Voltei
Voltei a padaria paixão, mas não enchi-me de sonhos como de costume, apenas pedi quinhentos gramas de amor e um quilo de paz.
"E, acredite em mim,
Voltei mais por mim que por qualquer outro.
Pela estrada fui por tanto tempo procurando,
Que me esqueci que na verdade
Sempre estive aqui."
Na margem do rio da minha vida eu sentei e chorei. Mas sequei as minhas lágrimas, levantei e voltei a remar pelas suas águas.
E Eis que de repente sai mais um MOTE meu e do poeta amigo : Jvs Marcenaria
FUI ...
E voltei com alvorada nos olhos
Um girassol na mão
e uma paz imensa no coração.
Por vezes
me calo
me saio
me caibo
me desenho
me pre- vejo ...
Mas sempre volto !
Volto
Como vento
Como azul
Com os pés e a sensação
de alívio
e leveza debruçada
em minha mão.
Voou ...
Passeio em quintais
desbotados de tristeza
becos escuros e frios
Rios de lágrimas e correntezas
Desvarios sem a beleza
da flor em singeleza .
Navego em mares profundos
e corredores sombrios de mim .
Mas vou !
Voou ...
E volto com alma alada
e arco íris elucidando
meus Afins .
Vou ..
Mas sempre volto
Ahh...Eu sempre volto
para ir de encontro a um novo
oceano ou quiçá
um novo céu a florir
paz in meu existir .
- Paula Monteiro
SEM RUMO ... SEM VOLTA ...
Muitas vezes nem chego a sair,
Sem perspectiva tranco em mim.
Voar nem pensar,
Estou sem forças pra decolar...
Por isto fico no chão,
Com as asas caídas
E o coração na mão...
Como voltar se nem parti ?
Como sentir o vento
Se ainda me vejo por aqui ? ...
Meu voo é mais rasante
Sou pequeno apenas
Meus pensamentos são gigantes...
Entreguei minha liberdade
Nas mãos do Criador
Busco me libertar das
Amarras deste Sonhador !
Do Poeta Amigo : Jvs Marcenaria
Assim são os Poetas
Nessas Idas e Vindas
Bom Dia!
˜"°••°*"˜ Estava ausente, voltei....😌
Com as mensagens, continuarei...
Da FÉ que de graça recebi, repartirei....🍃
Letras Em Versos de Edna
FREDERICO FÍGNER, que no LIVRO VOLTEI adotou o pseudônimo de "irmão Jacob", psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, foi diretor da Federação Espírita Brasileira e espírita atuante, prometeu escrever do além tão logo lá chegasse. Quando encarnado, acreditava que a morte era uma mera libertação do espírito e que seguiria para as esferas de julgamento de onde voltaria a reencarnar, caso não se transferisse aos Mundos Felizes. Mas, o que aconteceu após a sua desencarnação não foi bem assim.
Irmão Andrade, seu guia espiritual, ajudou na sua desencarnação. A visão alterava-se. Sentia-se dentro de um nevoeiro enquanto recebia passes. A consciência examinava acertos e desacertos da vida, buscando justificativas para atenuar as faltas cometidas. De repente viu-se à frente de tudo que idealizou e realizou na vida. As idéias mais insignificantes e os mínimos atos desfilavam em uma velocidade vertiginosa. Tentou orar mais não teve coordenação mental.
Chorou quando viu o vulto da filha Marta aconselhando-o a descansar. Durante o transe, amparado por sua filha Marta, tentou falar e se mexer, mas os músculos não obedeceram. Viu-se em duplicata, com fio prateado ligando-o ao corpo físico. Precisaria de mais tempo para o desligamento total. Sua capacidade visual melhorou e divisou duas figuras ao lado da filha Marta: Bezerra de Menezes e o irmão Andrade. Continuava imantado aos seus objetos pessoais. Precisava sair daquele ambiente para se equilibrar. Foi levado para perto do mar para renovar as forças. As dores desapareceram. Descansou.
No velório Jacob analisou as dificuldades e as lutas de um "morto" que não se preparou. Decepcionou-se com comentários de amigos encarnados sobre as despesas do enterro. Não conseguiu suportar estes dardos mentais. Viu círculos de luz e num dos carros, e percebeu orações a seu favor e alegrou-se. Assistiu de longe, pois Bezerra informou que enterros muito concorridos impõem grande perturbações à alma. Descobriu que quem não renunciou aos hábitos e sentidos do corpo demora para se desprender.
Rachel Vive!
Numa época em que o materialismo vinha ganhando força incomparável e a própria idéia de imortalidade cristã caíra nas teias do mito, a sobrevivência o Espírito ganhou um precioso aliado: as materializações de seres inteligentes e que se identificavam como habitantes de além-túmulo. Através do trabalho heróico dos médiuns de efeitos físicos, essas sessões iam muito além dos limites do fenômeno para despertar mentes inquietas com o destino e consolar corações angustiados com a perda de entes queridos. No Brasil essas experiências tiveram o auxílio pioneiro da família Prado, de Belém do Pará, seguidos por Mirabelli, Antonio Alves Feitosa, Peixotinho e próprio Chico Xavier. Os efeitos psicológicos e sociais dessas materializações são inimagináveis e talvez só podem ser mensurados em seu significado espiritual através do olhar daqueles que estão nas outras dimensões da vida e sabem do valor de tais transformações. Que o diga Fred Fígner, o nosso querido apóstolo israelita e carioca de coração.
“Em uma das vezes em que veio a público, pela imprensa, o Sr. Fred Fígner, chefe da Casa Édison, do Rio de Janeiro, afirmou ter visto sua filha falecida há muitos meses, completamente materializada, por virtude da mediunidade da Sra. Eurípedes Prado, nesta Capital. Depois desta declaração, e, aliás, antes dela, começaram a circular na cidade diversas narrativas dos sensacionais acontecimentos. Resolvemo-nos, pois, obter do Sr. Fred Fígner, hospedado no Grande Hotel, uma entrevista, na qual pudéssemos informar aos nossos leitores, com absoluta segurança, o que de verdade havia naquelas narrativas. Dirigimo-nos, assim, àquele hotel, onde fomos recebidos cavalheirosamente pelo Sr. Fígner. Formulado nosso desejo, falou:
- “Deseja o senhor que lhe relate os fenômenos por mim presenciados e produzidos com a privilegiada mediunidade da Sra. Eurípedes Prado? Pois não, Sr. Redator, com muito prazer. Vou dar-lhe alguns pormenores que presenciamos, eu e minha família, em três sessões riquíssimas de fenômenos. Começarei por lhe dizer que aqui vim, não por curiosidade minha, visto que sabia ser a materialização um fato comprovado por Crookes, em primeiro lugar, em Londres, desde o ano de 1871, quando começou, então, a hoje célebre materialização de Katie King, servindo de médium a Sra. Florence Cook, e, seguidamente, experiências idênticas relatadas por tantas outras sumidades científicas. Vim com o fito único de minorar a tristeza e a dor que acabrunhavam minha esposa, por haver desencarnado uma filha nossa muito amada. Aqui chegando, tive a desilusão de não encontrar a família Prado. Recebido pelos meus confrades, prontificaram-se eles a telegrafar ao Sr. Prado, participando-lhe minha chegada com a família, e pediram, se fôsse possível, viesse até aqui. A despeito de adoentada sua esposa, resolveu ele aceder ao apelo, aqui chegando no "Pais de Carvalho", no dia 28 de Abril uma penosa viagem de 7 dias.
No dia 1º de Maio, fêz-se uma sessão preliminar, a que estiveram presentes, além da família Prado, a família Manoel Tavares, a família Bosio e o Dr. Mata Bacelar. Materializaram-se João e um Espírito a Evangelista. Havia bastante luz e distinguiam-se os Espíritos perfeitamente, como se fossem homens com vestes brancas que andassem de um lado para o outro. Demorou-se João bastante tempo conosco, de forma que bem o pudemos ver e sentir. Minha esposa, dirigindo-se a João, contou-lhe seu sofrimento, o que atento ele ouvia. Recebeu de minha senhora umas flores que ela levara, as quais João passou para a mão esquerda. Em seguida João estendeu a mão direita à minha senhora, fazendo ela o mesmo; João passou sua mão sobre a dela, fazendo-lhe sentir que estava perfeitamente materializado. Por fim, João, sacudindo um lenço em sinal de despedida, entrou na câmara, começou a desmaterializar-se às nossas vistas, como o fizera quando se materializou. Daí a pouco, ouvimos umas pequenas pancadas que ele dava no rosto da médium para a despertar.
Esta primeira sessão me deixou completamente frio, visto que eu vira tão somente aquilo que esperava. Tudo aquilo era coisa muito natural para mim, quanto à sua realidade. Minha esposa, porém, apesar de também conhecer, de leitura, os fenômenos, ficou muito satisfeita, começando a nutrir esperanças de ver nossa filha, moça de 21 anos, desencarnada em 30 de Março de 1920.
A segunda sessão, realizada a 2 de Maio, foi, realmente, muito mais importante. Havia nessa ocasião pessoas que não conheciam os fenômenos, bem como a Doutrina Espírita, entre elas o Dr. Remígio Fernandez, o Sr. Barbosa e a Sra. Pernambuco. Materializaram-se muitos Espíritos de diversas estaturas, entre eles a nossa cara filha Rachel. Mas, devido talvez ao excessivo número de materializações, que absorveram muitos fluidos, e entre os Espíritos materializados um de nome Diana que, creio, se apresentou com um brilhante de diadema na cabeça, a materialização da nossa Rachel não era tão perfeita quanto esperávamos; no entanto,era bastante para ser reconhecida por todos nós. Nessa sessão, ela perguntou, à sua mãe, "porque aquele vestuário preto, visto que ela se sentia muito feliz".
No dia 4 de Maio fizemos outra sessão, e nesta a materialização de nossa filha foi a mais perfeita possível. Rachel apresentou-se com tanta perfeição, com tanta graça e tão ela mesma, com os mesmos gestos e modos, que não pudemos conter nossa emoção e todos, chorando, de joelhos, rendemos graças a Deus, por tamanha esmola. Era Rachel viva, pronta para ir a uma festa. A sua cabeça erguida, os seus braços redondos, o seu sorriso habitual, as suas bonitas mãos e até a posição destas, toda sua exatamente como era na Terra. Falou à mãe, pedindo-lhe exatamente que na próxima sessão viesse toda de branco como desejava e aí estava materializada. Rachel tocou todos nós com a sua mão; sentimos todos o seu calor natural e, à observação de minha esposa: “Rachelzinha, tu tinhas os cabelos tão bonitos, mostra-nos os teus cabelos”, ela entrou no gabinete e, voltando instantes depois, virou-se duas vezes, mostrando-nos seus cabelos compridos e ondulados. Aceitando as flores que lhe oferecemos, fêz sua mãe sentar-se em uma cadeira junto ao gabinete e de costas para este. Abraçou-a e beijou-a muito carinhosamente, depois lhe colocou uma rosa na blusa branca, que minha esposa vestira para ser agradável à filha, que na véspera não gostara de vê-la de preto. Na ocasião em que lhe colocou a rosa, falou-lhe de seus próprios lábios, dizendo-lhe: “Não quero que ande de preto, ouviu? Quero que venha toda de branco, assim como eu estou.” Toda essa frase minha filha a pronunciou tão clara e distintamente que todos, além de minha esposa, a ouvimos. Depois, sentando-me eu na mesma cadeira por ordem sua, acariciou-me como fizera à sua mãe, colocou uma angélica na lapela de meu paletó, apoiando-se com todo o peso de seu corpo sobre os meus ombros. Por fim, sacudindo um lenço em sinal de despedida, entrou no gabinete e desapareceu. Puxei o relógio, Rachel tinha estado aí 40 minutos. Depois saiu o João e cantou, muito satisfeito com a materialização de sua discípula.
A 6 de Maio fizemos a última sessão
O resultado foi o mesmo da anterior, com acréscimo de Rachel fazer diante de nós uma luva em parafina, de sua mão esquerda, consultando muitas vezes João, que se achava no gabinete, porém à nossa vista, durante todo o tempo em que ela trabalhava com a parafina. Logo ao se materializar, Rachel, saltando e batendo palmas, demonstrou sua satisfação por ver sua mãe toda de branco; e, ao despedir-se, pediu-lhe que levasse sua irmã Leontina às festas e ao Teatro, como fazia com ela. Rachel esteve conosco, nessa ocasião, durante duas horas.
Por fim, pedi a Rachel que me permitisse beijar-lhe a mão. O mesmo pedido foi feito por minha esposa e mais duas filhas aí presentes, além de umas 10 pessoas. Ela deu a mão a beijar à sua mãe e à menor das suas irmãs; e, aproximado-se de mim, num gesto rápido, todo seu, pegou minha mão com bastante força e beijou-a. E, sacudindo um lenço em sinal de despedida, entrou no gabinete. Não sentimos sua partida, pois estamos certos de que não será esta a última vez que a veremos. Rachel vive! Disto estava certo antes de aqui vir e continuo com a mesma certeza.
Tenho entretanto de confessar que estas duas horas e 40 minutos foram para todos nós o tempo mais feliz de nossa existência.
E permita-me que, por seu intermédio, uma vez mais agradeça ao Sr. e Sra. Prado o sacrifício que fizeram de vir aqui, e ao maestro Bosio e senhora as gentilezas de que nos cumularam, assim como a todos os confrades e amigos o acolhimento que nos fizeram. Agradeço também à “Folha do Norte” pela cessão de suas colunas.
Que Deus lhe pague!
Nogueira de Faria, O Trabalho dos Mortos (Livro de João) - FEB Editora
FRED FÍGNER.
"Fui a um baile da terceira idade,
e vi cadáveres dançando.
Voltei correndo prá minha casa,
e vi minha vozinha fazendo tricô.
-Acordei!"
Haredita Angel
01.06.18
Hoje eu voltei a ser eu; aquela eu de sempre...Desde o início mesmo. Não precisei botar a carcaça da guerra. Hoje sou eu: Mirinha de vozinha...
Mas aquela noite foi a primeira vez que, desde a época de minha decadência, voltei a olhar a própria vida com olhos inflexíveis e resplandecentes, em que voltava a reconhecer na casualidade um destino e nas ruínas de minha vida fragmentos celestiais. Minha alma voltava a respirar, meus olhos voltavam a ver, e às vezes suspeitava ardentemente que só necessitava recolher o mundo disperso das imagens, que só necessitava congregar a minha vida como Harry Haller e o Lobo da Estepe na unidade de uma só imagem, a fim de poder penetrar no mundo da imaginação e ser imortal. Não era aquela a meta a que aspirava toda vida humana?
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