A Menininha Cresceu
PRA SEMPRE
Um dia quem nasceu
cresceu e conheceu
uma pessoa tão amável
capaz de tornar real o
mais improvável dos sonhos.
Ela é linda, tem um jeitinho doce
e por ela me veio a paixão
que gerou o querer,
o amar e o desejo de nunca a ver chorar.
Tudo que eu fizer,
que pensar ou disser, é nosso
Seu e meu também.
Eu não sei me expressar,
é verdade, as poucas coisas que falo,
são as que não posso oculta-las
dentre as tais,
dizer o quanto você importa pra mim,
o quanto quero ser pra você e
o quanto quero amar-te. E vou,
enquanto durarem os dias chamados, Nossos
Não sei o que aconteceu, mas só de uma coisa eu sei ...
O sentimento que eu sinto por ti cresceu !!
EU TE AMO :$
Veja as crianças com quem você cresceu,
Estão com seu bebês, então..
Se amor é doença, porque ainda
não existe uma cura?
As crianças hoje estão sem
brinquedos..
Só arma em mãos.
Pessoas dizem: Escute seu
coração.
Mas como escutar os corações se
eles estão chorando agora?
E os heróis?
E a paz?
Não temos nada mais..
Crescemos e a realidade é outra
Onde sua consciência não tem
nenhum peso..
Olhe, onde estão meus Ídolos?
Em um lugar longe demais da
terra, mas muito próximo de
nós..
E os sonhos?
Tentei realizar, mas foi
impossível, que até desisti.
E aquele vinho nas mãos, que
virou as águas dos olhos..
E a carne apodresceu em três
dias antes da ferida nascer..
E a alma foi lavada e levada..
E hoje o que resta?
Só ficarmos bem..
Do jeito que a vida nos propor..
A semente caiu em mim
A semente germinou e cresceu
A semente não morreu
Te agradeço, hó Deus
Porque ela não morreu
Não foi sufocada por espinhos
Esta em terra boa
Produzindo a cem por um
Lançando outras sementes
Que não caíram entre pedras, nem a beira do caminho
Caíra em terra boa e continuará o ciclo.
Meu pensamento é seu
assim que te vi meu amor
por ti cresceu
Meu coração é seu
E a pessoa certa pra
você sou eu
A menina que sonhava,
de boneca brincava.
E contando pedrinhas pelo chão, cresceu.
A mulher que foi menina,
sem ligar o presente ao passado,
da menina se esqueceu.
Escreveu a sua história
bem diferente do enredo
que sua infância viveu.
Quando a mulher encontrou o amor,
sentindo algo faltar,
à infância recorreu.
Mas nela nada achou.
A menina que sonhava,
dentro da mulher, morreu.
A “pirralha” cresceu néh?! Cresceu não só fisicamente, mas como pessoa também. A “pirralha” aprendeu a se valorizar depois de tantas decepções, e sofrimento. A “pirralha” que vc desprezou no passado, e que hj vc a quer tanto do seu lado, aprendeu com os tombos, e com os tolos também. Mas hj a “piralha” agradece, agradece a pessoas como vc que fizeram dela, o que ela é hj. Uma pessoa confiante de si mesma, uma pessoa que mesmo recebendo tantos “nãos” na vida, soube se aproveitar deles e evoluir pessoalmente. Aquela menina, que vc desprezou e chamou-a de “pirralha”, hj cresceu, com vc aprendeu, e de se humilhar pra vc no passado, se arrependeu.
Ei garotinha você cresceu agora você é uma mulher, não de mole pra qualquer um otário, porque eles podem magoar seu coração .
Em meu peito, seu nome escrito.
Memórias de um amor que cresceu e morreu sozinho. A felicidade já não parece tão próxima, e a morte não se parece com um pesadelo. Doente, quebrado, o quão desesperado estive para viver pensando em você?
Pai, você já foi uma criança como eu mas cresceu.
Pai, você pensou que ter filhos era fácil, então se deu conta que não viemos com manual de instruções e que cada filho é diferente do outro.
Pai você fez muitos planos e a maioria não realizou, mas se adaptou, lutou, e segui a diante.
Pai, defeitos tem muitos, mas.. É isso que o torna meu herói!
Pai você superou e supera tudo e se tornou o melhor.
Pai te amo!
No universo contemporâneo, o guarda chuva do diagnostico cresceu muito em toda sociedade, e com isto vários comportamentos diferentes nas crianças, jovens e adolescentes são erroneamente vistos e taxados como sinais de bipolaridade e autismo. Mas na verdade não são, são apenas defesas e desvios comuns da personalidade que ainda responde perguntas.
Vozes que me escreveram
(um testamento íntimo de quem cresceu lendo)
Cresci entre prateleiras como quem cresce entre árvores:
cada livro era uma raiz,
cada autor, uma seiva que me invadia devagar,
silenciosamente.
Enquanto outras crianças sabiam nomes de bonecas ou heróis,
eu sabia os nomes das sombras,
dos sonhos,
dos espelhos quebrados das palavras.
Os autores não foram só companhia —
foram minhas primeiras perguntas.
Foram costureiros da minha alma dispersa.
Monteiro Lobato me deu chão com cheiro de terra,
mas também me apontou estrelas escondidas nas caixinhas do impossível.
Foi com ele que aprendi a discutir com o mundo
sem deixar de brincar com ele.
Machado de Assis ensinou-me a ironia como espada —
e como espelho.
Com ele, percebi cedo que os silêncios entre as frases
gritam mais do que os gritos ditos.
E que o olhar pode ser faca,
mas também cura.
Clarice Lispector me desfez para depois me reinventar.
Eu lia sem entender, mas algo em mim tremia,
como se ela falasse com uma parte minha
ainda por nascer.
Foi ela quem me ensinou
que o mistério não se resolve —
se contempla.
Fernando Pessoa, com seus outros eus,
me permitiu viver entre máscaras sinceras.
Cada heterônimo era uma chave:
um modo diferente de olhar o mesmo céu.
Com ele, compreendi que o mundo cabe
em quem aceita não caber nele.
Cecília Meireles me ensinou a flutuar entre as dores,
a escrever sem peso e com ternura.
Ela cantava tristezas com mãos de seda,
e com ela entendi
que ser frágil não é ser fraco —
é ser afiado de dentro.
José Saramago me deu o labirinto da linguagem.
Com ele aprendi a perder o fôlego em frases longas,
a duvidar da pontuação do mundo.
Ele me ensinou que a fé pode ser cética,
e que a lucidez é, por vezes, heresia.
Franz Kafka me assombrou com seus corredores sem portas.
Era como se ele tivesse lido meus medos antes de mim.
Com ele, vi que a angústia tem nome,
mas às vezes não tem saída.
E ainda assim: escreve-se.
Virginia Woolf, vapor de pensamento,
ensinou-me a nadar na corrente do sentir contínuo.
Com ela, entendi que o tempo interno
desfaz relógios,
e que a mulher que escreve
precisa de um quarto —
e de um universo.
Emily Dickinson, tão calada e infinita,
sussurrou-me versos como orações.
Com ela, aprendi que há um universo
que vive apenas entre quatro paredes
e uma janela.
Hermann Hesse me falou em voz de monge e de menino.
Ele disse que a alma é rio,
que o espírito busca retorno,
e que às vezes a paz só vem
quando a solidão é aceita como irmã.
Dostoiévski rasgou em mim um buraco necessário.
Ele não me confortou: me despiu.
Com ele, aprendi que amar é sangrar,
e que o abismo não se vence —
se reconhece.
Italo Calvino, leve como o pensamento sonhador,
ensinou-me que a leveza pode ser mais difícil que o peso,
e que às vezes a melhor resposta
é uma história contada de lado,
como quem dança e não explica.
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Coda da Leitura
Hoje, sou uma colcha de vozes.
Nenhuma só. Nenhuma inteira.
Mas todas verdadeiras.
Carrego Austen nas entrelinhas da minha coragem,
Rilke nos espaços onde me pergunto em silêncio,
Kafka nos dias em que a existência parece absurda,
e Woolf nas marés do meu pensamento líquido.
E se amo tanto o que não sei,
se permaneço inteira mesmo despedaçada,
é porque cresci lendo —
e os livros, em silêncio,
me ensinaram a habitar o mundo
com perguntas,
com beleza,
com espanto.
