Ácido
Dizem que as lágrimas lavam a alma
Mas nem sempre
As vezes as lágrimas escorrem feito ácido Corroendo tudo
A alma, o coração
Acabando literalmente com o ser físico
Mental e espiritual
Cristo não foi morto por pregar o amor. Foi morto porque o amor dele era ácido. Era verdade pura. Era inegociável.
Amor que denuncia, que afronta, que não permite que o outro continue dormindo. E por isso, teve que morrer.
Rói dentro do mundo
O queimor do sem nem o quê
Rói o ácido espalhado
No mundo interno
Do corpo extenso
Rói o rueiro
Sem medo
Corrói a fome.
*Poema do livro Anjo da Guarda, de Rafael Rodrigo Marajá.
A indiferença é como um ácido que, lentamente, corrói o coração; onde evapora o amor, emerge a cinza da discórdia.
“No dejeto eu sou o milho."
Eu fui mastigada várias vezes, recebi ácido, passei por caminhos tortuosos, me misturei com coisas ruins, mas não fui desdobrada em partes menores. Eu saí desta experiência inteira e me destacando. Passei pelo bolo fecal, mas não sou ele.
A mentira é o ácido que perturba e faz ferver a consciência humana.Quanto mais vezes nela pensamos mais ela ferve.
Não sou mau e sim apenas ácido no que escrevo. Minha acidez me corroí e por isso, sou apenas o que sou.
disfarço-me da saudade, é ácido que corrói e mata, é tequila com limão e sal, no final tem sempre um gosto amargo...
Eu posso ser doce muitas vezes, mas também sei ser amargo e até ácido quando é necessário. Tudo depende do seu paladar.
Domingo negro
Sol negro,
Dia cinzento,
Chuva de ácido,
Dor no meu peito.
Ódio do mundo,
Fé no Senhor,
Dias de cão,
Falta de amor.
Sobras e restos,
Migalhas do tempo,
Vida sem rumo,
Folha no vento.
Leve-me ao seu líder,
Espere a resposta,
Mudança na vida,
Ida sem volta.
A base da amizade é o respeito. Intimidade em demasia é um ácido altamente corrosivo que destrói a amizade.
Estações
Quando acordei já era hoje, havia um sol tão forte que queimava a minha pele como ácido de minhas próprias criações, me fechei dentro de mim por todo o verão, não vi as crianças correrem na praia atrás de uma felicidade simplória, não observei o passeio do casal de velhinhos que moram no andar de cima do meu apartamento, que costumeiramente saiam com seus chapéus de pano e um óculos bem engraçado todas as tardes com seus dedos entreleçados, parecendo não deixar que o suor do cansaço os separassem, não escutei as músicas que mais tocaram nas rádios e fizeram a trilha sonora na vida de muitos vivantes, não fui beijado por vários lábios, não pratiquei exercícios físicos que fortalecessem minha auto estima, não fui convidado para uma noite quente, em meio a risos e um total despreendimento sobre o dia seguinte, não alimentei os pássaros que suicidamente bateram no vidro da minha janela querendo entrar, não frequentei nenhuma exposição de artes ou uma temporalidade cultural que me inspirasse, não tomei aquele sorvete de maracujá que tanto gosto na sorveteria perto da revistaria do seu Pedro, não cantei no chuveiro depois de ter transpirado de tanta alegria, não tive conquistas, nem amores de estação, não dancei até perder as forças nas pernas, não me entreguei ao novo e desconhecido e muito menos me joguei do alto do morro agarrado em uma asa delta, não houve grandes aventuras e nem elevações em meu nível de adrenalina, foi apenas mais um verão que se passou. Agora, abro o guarda roupa e procuro minhas vestes de frio e me agasalho em plena nostalgia, tomo aquele velho vinho deixado na estante da sala para abrir com alguém especial, assim fiz, o bebi. Meu coração se aquece a cada vento frio e pego os álbuns de fotografia e me transporto a cada imagem que se mantêm viva dentro de minhas inócuas lembranças, ouço velhos discos e até me arrisco em alguns passos, mas, mesmo assim o silêncio da sala me agridem como punhais e o tempo faz questão de mostrar o quanto o calor da vida vibra, resolvi bater na porta dos meus vizinhos do andar de cima e lhe oferecerem um pedaço de queijo e me deparei com correspondências jogadas ao chão perto da porta, banhadas com uma leve poeira, quando repentinamente a voz do porteio me disse em meio a surpresa o que eu não sabia, chorei e desmoronei lentamente quase que acompanhando o toque das lágrimas em meu rosto, corri sem direção e gritei sobre as grades do prédio: "já é inverno", e mesmo assim meus pés não respondiam ao meu desejo de ultrapassar as barreiras que eu mesmo construi e poder ver aquelas pessoas e certos lugares, de me encantar com o nada, de rir das minhas peripécias, de fazer novos amigos e rever os antigos, de escrever uma carta de desculpas, de viajar e obter novas memórias, de retomar os meus projetos profissionais e sonhos pessoais, de deixar o coração bater até sentí-lo saltar pela boca, de me emocionar e realizar a auto cura que tanto espero. Não conseguirei resgatar todos aqueles dias de verão, mas posso transformar este inverno no começo da minha nova estação, pois, um dia ainda quero admirar o brilho deste planeta amarelo, sentir as cores me dominar, ler um livro no banco da praça e esperar que ali se aproxime a pessoa que tanto espero e me convide a ver o pôr do sol.
(Após jogar ácido muriático no chão...)
" (...) derramei uma colher de sopa do ácido em uma nódoa bastante forte ao lado da banheira. O chiado foi tão violento que temi deparar com uma horda de diabinhos surgindo do vapor. Por um momento, entrei em pânico, sem saber se o ácido, além de devorar um século de imundíce, levaria juntos os azulejos, o chão e a placa de reboco do teto do vizinho de baixo."
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