos dão as mãos e nos levam a viajar por caminhos frios e tristes... E lá vamos nós a percorrê-los, sentindo uma apunhalada no peito...
As saudades são tão sinceras, que nos espantam,nos magoam e acabamos acostumando-nos com elas.Por não saber abandoná-las, dizemos a nossa verdade, o que estamos sentindo e aprendemos a conviver com elas...
Não a aceitamos, mas, convivemos com essa dor, que, a cada dia, tira-nos um pedaço da nossa vida, levando-nos por vales escuros...
Todos nós temos uma definição, que nos permite existir, e esse rótulo é a nossa tábua de salvação.
Graças a ele, navegamos pelos tumultos da saudade, do dia a dia... Conseguiremos chegar ao estuário,onde nos encontraremos com as marés calmas, sem enlouquecermos... Pois não as aceitávamos...
Nos longos invernos da solidão do nosso “Eu”,muitas vezes, perguntamo-nos, a nós mesmos, com a alma dorida: – Como seriam os dias à nossa volta, se fossem vistos pelos olhos alheios?...
A saudade é como um vento, que surge sem que estejamos esperando, levando a alegria e trazendo a nostalgia...
Quando a noite começa a devorar a tarde, as pessoas, de repente, descobrem que estão com saudade da luz. Então, as ruas, as casas, colinas e vales se transformam no sinal dessa falta de luz...
Luzes, cada vez mais espalhafatosas, transformando a comedida atmosfera da noite, no alegre cenário de uma festa, que é iluminada pela luz das estrelas...
Tudo é silêncio, quando a saudade habita em nós.A nossa natureza fica mergulhada numa espécie de estupor. Até o barulho, mais próximo, parece vir de bem longe. Mais que os ruídos, são as nossas dores...
Não queremos lembrar de muitas delas, mas,elas chegam, sem a gente querer... Elas saem num turbilhão de seus esconderijos, e se alojam em nosso eu, pois, são frias, como o inverno na montanha...
No entanto, machucam-nos, embora, às vezes,o façam sem que desejemos... Que nos mostrem a verdade, que traz, com ela, ferindo o nosso ser...
Os pesares, que sentimos, muitas vezes, nos assustam, não que estejamos sempre preparados para recebê-los. Não! Não estamos. Apenas, aprendemos a conviver...
Ninguém tem coragem de se lembrar da saudade, é melhor deixá-la esquecida, em um canto qualquer de nós mesmos...
Pois não gostamos de lembrar de certos acontecimentos, certas nostalgias...
Quando nos lembramos, o nosso coração fica dorido, com uma dor profunda... Talvez, a lei da saudade não seja tão diferente das leis da metereologia...
Assim, como o ar tende sempre a passar de uma área de alta pressão, para uma de baixa, da mesma forma, cria-se, em nós, de repente, esse vazio... E é um vazio, que atrai a melancolia...
Não gostamos de lembrar da saudade. Os longos meses de solidão, até aprendermos a nos acostumar com ela... Preencherem o nosso eu...
Então, preferimos fechar os olhos e viver em um mundo irretocável, sem lembrar dela, sem pensar...
Acontece, porém, que as saudades não se escondem, gostam da solidão... Procuram companheiras, para não ter que ser hipócritas, enfrentando pessoas, que não querem aprender a conviver com elas...
A sinceridade das saudades é absoluta. Igualmente, elas querem mostrar a verdade, para todos...
Por isso, às vezes, as pessoas se cansam de sentí-las, querem comandar seus quereres, deturpando-as, não querendo sentir a sinceridade, que há nelas. Preferem esquecê-las, a pressentí-las dentro de si...
É certo que cada um sente saudades diferentemente. Ou as camufla. Ou, simplesmente, as deixam
lá, quietas. Procuram não as sentir... E, a cada dia,
afastam-se um pouco mais desse mundo frio, que é
o das saudades... Sendo que elas são sinceras e nos
mostram tudo, com muita clareza...
Muitos preferem o ópio do silêncio, que corre
em suas veias, à sinceridade das saudades,
que nos remetem a lugares, por onde, antes,
caminhávamos com as alegrias, mas, agora,
temos a franqueza das saudades, a nos
acompanhar...
Marilina Baccarat, escritora brasileira, no livro "O Eu de Nós" página 29
Na vida há guerras pelas quais vale a pena lutar, e há aquelas que nós sabemos que são perdidas. Aquelas que temos consciência que não importa o quanto damos de nós, jamais seremos os heróis da história.
A polarização política é uma coisa assustadora, onde todos querem ter razão, mas são poucos, os que fazem uso da consciência e discernimento, para se expressarem e passarem suas ideias
Não são as atitudes dos maldosos que devem causar mais espanto, mas sim a indiferença dos bons diante delas.
