Aforismo Fome
Vejo na rua coisas que me consome
Crianças dizendo, mamãe eu to com fome
Sem saber o que fazer não teve outra opção
Entrou dentro do lixo pra catar migalhas de pão.
Uma ideia somente contemplativa, sem compaixão é o mesmo que abandonar à fome milhões de pessoas,sem apresentar-lhes uma solução!
A fome só se satisfaz com a comida e a fome de imortalidade da alma com a própria imortalidade. Ambas são verdadeiros instintos.
De volta de contra corrente
num mar atenuante
sobras que matam a fome...
no foco do pensamento
abstinência do querer ambiente
sobre acirrada penúria,
desenvolvimento ativo entre classes sociais,
desejando ser o infinito
para parábolas no desatino...
reais no desperdícios que foram incluídos,
no atributos de mundo melhor intitula se
o melhor para os melhores...
Deus dá o agasalho pra quem não tem frio!!
Dá o pão pra quem não tem fome!
Dá a paz pra quem faz a guerra!
Dá a vida para quem não quer mais viver !!
Parem o mundo eu quero descer !?!?!?
Existem espantalhos humanos com preguiça a tiracolo: dormem diante da fome alheia e não acordam com os corpos que tombam!
O pão da minha fome.
A saudade que me consome
Tanto quero pão, quanto quero o vinho
Tua atenção, teu carinho
Que diante dos meus olhos somem.
A fome não é regente deste universo, o sol tece energia saudável, prá abastecer a necessidade de todos.
Quando a minha mãe morreu
Quando o meu pai não me reconheceu
Quando o meu estômago de fome doeu
Quando a rua me abraçou
Quando as grades me cercaram
Quando a droga me conquistou
Quando o meu amor me deixou.
Só me restou, lápis e papel
O rap e Deus!
Sinto o frio daqueles que não tem cobertores,
A fome que castiga os menos afortunados,
A angústia da lei decorativa e impedida
de fazer seu dever mesmo se abrir os olhos,
As contrações das mães que perde seus filhos
para a pedra da falsa libertação.
A espera dos que já cansaram de esperar pelo
novo que só ficou na promessa,
As loucuras dos profetas que clamam
tanto por um mundo de paz.
A dor dessa terra que só é explorada
A resistência das tribos indígenas
que só quer o que já é deles por direito.
pães que alimentam
matam a fome
e aumentam o desejo
de (se) saciar
de matar a vontade
e de sanar
a fome do mundo
a fome de viver
a fome de se ter paz
a fome de saber
a fome de vencer
a miséria e a desigualdade
a si próprio(a)
as imperfeições
e tudo o que está errado
neste planeta
que o mesmo Deus
que nos permite o alimento
nos perdoe por todo mal
por tudo ser tão desigual
e contra a Sua vontade
porque a vontade que temos
é só de comer
não de combater a fome
e nada mais
misericórdia Senhor!!!
pão, alimento que mata a fome
dos famintos e desesperados
dos incrédulos e alucinados
dos desistentes e desconsolados
dos tristes e desalmados
dos medrosos e cansados
dos indigentes e desvirtuados
dos ignorantes e coitados
dos desumanos e dilacerados
dos irrelevantes e inconformados
dos intolerantes e desacordados
dos displicentes e exagerados
dos ociosos e odiados!!!
Aquele que tem traços de Jesus jamais virará as costas para a fome, para a dor ou para a miséria que assola muitos em meio a Terra.
Sou um xama, um guru, um guerreiro, um poeta... Um eterno buscador de conhecimento. Minha fome por conhecimento não tem limites. Minha curiosidade por conhecimento és inesgotável. Enquanto outros tem outros vícios eu tenho como vicio o conhecimento.
FOME
Cortou aquele pedaço de pão
para poder matar a fome,
que já lhe cortava a carne.
Não desperdiçou nada daquele alimento,
recolhendo cada uma das migalhas,
já que, na maioria das vezes,
até mesmo elas lhe têm faltado.
O pão nosso de cada dia
só lhe vem à boca, ultimamente,
quando reza aquela oração.
Mas, para que querer pão,
se quase não tem dentes?!
Para que os dentes
se não tem mais sorriso?!
Para que o sorriso
se não tem esperança?!
Para que a esperança,
se quase não tem vida?!
Para que a vida,
se viver é ‘morrer de fome’
aos poucos, todos os dias,
até, literalmente, morrer de fome
num dia qualquer,
num canto qualquer?!
(Publicado no livro “Arcos e Frestas”, página 16)
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- O texto recebeu Menção Honrosa no “XIII Concurso Nacional de Poesias Marcos Andreani”, da Academia de Letras e Artes de Paranapuã-ALAP, de Tijuca-RJ.
