Versos sobre a água
Se todos somos iguais,
Vamos fazer diferente.
Pois nem toda água molha.
Nem sempre um sorriso é contente.
Bordarei o teu nome debaixo de uma montanha
Onde a água pura corre sem ver a luz do sol
Geração de sangue que pinga nas minhas veias
Tesouro sobmerso nunca descoberto,nunca tocado,nunca extraído
Aventura na terra do nunca
Nome que os meus pais me deram para mudar o mundo
Mergulhando na mentira deste mundo
Bicho subterrâneo que me consome a minha visão de ser perfeita
Equilíbrio que quero trazer de volta
Lugar que ocupo neste espacinho que é meu
Véu branco que me persegue
Magia que trago para este resgate de mulher, mãe,tia,sobretudo infeliz.....
(Adonis Silva09-2018)®
Se é pra se molhar, chuva lava eu
Canto em português hermano meu
Se é pra se molhar com água e suor
Pulo no lamaçal sem dó
Braços esticado na ponte
e se ouve o vento serpenteante
as lúfadas da água fria
traz consigo um novo dia.
Vê-se abaixo água a correr
e nos nossos corações vontade de viver
nestas dificuldade
onde a caridade apresenta a irmandade...
FILTROS DE BARRO
Em meu tempo de criança
Bebi água em filtro de barro
Gostava de ouvir seu lento gotejar
Demorava pingar a gotinha
Acho que queria nos dar seu melhor
Por isso demorava a filtrar
Coitado do filtro de barro
Foi descartado
Trocado
Já não cabe nas casas modernas
Pensando bem...
Hoje tudo parece descartável
Nada pode dar trabalho
Prefiro relacionamentos
Que sejam como filtros de barro.
Os filhos bebem da água que os pais estão capacitados à dar.
Água suja, limpa ou contaminada. Da rua, do poço, da poça ou mineral. Pura, adoçada ou com misturada. Sua, de terceiros ou roubada. Da chuva, da torneira. Com gás, sem gás ou saborizada. Quente, natural ou gelada. Líquida ou sólida (gelo).
Assim é o conhecimento e educação dado pelos pais aos filhos, sempre proporcional ao que estão capacitados a dar, pois ninguém dá o que não possui.
GRACINHA
Eu sou aquela caixa d'água a tilintar dentro da noite veloz. Lá fora, o sereno caía vadio enquanto os rumores dos carros mexiam com as luzes dos postes. Tchiqui, tchiqui, tchiqui... Quase sempre, o ventilador ao pé da cama. A cama. A cama. Aquela cama... Na área, o churrasco embalava os nossos estômagos famintos. A fumaça passeava por todo espaço. Chegava na cama. A cama. Aquela cama... Ao meu lado direito, meu mano: pequeno, raquítico, olhos negros, cabelos lisos. No centro, a mana: covinhas amontoadas, coqueirinhos na cabeça, chorinho fácil a descolar na boca. Ao lado esquerdo: vovó. Vovó. GRACINHA. Corpo roliço, cabelo despreparado, pele macia e branca. Sua mão a "irribuçar" os netinhos com colcha vermelha. Sua mão a cantarolar no meu peito. Um dois três carneirinhos. O ronco, o sereno a cair, os rumos dos carros e eu-caixa d'água, eu-saudade, eu-vontade-de-voltar.
Que com o banho
A água que pelo seu corpo passa
Leve toda a sujeira para longe
Levando também a angústia e o medo
A raiva e a decepção
A falta de esperança e tudo de mal que esteja em seu coração
Um banho revigorante, reenergizante
Capaz que alterar toda e qualquer energia ruim
Te conduzindo a uma frequência elevada
E que nela você permaneça
E possa seguir feliz e em harmonia
Nesse mundo repleto de caos e melancolia
Noite muito escura
Banheiro em perto e branco
Banheira cheia de água
Olhos abertos
Um pingo de água saindo do olho e caindo na banheira
Deitado na banheira
Tesoura afiadas
Seu corpo mostra o seu sentimento
Todos eles sabem
Mas não dão a atenção
Pensamentos ruim
Lágrimas caindo
Olhos fechados
Mão vermelha,olhos vermelhos, águas vermelhas
Troféu
Soo a pulsão estancada
sentimentos de robô
de flamas mortas, sem ardor
d'água salobra parada
do tudo que se fez nada
do azedo que já foi mel
do doce que fez-se em fel
deixaste de ser poesia
e o prêmio à tu'alma fria
é o desdém qual troféu.
Sozinha em meu quanto,
sentada em minha cama,
com os olhos cheios de água
e meus pulsos
sangrando...
Relembrando o nosso passado,
percebo que tudo acabou,
quando você saiu
batendo a porta
sem ao menos
olhar para trás.
Agora não sou mais a mesma,
pois não estou mais com você.
No meu quarto fico chorando
e me pergunto
porque você foi embora,
sem me dizer
Adeus.
Hoje trancada em meu quarto
sofro calada,
para não dar explicação
sobre meu passado.
Seu olhar é pleno
Mesmo em dia nublado
As gotas d'agua lubrificam
Tornando límpido o que estava "barro"
Decoras o mundo
Com esse rosto céreo
Seus cristais...
Intensamente fúlgidos
Me olham
Se veem
De dia invadem o nosso lugar
À noite tingem a lua
Ditam frases ao novilúnio
Dobram as nuvens
E por mim flutuam.
O mundo está sedento de amor,
Água esbanjada por entre dedos de maldade;
A fome é nada quando nada têm em seu coração,
Esfomeados de valores e convicção.
"O homem que toma água salgada e se espalha, a água doce é loucura; e um tolo é o homem que descansa sobre o formigueiro e se espalha deitado na cama; A Grande confiança deixa o homem aos portões da prisão."
Wagne Calixto ✍️📖
Respiração:vento
Cabelo:folhas
Pés:raiz
Ovulo:terra
Espematozoide:semente
água : sangue
somos a imagem e semelhança do planeta terra
Meus olhos podem ver uma gotícula de água se formar.
Meus olhos podem ver um vazio em seu olhar.
Meus olhos podem ver o bater de asa de um beija-flor.
Meus olhos podem ver uma pessoa suportar a dor.
Meus olhos podem ver uma estrela se formar.
Meus olhos podem ver a luz de um luar.
Meus olhos podem ver uma agulha no palheiro.
Meus olhos podem ver o seu reflexo no espelho.
Meus olhos podem ver que nada se mantém.
Meus olhos podem ver que você está sendo refém.
Meus olhos podem ver um futuro iluminado .
Meus olhos podem ver que nada está acabado.
Meus olhos podem ver você chorar.
Meus olhos podem ver você se lamentar.
Meus olhos podem ver solidão e desespero.
Meus olhos podem ver você sofrer o tempo inteiro.
Roda d'Água
(Victor Bhering Drummond)
Ela girava na direção das águas
Movia-se como um um mundo controlado por aquele universo de prazeres que corriam por suas entranhas
Trazia vida e movimento
Porque vida é energia cinética
Capaz de enfeitiçar e tirar do eixo
Até mesmo o mais pacato dos corações.
Como a flor de Lótus
Nasço até em meio a água putrefata
Viajando pela eternidade
Eros psicografa
Um Madiba rasgando diásporas
Um Neruda usando metáforas
Fluindo no Nilo na Barca de Ísis
Por Osíris
Um Ésquilo nesse terror cósmico
Passei pelo forno alquímico
Lembra de quando a água batia no cais?
Sentávamos no píer esperando ver golfinhos
O que nós tínhamos na cabeça?
Dávamos formas às nuvens, nomes às estrelas
Nossos corpos com frio, cobertos pelo céu negro
Já faz muito tempo que não somos aventureiros
Que você não pega na minha mão
Não acaricia meu cabelo
Seu sorriso já não é como a lua minguante
Perdeu o brilho, não é verdadeiro
Onde estão os sentimentos?
Estamos tão entediantes
Jovens com alma de criança
Mas esse espírito se foi
Era uma época de boas lembranças
Mas o tempo passou
E a nossa viagem para Marte?
O foguete quebrou?
Não sente falta dessa alegria? De ficar rindo à toa?
Eu sinto falta de ser sua princesa
Mas acho que perdi a coroa
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