Vinho: textos e poesias que celebram sua essência
VIDEIRA DA RAIZ
Bela charmosa videira com ramos de luz
Vem comigo brindar com vinho tinto
A ver as águas do rio num azul profundo
Para alegrar o corpo, a alma e o sentimento
Saboroso paladar que me faz rir e sonhar
Desfrutar é amar-te mil vezes, é beijar-te outros mil
Beber o vinho tinto especial da muxagata
Nos copos de cristal, num olhar, num toque
Os nossos sentimentos murmuram encantos
Respiram calor num paraíso de olhar ardente
Incenso onde afaga na essência plantada de raiz
Dá frutos doces em forma de vinho tinto saboroso
Um desejo saudável de caricias leves de amor
Vem desfrutar da sua leveza, do seu doce aroma
Que encantam a viver a vida de uma forma simples
Me perdi nos teus olhos, videira de soltos ramos
E tu meu amor na cama onde nós sonhamos horas
Preocupação, madrugada e vinho
Neblina, tristeza e sozinho
Frio e calor, dor de amor
Sentimento avassalador
Amanheceu e entristeceu
O meu coração é seu...
Álcool queimando, um dia começando
Um sentimento passando
Sono profundo iniciando.
GOSTO DE TUDO
Trago na boca
O gosto de tudo
O gosto da vida
O gosto que senti
Do vinho branco
Do vinho tinto
Parece voltar
Todos os sabores ao meu paladar
Sinto o gosto do primeiro beijo
Do primeiro pecado
O gosto de tudo
O gosto de você
É como a volta repentina da infância
Daquela mais doce ânsia
De beijar-te a boca
Como uma criança louca
Dizer sentir o gosto da fruta mais doce
Com essa mesma ânsia
Esquecer da distância
Que hoje me separe de você
Que existe em nós
Trazendo a boca
O gosto da vida
O gosto de tudo
O gosto de você
Um depoimento e uma taça de vinho.
Me senti mais uma vez embriagado pelo cheiro do teu perfume, fascinante e perigoso. Teu olhar me cortou mais uma vez, e dessa vez foi a pior. Um depoimento pronto em meu cérebro estava, mas eu tinha que esperar a hora certa e sei que essa hora pode nem chegar. Tive que me encostar em um ou dois azulejos da parede e pensar, tive apenas uma taça de vinho para me acompanhar. Fechei meus olhos rezei os versos que lembrei. Tentei tudo, mas apenas o que consegui foi colocar os fones de ouvido e deixar nossas músicas repetir o bastante para que eu pudesse dormir. Assim tornando todos os dias os mesmos.
LÁBIOS DE MEL
Em cada taça de vinho,reflete sua doce imagem,
Você, fada madrinha, que me mandaram do céu,
Oh! meiga, candura imagem,
Deusa dos lábios de mel.
Problemas não são como o vinho que ficam melhor com o tempo, a medida em que o tempo passa e os problemas não são resolvidos vão tomando proporções muito maiores até gerar uma avalanche. Problemas precisam ser diagnosticados, traçar um plano para elimina-lo e prevenir de eventuais retornos e colocar este plano em pratica. Assim tambem é nos relacionamentos. Requer interesse, força de vontade, e disposição de ambas as partes de lutar para transformar os problemas em uma oportunidade de crescerem e aprenderem juntos.
Yerushalaim Shel Zahav
O ar da montanha é límpido como o vinho
E o perfume dos pinheiros é carregado na brisa do lusco-fusco
Entre os sons dos sinos.
E no contraste de árvore e pedra
Capturado nos seus sonhos
A cidade assenta-se solitária
E no seu meio está o muro.
Jerusalém de ouro,
e de bronze, e de luz
Entre tudo isso sou um violino para todas as suas canções.
Como as cisternas secaram
O mercado está vazio
E ninguém mais freqüenta o Monte do Templo
Na cidade antiga.
E nas grutas na montanha
Os ventos estão contidos
E ninguém mais desce para o Mar Morto
Pelos caminhos de Jericó
Jerusalém de ouro,
e de bronze, e de luz
Entre tudo isso eu sou um violino para todas as suas canções.
Mas assim como eu venho cantar hoje para ti,
E adornar coroas para ti (contar suas preces)
Eu sou o menor das mais jovens de suas criancinhas
(ou seja, sou o menos honrado a fazê-lo)
E o último dos poetas nascidos
Pelo seu nome cerram-se os lábios
Como o beijo de um Serafim
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
O qual é todo ouro....
Jerusalém de ouro,
e de bronze, e de luz
Entre tudo isso eu sou um violino para todas as suas canções. Nós voltamos para as cisternas
Ao mercado e ao local do mercado
Um shofar pode ser ouvido a chamar para o Monte do Templo
Na velha cidade
E nas suas grutas na montanha
Milhares de sois brilham
Nós desceremos mais uma vez ao Mar Morto
Pelo caminho de Jericó.
É 01h10 da manhã e eu não consigo dormir. Tomei dois copos de vinho, aquela garrafa está lá há dois dias e ninguém sentirá falta. Me deu uma vontade imensa de te ligar e dizer que te amo. Que de segundo em segundo imagino seus olhos,sua boca e sua risada debochada e suas piadas sem graça, mas que me fazem rir. Senti um vazio imenso aqui, porque diabos eu não sei. É tão egoísta querer o que não se pode ter. Mas eu quero você. Isso me dói cada segundo dessa minha vida miserável, quanto vale o sofrimento? Não muita coisa. Pode ser que minhas palavras tenham um toque de embriaguez. Não culpo o vinho...culpo o efeito que você me causa. A montanha russa que só desce, as borboletas que ao invés de pousar em qualquer lugar tolo veio pousar logo nessa tola aqui. É... dizem que a bebida faz a gente soltar a língua, dizer o que se tem vontade e pelo jeito sempre fui fraca com bebidas.
Então meu bem, pegue o vinho mais caro
Porque hoje iremos embebedar
Vamos alucinar-se
Porque quero esquecer os meus problemas
E viver em puro libido
Se isto for um sonho, não, não me acorde..
Nunca mais.
TU ÉS AMOR
Tu és o meu caminho, a minha quimera
Tu és o meu vinho, o meu maior vício
Tu és o meu bálsamo de aroma benigno
Tu és a minha flor mais perfumada
Tu és o meu barco que navega à deriva
Tu és as gotículas sedentas da minha seiva
Tu és a minha sinfonia das pétalas de rosas
Tu és a minha textura morna das próprias letras
Tu és o espaço aberto das doces palavras
Tu és o som inacabado de uma bela canção
Tu és as linhas escritas do meu destino
Tu és o verbo amar ditado em versos
Tu és o meu afago no coração de carinhos
Tu és o desejo rasgado no meu peito
Tu és a minha inquietude na minha alma
Tu és o meu mundo pincelado de cores
Tu és a minha poesia de vários sabores
Tu és uma procissão alegre que dança um tango
Tu és a razão da minha existência no infinito
Tu és a minha doce melodia que dá cores à vida
Tu és a minha doçura nas noites cheias de felicidade
Tu és o meu violino que toca no meu corpo.
