Voraz
A tristeza às vezes se faz correnteza
Na curva do rio
Encontramos a vida voraz com a boca escancarada a espreita...
Preste a nos engolir
recolhemos então o que nos resta de coragem e travamos com ela a grande batalha
matar ou morrer de fome...
Menino malvado
E em um segundo
você vinha e me beijava
com aquele seu beijo faminto e voraz,
como se quisesse arrancar um pedaço.
Me prendia em seus braços,
sussurrava frases em meu ouvido,
me enlouquecia,
me fazia desnortear.
Percorria meu minúsculo corpo
com suas mãos grandes.
Sentia calafrios,
iniciava a suar
e todo meu ser tremia.
Cravava minhas unhas em você,
minha respiração ficava ofegante...
Até que,
deliciosamente,
atingia os mais deliciosos clímax.
E depois?
Calmamente você ia embora...
Ai, ai, ai,
menino malvado,
isso não se faz!
Verdadeiramente, confesso: tu és minha eterna aliada, és minha doce e delicada paixão voraz, minha fonte de águas vivas que de mim matam a sede de um amor verdadeiro e inabalável.
No fundo no fundo, sabíamos que iriamos nos machucar,mas este amor insano e voraz fez com que procurássemos um ao outro.
Sabemos que o hoje nos impede de seguirmos em frente, então nos convencemos a viver na incerteza de um futuro juntos.
O palpitar de dois corações enamorados é tão sublime e voraz. Causa explosões no âmago de nosso ser, dando vida à um novo universo pessoal. Cria galáxias de esperanças com inúmeros planetas de possibilidades. Nos tornamos estrelas cadentes, envoltas pelo fogo místico dos corpos ao se encontrarem. Viva o Big Bang do Amor.
Estresse
Chegou-me altivo e voraz o estresse.
Fazia tempos que me ignorava,
Parece que sentiu saudade do meu pranto,
De quando possuída por ele chorava.
Mas, desta vez, fiz-me forte, fui segura,
Calei meus gritos, meus alardes, palavrões,
Fui ao meu eu para aprender a controlar,
A dominar e a equilibrar minhas emoções.
Foi-me surpresa perceber o resultado,
Desnecessários desprazeres no passado,
Sou dona de mim, do meu ego e sentimentos
Só se eu deixar, o meu sossego é abalado.
Quero teu abraço forte. Quero teu afago ingênuo. Quero teu beijo doce. Tua mordida voraz. Quero você ensaiando nossas brigas. Ameaçando nossos sonhos. Quero sua incapacidade de cumprir ameaças. Quero tua voz rouca. Teu bom dia sereno. Quero uma madrugada sem término e um dia pequeno. Quero um filme bobo. Quero chocolate com risos. Quero comédia com lágrimas. Quero dia interminável e música irremediável. Quero poesia com mágica. Quero ousadia revelada. Quero a fórmula do amor. Quero beco sem saída e uma saída imediata. Quero manha. Quero manhãs geladas e noite quente. Quero gotas d'água no calor 40° graus. Quero esquecimento do passado e vida nova no futuro. Quero bater papo por horas sem parar. Quero teu segredo desvendado. Quero malícia na inocência. Quero teu nome atormentando meu juízo. Quero você em mim. Quero tua marca na minha pele...
Ela é como o vento,sabe ser leve porém as vezes voraz.
Não quer declarações vazias,prefere os olhares sinceros. Aprecia atitudes ao invés de palavras.
Ela é amor revestido por medo.
Quando compreendida demostra seu melhor lado.
Ela é humana,mais tem um coração de outro mundo.
Ela sofre em silêncio,pois de todos os seus desejos ela só queria se abrigar em um abraço sincero.
Se veraz, terno e eterno for;
Quero pra mim, o mais voraz e pleno amor.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
O homem comum é um consumidor voraz de outros humanos, sua vocação não é a de ofertar agindo como canibal, tentando usufruir de alguém de todas as formas possíveis... Por isso a expressão: Eu "comi" num sei quem, ou vou "comer" tal pessoa.
Como fuga da realidade voraz
Criei um mundo imaginário
No qual eu pudesse lutar
Contra os meus medos...Sorrir para o perigo
E dizer o que sinto
VORAZ.
O nordeste ainda chora
pela seca que consome
fere mais que a espora
da palma que ele come
entre a dor e a devora
a esperança é a escora
que alimenta a sua fome.
RELÓGIO
Relógio...
esse voraz devorador
de liberdade?
não o uso mais
faço o meu próprio tempo
e como as horas são
agradavelmente longas...
FIM DO ANO
E o número assim termina
outra vez, cada vez mais voraz
É o tempo em sua sina
Que seja, então, mais eficaz
O novo floresce, o velho declina
Vai-se mais um, vem-se outro atrás...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro 2017
Cerrado goiano
