Amigos são pra essas Coisas
Sabe o que eu sinto? Tem duas coisas me puxando, dois tipos de vida — e eu não quero nenhum deles. Quero um terceiro, o meu.
Essas coisas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo.
Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de (...) não estar no que você vê.
Faz frio. Estou frio por dentro também. Acabei me entristecendo com as coisas que escrevi. As verdades, porque as mentiras não entristecem. (…) Não suporto a ideia de ficar trancado aqui durante a manhã toda, sem ter sequer um pensamento dentro da cabeça.
Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha, e tenho.
O que tem me perturbado intimamente é que as coisas do mundo chegaram para mim a um certo ponto em que eu tenho que saber como encará-las, quero dizer, a situação de guerra, a situação das pessoas, essas tragédias. Sempre encarei com revolta. Mas ao mesmo tempo que sinto necessidade de fazer alguma coisa, sinto que não tenho meios. Você diria que eu tenho, através do meu trabalho. Eu tenho pensado muito nisso e não vejo caminho, quer dizer, um caminho verdadeiro.
Ando viciado em coisas lentas, lentas e essenciais, em música e, sobretudo, estou viciado em silêncio.
Ainda bem que algumas coisas salvam a gente. Sabe, sempre tem algo que salva a gente. E se não tiver, invente. A minha regra é clara: volta e meia preciso fugir do mundo real, não por maluquice ou coisa parecida, é por pura sobrevivência.
É preciso ter sabedoria para perceber
quando as coisas não são o que parecem
e quando elas são exatamente o que parecem ser.
Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer.
Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas.
"Há muitas coisas em seu coração que você nunca deve contar a ninguém. Seria baratear o seu íntimo sair espalhando-as por aí." -
Você me pergunta “sairei do buraco?”. Sairá, sim. Sairá brilhantemente. As coisas agora vão começar a acontecer, é meio tipo ímã, uma coisinha vai magnetizando outra e outra e outra, você vai ver.
Os filósofos não se interessam por essas coisas efêmeras e cotidianas. Eles tentam mostrar o que é "Eternamente verdadeiro", "Eternamente belo" e "Eternamente bom"
Depois que a gente faz as coisas é que percebe o que não deveria ter feito, mas pelo menos aprendemos a perguntar essas coisas.
