Voltei
Scusami...
Sono andata via,
mas só por um dia.
Voltei, chorei, supliquei
todos os nós desmanchei...
Gritei:
tu és o melhor de todos que já amei.
Implorei...
uma luta com o mundo travei
minha vida te entreguei...
Scusami...
de todo mal minhas mãos lavo,
sem ti minha vida vale só um centavo.
A outra
Voltei a ser a outra...
cansei desta que todo mundo vê...
assustada, desesperançada
da vida esperando nada.
Voltei... do meu avesso fiquei.
Nas mãos um monte de sonhos
estranhos...
esperando o dia chegar...
a noite sem fim acabar.
Voltei a ser a outra...
esperança não tenho pouca...
dessa vida... que coisa louca...
espero com uma esperança louca
que me dê não coisa pouca.
Sonhos demais?
Nunca olhe pra trás...
a vida é a vida que você faz.
Cansei de ser a outra
com as mãos vazias
esperando o dia
e ver o que ele preparou pra mim...
Esta outra encontrou seu fim.
Eu cometi a loucura de ser normal por alguns instantes, não gostei,voltei a ser quem sou,por isso danço sozinho,a música que eu ouço, e ninguém escuta.
voltei...
Aliás voltamos estamos todos nós presentes...
Eu a saudade as lembranças e aquele domingo de tarde...
Aquele por do sol maldito por do sol....
"Eu voltei no tempo e vi você
Tão diferente do que eu costumava imaginar
Quem é este cara ao seu lado?
Ele te conquistou
Mas como pode a vida ser assim?
Eu era um sonho ou sei lá
Te vendo deste lado
Você só tinha 17
As lutas e desejos eram mais do que você podia imaginar
E este rapaz ai do lado fez você se apaixonar
Eu posso ver nos seus olhos
Que vocês serão assim
Uma mistura de tudo que há em mim
Reconheci na mesma hora
Pai e mãe, sou eu aqui
Estou revendo suas lutas
E revisando o meu passado
Pai e mãe sou eu aqui
74 era o ano
E quase que não resisti
Leva a criança, ela é sua
Pra poder se despedir
Oh mãe senti seu pranto
E foi Deus que me deixou
Ficar e ter você pra mim
E cada ano que passava
A luta pintava um quadro
Cores vivas do suor
Uma maquina , mil panos e um menino
É eu sei. Sou eu ali
Meu irmão nasceu depois
Eu sorri, já somos dois
Duas bocas pra comer e quatro corações pra ter
Ter coragem pra ser mais
E o mais chegou no 3
3 crianças reunidas
Compensando seus desejos
De poder nos dar amor
Mãe você é mais
que tudo aquilo que sonhamos
É um presente feminino
E o amor que encontramos
Mãe você é mais
que tudo aquilo que sonhamos
É um presente feminino
E o amor que encontramos"
Regresso agonizante.
Voltei para minha cidade Natal, cheia de esperanças e expectativas. Eu estava convencida de que meu genitor pai era o problema que assolava o lar de minha mãe, e acreditava que ao retornar, conseguiria transformar a dinâmica familiar e oferecer um lar acolhedor para minha filha amada.
No entanto, logo percebi que estava errada. Meu pai não era o único responsável pelos conflitos e traumas que assombravam nossa família. A toxicidade estava enraizada em cada membro, em cada gesto, em cada palavra proferida.
Decidi fazer uma grande mudança e instalei-me em minha cidade Natal com o objetivo de proporcionar para minha filha um ambiente familiar caloroso, com cheiro de bolos assando ao forno e brincadeiras de vó ao chão. Eu ansiava por reunir meus irmãos à mesa, para juntos resgatarmos os anos perdidos e reconstruirmos os laços de família que pareciam despedaçados.
No entanto, a realidade se mostrou muito mais sombria do que eu poderia imaginar. Minha mãe, incapaz de se libertar dos padrões tóxicos que a aprisionavam, continuava a perpetuar as mesmas atitudes prejudiciais. Meus irmãos, divididos entre suas próprias feridas e ressentimentos, não conseguiam se unir de forma saudável.
A tristeza me envolveu, me consumiu. Tentava agir com o coração, mas a sensatez e a razão clamavam por atenção, por cuidado. Minha filha, inocente e vulnerável, era testemunha de um cenário marcado por conflitos, tramas, mentiras e ofensas, fui obrigada a tomar uma atitude fria, porém a mais correta, minha filha de apenas dez anos de idade não pode mais ter contato com minha família, triste e cruel está sendo para mim, mas eu não posso permitir que a toxicidade do lar de minha genitora mãe, venha assolar a minha pequena e doce filha.
Eu ansiava por momentos de paz e harmonia, por uma convivência familiar saudável. Desejava que minha filha pudesse desfrutar da presença de sua avó, de seus tios, sem ser afetada pela negatividade que parecia permear cada interação.
Tentei, por diversas vezes, dialogar, buscar soluções, promover mudanças. Mas a resistência era grande, a inércia era mais forte. Sentia-me sufocada, dilacerada, dividida entre meu desejo de união e minha necessidade de preservar minha sanidade e a de minha filha.
Imersa em um mar de conflitos e desencontros, fui obrigada a encarar a triste realidade de minha família. A distância entre nós parecia cada vez maior, a comunicação cada vez mais falha. Eu me via presa em um ciclo de toxicidade, ansiosa por escapar, mas sem saber por onde começar.
A presença de minha filha, por outro lado, era um raio de luz em meio à escuridão que me envolvia. Seus sorrisos, suas brincadeiras, sua inocência eram meu refúgio, minha âncora em meio à tempestade.
Eu só queria o mínimo: a união de minha família, a possibilidade de compartilhar momentos felizes, sem mágoas, sem ressentimentos. Desejava que a casa de minha mãe fosse o lar acolhedor que eu imaginara, onde pudéssemos compartilhar risos, abraços e memórias felizes.
Mas a realidade era outra, mais dura, mais complexa. Enquanto tentava encontrar um equilíbrio entre minhas emoções e minha razão, entre meu desejo de harmonia e a realidade sombria que me rodeava, percebia que a jornada rumo à reconciliação e à cura seria longa e árdua.
E assim, entre a esperança e a desilusão, entre a tristeza e a resignação, eu seguia em frente, tentando encontrar um caminho para a paz e a harmonia que pareciam distantes, mas não impossíveis.
FICAR MADURO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Caminhei por estradas que não eram minhas
e voltei muitas vezes pra recomeçar,
tive tempo a ganhar porque me dei um tempo
cada vez que perdi a noção do meu rumo...
Foram tantos os passos que passei pra trás
onde vi que o abismo estava logo à frente,
minha mente calou meu coração afoito
que saía do peito pra pulsar na boca...
Repensei as certezas que tive do incerto,
cheguei perto e senti que a distância pertence
às quimeras criadas por nosso capricho...
Só se fica maduro pra saber que o fim
é um sim que dizemos ao não das conquistas,
quando a vida revela que só se revive...
REVIVENTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Aprendi a crescer quando renasci. Quando voltei do meu fundo e vi que não tinha mais amarras, graças ao projeto pessoal de me tornar exatamente mais pessoal. Ou mais quem sou. Obriguei-me a saber viver, para não ser morto... nem elétrico... falante... notório, até vivo, e mesmo assim morto.
Afiei minhas garras, e como não conseguia sair do coma profundo, fiz o coma profundo sair de mim. Mostrei a cara pro espelho, desafiei meus olhos e disse ao silêncio: estou aqui... não puxei a cigarra... não pare o mundo, porque meu ponto é além... não sei onde, mas é além... ainda não quero descer.
Como fico? Agora que voltei a se apegar. Acostumei te ter até durante o trabalho. Como fico? Se tudo que reflete a luz vejo você. Se depois que o coração voltou a falar ele só fala teu nome. Como fico? Se nem pra sonhar eu prestava, agora toda noite vejo seu rosto. Só vem tu na cabeça se experimento algo novo. Garota, te suplico, te imploro, não me dê afeto, não me cative, não me alimente, sou um desastre, uma catástrofe da natureza humana, não quero te magoar, nunca, nunca chegue perto demais, tu é muito, mas muito mais linda livre e longe de mim, quero te proteger como nunca imaginei cuidar de alguém, amor não se encaixa no que sinto por você, é pequeno essa palavra. Sentindo tudo isso a única coisa boa que posso fazer por você é manter distância, não só a física, mas afetiva também, repito, é infinito o que sinto por ti, e sendo assim, meu jeito de provar isso é ficar longe, não sei se consigo, mas acho que dá pra ser feliz vendo você ser feliz, mesmo longe, mesmo com outra pessoa ocupando teu coração, ocupando teus sonhos.
As falas e encantos de Marina:
– Oi, amor, voltei.
– Bom dia, princesa
– Vê se não demora.
– Queria estar contigo.
– Sinto algo diferente.
– Parece que a gente se conhece há tempos.
– Teu abraço é abrigo, é tudo que eu preciso.
É fogo queima, arde, pulsa...
Que a distância não seja água para apagar essa chama.
E que não seja clichê, nem mais uma poesia guardada em minha coleção.
Quero você como minha inspiração.
Marina.
desagradável a sua presença, tô nem aír pra você. o feitiço acabou. Voltei a ser a pessoa de antigamente, a pessoa que nunca sorria.
Com as minhas mãos
voltei a me envolver
com o véu da noite,
não paro de pensar
em você indelével
na minha memória:
um novo capítulo
nos reserva a história.
Um subtil engendro
mágico anterior
ao próximo eclipse,
para vê-lo em disparo
viajando na suíte
e com a intimidade
requerida pelo intenso
prazer da liberdade
grandiosa e prometida.
Com os meus enleios
todos românticos,
incensos e cânticos,
esbocei caminhos
para não dar pista
do meu brio pronto
inerente ao tempo,
e permitir o inopinado.
Um segredo de estado
criptografado como
tatuagem ao arrepio
do imaginário comum,
assim levo discretado
para não dar pista
e não prestar contas
da fantasia adentro
embarcada no possível
expresso da meia-noite.
Lábios cor-de -macieira, Sorriso cintilante, Fazem de mim vacilante, voltei a pensar em ter um romance...
"Fui a um baile da terceira idade,
e vi cadáveres dançando.
Voltei correndo prá minha casa,
e vi minha vozinha fazendo tricô.
-Acordei!"
Haredita Angel
01.06.18
Quando voltei para esse lugar, depois de tantos anos, pude sentir a sua presença. Era como se você estivesse ao meu lado, dizendo para que eu nunca me esqueça de todas as memórias lindas. E que memórias. Nesse parque, vivenciamos tantos momentos incríveis. E eu te peço desculpas por demorar tanto tempo para voltar. Eu sei que você entende meus motivos, pois apesar de todo esse tempo, eu nunca consegui lidar direito com a sua partida. Essas memórias, mesmo que sejam muito bonitas, ainda são um pouco dolorosas, pois sei que jamais poderemos estar juntos aqui novamente. Mesmo assim, eu precisava voltar. Não foi fácil. São lembranças conflitantes, pois apesar de esse lugar ter marcado nossa juventude, ele também está associado a dor que eu senti quando você se foi. Mas eu sinto orgulho de mim mesma por ter tido coragem de voltar aqui. E agora eu sei o quanto eu precisava disso. A dificuldade para encarar a verdade fez com que eu sofresse ainda mais. Só que agora, ao pisar aqui, novamente, pude fazer as pazes com o passado. A saudade nunca vai acabar. E quando for muito difícil lidar com ela novamente, eu voltarei aqui. Para reviver a nossa história. Mesmo sozinha, sinto como se você estivesse comigo, feliz por eu ter visitado esse parque mais uma vez. Esse lugar sempre irá me trazer várias memórias de você, do que vivemos juntos, de outras pessoas que também estiveram com a gente e da nossa juventude. E eu sempre vou me lembrar de você. Prometo honrar a sua memória.
Esse lugar me lembra tanto você,
nossa história, juventude e sonhos
e quando voltei para cá, depois de tanto tempo
pude sentir a sua presença
eu me senti jovem novamente
tantas memórias lindas apareceram na minha mente
fiquei pensando em tudo que vivemos aqui
o passado ficou para trás
mas as memórias permanecem.
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