A Folha de Outono
Se o sopro da saudade varrer para longe as folhas de outono, lembra que a primavera há de chegar e assim colocar todas as folhas em seu lugar
De que serve o outono?
Lá se vão as folhas!
Aproveite também esse outono,
deixe voar tudo de ruim que houve,
deixe secar suas mágoas,
deixe o vento quebrar e soltar de você,
seus desafetos.
É tempo de guardar energia
para então deixar cair ao vento, suas folhas secas,
para que elas fertilizem o solo,
para que elas conservem a umidade,
pois será época de chuva fraca agora.
Pois lá vem o inverno...
com o seu ar frio e seco,
que destruiriam as folhas,
por mais lindas que fossem.
A falta de chuva, o chão seco,
deixariam as raízes fracas,
matando de dentro para fora,
por mais forte que fosse seu tronco.
É hora de cortar os excessos,
cortar aquele galho que pesa,
deixar só os galhos úteis expostos,
nenhuma folha.
Quanto menos atrito com o vento frio e forte, melhor!
É hora de deixar bonita e forte, a terra,
lá na raiz, onde ninguém vê...
para então, quando chegar a primavera,
logo nas primeiras chuvas,
tudo novo rebrotar mais lindo,
colorido intenso,
forte,
imponente,
radiante...
Quero outono
não outrora,
quero o novo,
quero agora.
No outono, as árvores deixam as suas folhas caírem não porque elas são fracas, mas porque elas sabem que desse sacrifício terão mais vigor e força pra enfrentar as outras estações!
Acumulo saudade
Num curto espaço de tempo.
Sou terra escondida embaixo
das folhas de outono - úmida.
Se compare a uma árvore no outono, que mesmo seca, sem folhas, sem frutos, ela permanece firme com a certeza de que a primavera há de chegar!
Lagrimas.
Enquanto as folhas das arvores caiem no outono e nascem
no iverno ... as nossas vidas mudam em uma estaçao e se fortalecem na outra!
Tardes de Outono
Nestes dias mais amenos
De outono, vejo vir
Leve o vento na janela
E as folhas a cair
Nesta época tão bela
Frescos sonhos de ilusão
Me deparo com você
Dentro do meu coração
Nestas tardes tão cinzentas
Fazes colorir meus sentimentos
Tua presença diante a mim
Deteriora todo o tormento
Quero sempre ter a ti
Nestas tardes de outono
Acalentando meu coração
Emoldurando meus sonhos
Peço-te
Não! Por clemência
Não abandone-me por favor
Continue no outono, acalentando o nosso amor.
Esperança.
Farei com que os sonhos antigos caiam como as folhas no outono, e assim vou guardar toda minha ceifa para a primavera,
E logo na entrada da estação estarei esperando como uma criança espera seu pai a porta, com Fé que tudo se renasça e se destaque como um jasmim.
Gritarei aos quatro ventos gritos de espanto , e farei com que levem minha voz aos ribeiros mais distantes e me tragam água cristalina.
Chamarei por chuva para que molhem as colunas do meu coração, e penetrem sobre suas paredes e façam-me sentir sua umidade e o cheiro de terra molhada, e que eu escute o som suave e angelical de suas portas se abrirem.
A noite contemplarei as estrelas e o luar e contarei minhas agonias e eles me entenderão,
E me dirão: seja paciente pois logo o sol cortará o horizonte e fará com que tudo se renove.
À tarde me sentarei à beira do mar para admirar o limite das ondas,
elas me encherão de compreensão,
direi aos esquecidos meu nome, e eles se alegrarão ao lembrar de mim,
Pois saberei eu, que posso sempre continuar persistindo.
É OUTONO
É outono, as árvores serão despidas,
folhas ressequidas cobrirão o chão,
na mutação natural da vida...
Ao relento a nudez da vegetação.
A paisagem nos parece agredida
pelo sopro dos ventos da estação.
O velho cede ao novo o seu lugar,
É outono, o tempo para renovar.
O MEU OUTONO
Chegou o Outono, há folhas a voar ao vento sem destino
são castanhas e amarelas douradas.
O sol escondeu-se, foi dormir
o tempo arrefeceu e a chuva vai cair.
Também em mim o Outono chegou de repente
Sonhos caíram no chão empurrados pelo tempo.
Momentos vividos contigo, com alegria, sorridente.
Molhei meu corpo de lágrimas e delas nasceram novas folhas
folhas verdes, flores lindas, todas elas bem coloridas.
Renasci para a vida! Teria amado tanto ser a tua preferida!
Ainda é abril. Nenhuma folha tombou neste outono. Ainda. Já passamos longe daquele ano dois mil. E há tanto cansaço nos espíritos sensatos.
Devíamos ter avançado?
Mais uma vez teve arma química. E na rua, briga. Gente unida pelo egoísmo. Egoísmo coletivo. Dos meus companheiros contra os teus.
Não devíamos ter avançado?
Ainda é abril. Há sangue ofertado, escorrido aos pés dos ídolos. É abril. Nenhuma folha tombou, ainda. Os ídolos, agora, são todos feitos do metal mais vil. Todos!
Mas não devíamos ter avançado?
Ainda é abril. E não tombou nenhum espírito cansado. A sensatez lhes pesa nos ombros. Todos! Pesa, justamente ela, a lucidez que nos traz esperança. Ainda.
"A vida é como uma folha no Outono, ao longo da estação a folha apodrece, sendo que algumas das folhas são invisíveis ,outras possuem uma beleza divina"
Abril... que tem o outono como estação,
que refresca e esquenta o coração
As folhas caem
as esperanças renovam-se,
o brilho das manhãs é radiante
tornando o nosso despertar feliz e contagiante...
Nas tardes de outono
os pássaros estão sempre felizes
a brincar
e entre si a conversar,
sobre a energia luminosa
que está todos os dias
a nos guiar...
A beleza da vida
está na natureza
e no meio dela
há, também, as crianças
que nos dias de hoje
têm muita esperteza
e uma vivacidade imensa,
além de muita habilidade.
Com elas aprendemos
a ser melhores...
e com elas percebemos
a grandiosidade da vida.
Vamos abrir, então, a partir de agora,
o coração...
para uma bela renovação.
Que Deus guie teus passos
e dê a você e sua família
discernimento e sabedoria...
e derrame sobre vocês
uma intensa e maravilhosa
luz divina.
O que ficou foram as folhas
De um outono, a saudade do café
As marcas na árvore
Momentos que jamais serão replicados
Tão pouco deixados pra trás
Grossa e dura a casca guardará pra mim
Á lembrança de uma vida
Cada Folha em todo lugar
Uma estação
Caiu na chuva uma folha, com uma folha de outono, sempre caminho pensando onde caiu, sobre a luz da lua viu a folha no céu com aquele brilho da lua, abriu um quadro e desenhou uma imagem linda, que só quem visse aquela noite poderia presenciar algo tão divino, a nomeou de " Outono da morte sem cor", ficou tão encantada que sumiram do mundo e ninguém mais se lembrou, da moça que perdeu a folha com uma folha de outono.
IDENTIDADE
Sensação de outono.
Em que folhas soltas
ao vento se perdem leves,
em total desapego.
É quando me percebo
mais amiúde, transmutada.
Sempre em profusa doação,
me acompanho: adubo da terra,
úmido limbo, absorvido
pelas pedras, sal e lama.
Entregue às estações,
desprendida, aceito o ciclo
da regeneração.
Tudo sentindo, fundo.
E ao sentir, espalho palavras,
assim como as folhas ao vento.
Renovo-me.
Assim sou parte.
Ao fim do outono as árvores estavam despidas.
O solo, encoberto pelas folhas denotava a estação.
O insípido destino me trouxera aquele largo sorriso,
dentes brancos que revelavam calmaria,
um olhar expressivo que suspendia a respiração.
Ele mergulhava nas incertezas do desconhecido,
e eu... eu o observava transfigurar meu coração.
“Sentada na praça vi o outono chegar, folhas secas voando ao léu. Assim como as folhas voando tranquilas para longe, vi meus sentimentos “secos” voando tranquilamente à espera da nova estação, ao encontro da primavera da Minh'alma."
Amara Antara
'' Vejo folhas caírem no outono como se fosse o fim, a desistência, assim como o desânimo, a solidão faz parte da nossa vida. Mas surge a primavera assim como um recomeço, uma esperança, uma nova vida pela frente''.