33 anos
GLADIADOR
Pelo poder se construía sua glória. Há centenas de anos antes de cristo, a soberania da monarquia decidia pelo arbítrio de homens, que já não possuíam mais suas vidas. Tirados dos braços em que havia esperança e cativos por correntes onde sua autonomia não decidia mais por sua dor.
Liderados pelo ápice de um governo em que sua única razão era mantida pelo propósito que sua glória triunfe, até que a perpetuação de seu nome proclame seus próximos opressores. Título que consistia na renúncia a compaixão, pelos favores prestados a uma supremacia cruel.
Obrigados a lutarem por suas vidas ou sobreviver do fôlego, enquanto a dor dilacera sua carne a plateia grita em seu desatino, seu sangue derrama e a morte se aproxima. O seu valor, sua honra confessam o tempo em que a determinação e força mantinham seus membros ainda em movimento. Com o cessar do seu vigor, seu anonimato, apenas é lembrado como símbolo de entretenimento.
Só depois de viver muitas coisas foi que resolvi me tatuar, aos trinta anos.
Três tatuagens: o amor a Deus e ao próximo, o amor eros, e o amor ao conhecimento. Me definem. Tatuagem é mesmo vício: estou sempre pensando na próxima. Fazer tatuagem dói... mas o desenho fica tão lindo, a gente fica admirando... e é para sempre.
Tu podes "namorar" um desenho por anos, e quando o tatuador passar para a tua pele, pode dar errado... Bem errado. Tu também podes te arrepender de uma tatuagem e querer cobrir. Tatuagens meu amor, em geral, são desenhos lindos, com significado, e para fazê-las, a dor é inevitável...
Lembre-se disto. São lindas, mas doem. Tu já sabe onde eu quero chegar... O amor é lindo, fica marcado pra sempre, mas vale a pena. Se o desenho não ficar legal, a gente desenha outra por cima, mas é só disfarce, porque a gente sempre vai acabar lembrando do desenho feito por baixo. Mas lembra cada vez menos...
As tatuagens sempre vão doer... Mas ainda assim, vai valer a pena. E se não der certo fazemos um desenho novo por cima. Há cor, há beleza, há doçura, mas sempre haverá dor. Não deixa de fazer uma tatuagem só porque dói. Apenas, esteja preparado.
E não se desespere jamais: algumas tatuagens até sangram, mas vão cicatrizar e a dor vai passar.
Acordar
Acordar depois de muitos anos
Sem pista no horizonte para pousar
Sem alicerce para formular planos
Sem trazer da noite um sonho para sonhar.
É espinho causando dor intensa
Correndo pela mente inteira
É lacuna que sublinha a ausência
É vida escapando da peneira.
É querer voltar a ser criança
Pedir doces e guloseimas na calçada
É não ter par na hora da dança
É desejar tudo e não ter nada.
Larissa estava sozinha na casa. Era um sábado, em meados dos anos noventa, e seus pais saíam às compras: ela tinha quinze anos de idade e fazia a sua prática de piano. Pedira emprestado o despertador de seus pais e colocava-o em cima do piano para que o tempo passasse. Tantas lições de vinte minutos para fazer, parecia ter de ficar lá para sempre. Enquanto ela estava tocando, muitas vezes olhou para o relógio, querendo forçar o tempo passar. Às vezes ela apenas olhava fixamente para o relógio, deixando seus dedos vagarem ao acaso ao redor das notas.
Pensava que nada neste mundo pode tomar o lugar da persistência. Nada é igual a uma pessoa perseverante. Talento? Não. Não haveria de ser: nada é mais comum do que os homens sem sucesso esbanjando talento. Gênio? Gênios não são recompensados e isso é quase um provérbio. A educação: o mundo está cheio de educados negligentes. Persistência, tenacidade e determinação, sozinhas, são onipotentes.
Ela estava trabalhando com os exercícios em um livro de Arnold Schoenberg sobre harmonia, mas Larissa gastou toda a esperança que sentiu quando começou as aulas de piano naquele livro. Ela sabia que não era particularmente boa, e que o piano não era a resposta que ela esperava para o que não estava resolvido em si mesma.
Havia alguma coisa em que sua mente estava conectada com os sons que seus dedos estavam fazendo. Além disso, a sua professora de piano, que era gentil e sensata, gostava de Larissa em primeiro lugar porque estava disposta a tocar peças modernas e atonais: a maioria de seus alunos preferiu ficar com Bach. Amargamente, ela se dirigiu a si mesma, as linhas do cenho franzidas entre seus olhos, para uma das peças de criança de Bartók, quebrando-a como devia, praticando a mão esquerda primeiro, repetidamente.
Houve um alívio em bater os acordes repetidos, que não eram satisfeitos nem repousavam. Sua mão direita estava enrolada em seu colo, palma para cima, uma coisa inútil. Sentimentos despertados pelo toque da mão de alguém sob o piano, o som da música, o cheiro de uma flor, um belo pôr do sol, uma obra de arte, amor, riso, esperança e fé: todos trabalham tanto no inconsciente quanto nos aspectos conscientes do eu. A música possui consequências fisiológicas também.
Com quadra violência súbita, Larissa sentiu frio. Ainda estava fresco dentro de casa e ela desejava um casaco curto de lã que emanasse estilo, beleza, cores, formas, texturas, atitudes, caráter e sentimentos.
Pensava que quando as grandes concepções melódicas e harmônicas estavam vivas, as pessoas pensantes não exaltavam a humildade e o amor fraterno, a justiça e a humanidade, porque era realista manter tais princípios e estranhos e perigosos desviar deles, ou porque essas máximas estavam mais em harmonia com a seus ritmos folclóricos e sincopados. Sustentavam-se a tais ideias musicais porque viam nelas elementos de verdade, porque os ligavam à ideia da realidade, fosse na forma da existência de algum deus ou de uma mente transcendental, ou mesmo da natureza como um princípio primevo.
Este quarto na frente da casa era sempre escuro, por causa das castanheiras para fora da janela. Eles o chamavam de sala de jantar, embora o usassem para jantar apenas em ocasiões especiais, ou quando sua mãe tinha alguma ideia um jantar sedioso; um certo programa gastronômico. Principalmente, eles assistiram televisão aqui. De fato, naquela noite estava planejado um jantar, e a sala parecia estar preparada antecipadamente: as notas que Larissa tocou caíram em um silêncio alerta. A televisão estava em um canto, em frente a um sofá baixo coberto de algodão verde oliva. A mãe de Larissa tinha feito as cobertas do sofá e também as cortinas do chão em veludo amarelo-mostarda. Todo o piso térreo - a sala de jantar, a cozinha e o salão - estava assentado com azulejos pretos e brancos, presos a chapas de madeira pregadas sobre o velho assoalho de mogno.
Os pais de Larissa ensinavam em uma escola secundária moderna. Muitas pessoas naquela época não gostavam de viver nessas casas geminadas em ruínas, de modo que um professor e sua esposa podiam pagar uma, se tivessem imaginação e pudessem fazê-lo sozinhas. Eles haviam contratado um construtor para derrubar uma parede entre a sala de jantar e o salão, mas o resultado exasperou a mãe de Larissa. Ela tinha uma visão da casa que ela queria, elegante e minimalista. Uma lâmpada em um globo de papel branco japonês foi suspenso em um flex longo do teto alto. Larissa tinha acendido esta luz quando desceu para fazer a sua prática, e à luz do dia brilhou fracamente e nada hospitaleira.
Acima da lareira da sala de jantar havia um espelho de moldura dourada que sua mãe encontrara em uma sucata e reparava. Ela também tinha feito lâmpadas com velhos garrafões de vidro e garrafas de cerâmica, com seus próprios tons de seda. Seus efeitos parecem esparsos, hemostáticos e raquíticos, amadores, em comparação com a maré volumosa de gastos e decoração que veio mais tarde. Mas essa inocência é atraente, e não incongruente com os quartos georgianos de teto alto, sempre pintados de branco.
Pitágoras afirmou que "quem fala semeia. Quem escuta, colhe". Seiscentos anos depois, Jesus, através de uma parábola, comparou a disseminação de sua mensagem a um semeador que saiu para semear. Muitos dos que o escutaram ficaram de início felizes com a mensagem, mas não tinham um bom terreno para permitir a germinação da semente. E neste caso não colheram nada. Em outros casos, a semente germinou, mas a terra era ruim e a planta secou. Apenas em alguns, a semente da mensagem germinou, criou raízes e permitiu que a planta crescesse e desse frutos. E em alguns casos, muitos frutos. De qualquer maneira, o falar tanto pode semear o bem como o mal e neste caso sempre haverá terreno propício para germinação da semente dando frutos do bem ou do mal, conforme o ouvido.
Tantos anos passaram!
Quantas coisas mudaram
Nas nossas vidas!
Pessoas chegaram e ficaram
Outras se foram partindo pra sempre
Levando consigo pedaço da gente
Deixando saudade que não quis partir
Fazendo morada em nossa mente
Os anos passaram!
Quantas coisas mudaram
Só não mudou o que sinto por ti
O destino irônico parece rir
Deste sentimento que insiste em prosseguir
E como criança!
Não falta esperança
Que em algum momento, coração e alma se encontrem.
E se encantem prontos para se unir
Dia do Índio
Quem dera o Brasil fosse somente terra dos Índios, como os de 500 anos atrás, seriam mais dignos que os nossos políticos, corruptos e inescrupulosos.
Já fomos tão explorados pelos colonizadores, que isso ficou natural, esta na nossa cultura aceitar passivo toda essa podridão.
Pela "democracia" o povo é massacrado, absorve e ainda é feliz.
Somos uma nação maravilhosa, acolhedora, alegre e trabalhadora, nosso país é belíssimo e poderoso. Mas precisamos reagir!! Exigir a moralidade política!
Creptocratas devolvam o país para o povo. Vocês são uma vergonha não nos representam.
Desculpa índios brasileiros pelo que se transformou nossa nação.
Quando Deus criou o universo, houve por bem colocar os planetas habitáveis a anos-luz de distância uns dos outros, a fim de que os vizinhos não se incomodassem.
Nós mesmos aqui na Terra nos incumbimos de nos aporrinhar mutuamente.
Uma dica: Cautela nesse mundo capitalista.
A média de vida do povo brasileiro é cerca de 75 anos.
O que você faz desta vida é o problema.
Vivemos em um mundo capitalista, onde as pessoas são moldadas a acreditar que a acumulação de bens materiais é sinônimo de felicidade.
Hipocrisia dizer que isso não é verdade!. Pois acumular bens materiais de fato traz felicidade, no entanto trata-se de uma felicidade passageira, pois ao adaptarmo-nos a esses bens, os mesmos acabam perdendo todo o encanto.
E o maior perigo em tornar-se um ser capitalista, isto é, tornar-se um ser que preza a acumulação de bens, é começar a gostar desse comportamento e promover um ciclo vicioso na sua vida, em outras palavras colocar uma meta, no que se refere ao ponto de vista material, a medida que for concluindo a anterior. A busca pela acumulação de bens demanda tempo, dinheiro e energia, e ao prezar bens de consumo grande parte dos seus apenas 75 anos morrerão juntos na busca desenfreada por tais coisas. Deixará de conhecer lugares maravilhosos, deixará de amar mais pessoas, deixará de ajudar ao próximo por estar muito ocupado, estará menos em casa com seus filhos porque precisa fazer hora extra, enfim a lista é imensa. Por isso cautela, pois no dia em que você se for, e você se vai e eu também, sua casa, seu carro, sua televisão com asa, seu jato, seus quinze apartamentos, nada disso irá com você. A única coisa que permanecerá contigo são suas experiências, o quanto viveu, o quanto amou, o quanto ajudou, o quanto se foi diferente enquanto esteve em vida.
Portanto preze experiencias e não coisas, acumule amigos e não dinheiro, deseje uma ótima viagem e não o carro do ano, experimente todas as experiencias que a vida pode lhe proporcionar e não as coisas que o mundo pode lhe dar.
Maurício Nascimento.
MINHA AMADA NETA
Para todos vocês uma história quero contar
A onze anos atrás
Com certeza irão lembrar
Nasceu uma princesinha
Para a nossa vida alegrar.
Os anos foram passando
E a princesinha cresceu
Forte e muito linda
Presente que Deus me deu
Hoje completa onze anos
Brilham os olhos seus.
Estamos todos aqui
Para juntos comemorar
Esta data tão feliz
Em branco não podia passar
Vou ter que dizer uma coisa
Talvez brava ela vá ficar.
Como eu disse, é muito linda
Mas também muito bravinha
Por pouca coisa se incomoda
E já fica num canto, emburradinha
Mas mesmo fazendo beiço
Tu és muito amadinha.
Minha querida Jhully
És uma neta muito amada
De ser tua avó, tenho orgulho
Espero que por ti, eu sempre seja lembrada
Pois nunca te esqueças
Que por todos, és muito estimada.
Para terminar estes versos
Uma coisa quero te falar
Não sei se eu já te disse
Agora tu vai escutar
Esta tua velha avó
Pra sempre irá te amar.
Ah, já ia me esquecendo
Agora aqui te chamo
Para contar-te um segredo
Não sei se eu já te disse esse ano
Mas antes que eu me esqueça
Vou dizer agora: te amo, te amo.
Mar. 2013
TRISTE NOTICIA
Hoje vi uma noticia
Que na TV dizia assim
Uma escola com 66 anos
talvez fechar,vai ser o fim
Que triste notícia
E isso doeu muito em mim
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Sim doeu,doeu muito
Pois essa escola que vai fechar
É onde trabalho, e amo
Amo as crianças, vejo seus olhos brilhar
Toda vez que vêem ao refeitório
Todos juntos, para merendar.
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É muito triste amigo
Ver uma escola fechar
Pois ali dentro tem histórias
Gostosas de contar
Se perguntarem para as crianças
Aqui elas querem ficar.
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Querida Presidente Vargas
Nunca mais te esquecerei
És uma escola maravilhosa
Desde o primeiro dia te amei
Como é gostoso trabalhar aqui
Se fechares, por certo chorarei.
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Uma escola tão linda!
Quanta gente aqui estudou
Com certeza ao ouvir a noticia
Muito triste ficou
Ao lembrar tantas coisas
Que aqui, nessa escola passou.
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Aos diretores, professores e funcionários
Que por aqui passaram também
Presto minha homenagem
E lhes dou os parabéns
Pedindo a Deus proteção
E que os anjos digam AMÉM.
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Todos podem ter a certeza
Que vamos ficar na lembrança
De todos que aqui estiveram
Principalmente das nossas crianças
De encontrar todos novamente
Ainda tenho esperança.
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Aqui eu me despeço
A todos agradecendo
Por todo carinho que recebi
E ainda estou recebendo
Amo a todos vocês
Gostaria que ficassem sabendo.
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DEZ 2009
Vós sois deuses, já foi dito a dois mil anos, enquanto não conhece a si próprio, é porque não conhece ELE, e se você não o conhece, ELE não pode fazer nada, livre arbítrio, conheceis a verdade e a verdade vos libertará.
Kairo Nunes 23/03/2017.
Não houve bolo nos meus vinte anos, nesse dia optei por estar na rua a assistir ao desenvolvimento da revolução dos cravos (o que fascina um jovem na mudança de comportamentos e liberdade). Foi a minha melhor prenda que recebi nesse dia.
Após 43 anos volvidos de altos e baixos, com mudanças de esquerda e direita, valeu a pena e é maravilhosa esta data, pelo que ergo o meu punho e grito “VIVA O 25 DE ABRIL”!
viví 20 anos seguido fazendo coisas certas, achavam-me o máximo, pessoa do bem...errei apenas um dia, crucificaram-me alegando que sou uma pessoa maldosa...!
No ponto dos meus trinta e poucos anos, percebi que não sou o tipo de pessoa que sobrevive de metáforas. Eu quero viver o real, o palpável. Na concretude dos momentos é que eu me defino ou me reinvento.
''Dançava com a vida como se tivesse num musical dos anos 30, não se incomodava com a forma que a olhavam, não se incomodava com nada. Ela menina, moça, mulher, com pessoas ela não se assustava, conquistou seu lugar no mundo, lugar esse que ninguém dela tirava. Menina forte, menina abusada. - De onde veio essa menina as pessoas perguntavam,ela pouco se importa e respondia sorrindo: dessa vida eu não levo nada.''
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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