Voltando ao Normal
Arrogância
De novo estou voltando,
Voltando pra mim mesmo...
Onde eu era tão pequeno
No mundo grande que havia.
Vivia a vida como vinha
Um pouquinho a cada dia,
Querendo estar lá fora
Onde tudo acontecia...
Um dia eu fui pra fora,
Pensando eu saber
Que tudo conhecia...
Só a arrogância a mim precedia.
Vejo agora tão distante
Que meu mundo era grande
E na infância todo ele eu conhecia...
Agora homem velho
Nesse mundo tão pequeno
Nada mais eu já conheço.
Edney Valentim Araújo
Estou voltando para casa
ficar ao seu lado
e compartilhar bons momentos
há tantos lugares incríveis no mundo
é tão bom andar por aí, sem rumo
apenas para explorar o que há de bom nesse mundo
mas no fundo,
o melhor lugar de todos é aquele em que estou com você
Estou seguindo em frente.
Indo
Nem sempre voltando.
Mas acima de tudo, confiando em Deus 🤚
Nas reviravoltas da vida.
Tem ex que é igual boomerang: Gira, gira, e acaba voltando.
Quando é assim, eu o jogo em um canil para que uma cachorra o abocanhe! Só gasto o meu suor com o que vale a pena, o resto jogo ao vento para nunca mais voltar...
Estou voltando a sorrir...
Minha mãe dizia, que temos que chorar os mortos , mas temos que sorrir pra vida é ela que alimenta o espírito, para quando chegar o dia da partida e deixar saudade ...Natalirdes Botelho
Há tanta gente
Há tanta gente indo e voltando
Há tanta gente parada no mesmo lugar
Há tanta gente quase se formando
Há tanta gente sem escola para estudar
Há tanta gente contando o dinheiro
Há tanta gente contando os dias de vida
Há tanta gente procurando emprego
Há tanta gente com cargo de chefia
Há tanta gente agradecendo a Deus
Há tanta gente pedindo perdão a Ele
Há tanta gente com os princípios seus
Há tanta gente querendo copiar aquele
Há tanta gente que reflete todo dia
Há tanta gente que não está nem aí
Há tanta gente que conhece a alegria
Há tanta gente que dificilmente sorri
Há tanta gente que lê Paulo Coelho
Há tanta gente que não aprendeu a ler
Há tanta gente que quer dar conselho
Há tanta gente que não quer nem saber
Há tanta gente que quer ser
Há tanta gente que quer ter
Há tanta gente que muito sabe
Há tanta gente que pouco sabe
Há tanta gente...
VOLTANDO A CHORAR
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Passei muitos anos sem chorar. Sem verter uma lágrima; fosse de alegria, tristeza, dor. Era um ser humano impassível por fora. Cheio de sentimentos; ressentimentos; emoções contraditórias; porém, sem pranto.
Quando minha mãe morreu, a maior dor que já senti foi também minha cura. Rachaduras imensas se abriram dentro de mim, para que o Velho Chico acumulado em minh´alma entornasse todo. Fiquei surpreso comigo, ao recuperar a capacidade perdida. Sabia que não me tornara desumano, mas criara uma casca bruta, grossa e destruidora para o meu ser, que definhava dentro do corpo.
Naquele momento, eu chorava copiosamente pela mãe que tanto fiz chorar quando saí de casa. Quando fui conhecer o mundo e a fiz andar por longo tempo em meu encalço, numa luta insana para me acompanhar sem ser percebida. Para saber com quem eu andava. Quem me acolhia e dava guarida. Sobretudo, para não me perder de vista e ao mesmo tempo não negligenciar meus oito irmãos.
Chorar a morte de minha mãe foi reencontrar minha humanidade. Fazer voltar ao âmago meu eu perdido. Esquecido entre os escombros da primeira infância triste, reprimida e de violência paterna, que depois virou abandono paterno e obrigou a todos nós – meus irmãos, nossa mãe e eu – lutar com unhas e dentes contra um mundo que não nos deu moleza. Uma vida que nos testou muito além dos limites.
Mas vencemos. Foram muitos anos, e muita gente pensou que não sobreviveríamos, mas vencemos.
E a minha mãe – nossa mãe Maria de nove santos demônios revoltados por todos aqueles anos de muitas privações e quase nenhuma esperança – nunca esmoreceu. Nós os filhos, muitas vezes esmorecemos; porém ela juntou filhos, mundo e vida, carregou a todos nas costas, no colo e no coração, sempre que os nossos passos cederam ao peso de uma realidade que fechava todos os horizontes.
Depois que minha mãe morreu virei manteiga derretida. Não por coisas grandiosas nem emoções criadas para fazer chorar, mas por sutilezas. Delicadezas entranhadas nas brutalidades do mundo e percebidas por mim, que aprendi a percebê-las. Vira e mexe um acontecimento sutil, de significado ou ressignificado discreto me arranca lágrimas também discretas, e às vezes, até nem tão discretas.
Mesmo na hora da morte, minha mãe fez algo tamanho por mim. Ela me curou de não chorar. Devolveu minha percepção emocional. Fez-me rever a vida pelo prisma da simplicidade, o valor do afeto, a beleza em nuances e o quanto precisamos uns dos outros, quer sejamos família, familiares, amigos, colegas, vizinhos e até conhecidos de nos cruzarmos nas ruas em direção à padaria.
Só tive, pela vida inteira, motivos para ser grato à nossa mãe. E à vida, com todas as pedras no caminho, por todos nós, os nove, sermos cheios de graça, porque somos filhos de Maria... de Maria do Mundo.
VOLTANDO PRA MIM
Demétrio Sena - Magé
Nunca mais ficarei feito porto seguro,
para quando quiseres a minha leveza,
quando achares escuro algum dia isolado
entre a tua distância de minha saudade...
Acharás o vazio no qual me deixaste
com as vindas e idas, tudo à tua escolha,
ou apenas a rolha da velha garrafa
na qual fui prisioneiro das minhas esperas...
E querias ou não, ou deixavas no ar,
me fazias pairar sobre um sonho indeciso
do qual sempre acordei na total solidão...
Desta vez me perdeste como duvidavas
nesse teu tanto faz que me fez esquecer
o meu ser ou estar que recupero enfim...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
E num lampejo de luz, que ao longe alumia!
Eu vi, no relógio do tempo, o ciclo da vida voltando ao começo...
Resgatando os sonhos e os ideais desmedidos - daquela gente anônima.
Como magia! Ah... Como eu me enganei!
Ela era feitura de Deus, que a conduzia.
Dizem que a luz
está voltando,
só não dizem
quando é que
a liberdade vai
voltar para o
seu devido lugar.
Não sei como
é que podem ter
acreditado em um
'chisme' de quartel,
e se rendido ao
papel de prender
quem nada fez
contra a Pátria,
não me permito
ficar conformada.
Não se prende
alguém só porque
meia dúzia usou
de acusação na fala,
Todo mundo sabe
que o General
está há poucas
horas de completar
um ano preso
sem ter feito nada.
Há alguma notícia
sobre os presos
nas duas siglas,
e assim segue
o silêncio brutal.
Eu estou feliz, querido , estou feliz pela primeira vez em muito tempo , voltando da faculdade cantando aquelas músicas sertanejas que doem até na alma de tão bregas que são e que não sei como sei cantar. E as estou cantando em um estilo Flor de lis com leveza na alma , não um estilo Maysa com alto grau de melancolia. Estou bem depois de muito tempo e você está perdendo tudo isso; todas essas partes da minha vida , felizes e opacas, brilhantes e trêmulas, repletas de Djavan e sinestesias.
Quando estávamos voltando de barco até a praia a música "Balada do amor inabalável", do Skank, começou a tocar, e aí meu coração se suavizou. Lembrei então dois anos atrás,após o término do meu namoro, de como me arrumava todas as tardes para ir a aula, cada dia tentando ir mais bonita para ele ver o que perdeu cada dia retocando a maquiagem borrada pelas lágrimas. Aquela música exprimia minhas dores e esperanças e a saudades de um amor. Ela exprimia todos esses sentimentos, mas agora não mais. Agora ela exprimia o sal do mar, o calor do sol e o vento que bagunçava meus cabelos. Era engraçado que a mesma música pudesse em momentos distintos exprimir sentimentos tão adversos, e me senti grata pelo céu, pelo mar, por estar viva , por não amá-lo mais e por ao mesmo tempo meu coração estar transbordando de amor. Foi nesse momento que eu percebi que estava pronta para amar de novo.
Nos passos
do meu soldado
cansado voltando
da guerra disposto
a cantar o amor
para o mundo,
não duvide nem
por um minuto.
Os meus olhos
hão de cantar
a canção silente
de felicidade
no aconchego
destes braços
sem regresso.
Na tranquilidade
da luz da lua
iluminando
os poros trigais
desta tua pele,
oferto-te a paz
que só os meus
quadris podem
te conceder,
e nenhum mais.
Os meus beijos
irão se expressar
em desejos totais
e sensualidade
na corporificação
desta paixão
onde nem o céu
há de ser o limite.
Versos Intimistas escritos
além do humor e do tempo
por todo os lugares,
voltando da boêmia
no meio da madrugada
e se deparando com
ipês-brancos florescidos
poéticos indicando quais
passos que serão dados
para unir os destinos
de dois corações apaixonados.
Amor, escuta o barulhinho:
é o vento anunciando...
Que estou voltando...,
Para ter o teu carinho,
Estou novamente no caminho,
Que eu estava quase deixando,
Pensei que havia esquecido,
Dos nossos planos constituídos,
Dos sonhos e dos corais,
Do nosso profundo oceano,
E dos beijos mais fatais...
Trago este rimário,
Meu relicário,
Abrigado no tempo,
-de volta-
Ao berço do amor,
O nosso templo
Com cheiro de flor
- por nós protegido-
Feito um sacrário.
Amor, escuta o barulhinho:
sou eu que acabei de chegar!
Eu nunca deveria ter ido,
Por isso resolvi voltar...,
Para nunca mais ir embora,
Para amá-lo com gala e glória,
Eternizar a nossa história,
Em linhas intimistas,
De épica em épica,
A batalha poética,
Que a minha ousadia penou,
Só para docemente te conquistar.
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