Versos para 18 anos
Encontrei um pássaro
Cantando com tua voz,
Leu poemas, poesias...
Me dedicou.
Falou em versos
Sonhos que sonhei.
Eu vi,
Tinha asas cor do céu
Bico feito mar,
Tinha flores nos olhos
Mel no cantar !
Tinha o jeito sertanejo
Tinha gosto de avelã
Pele dourada
Sabor de maçã,
Eu vi,
Pássaro passarinho
Por mim passou,
Deixou teu cheiro
Cheiro molhado
Me cantou !
As vejos me vejo perdido nos versos de um poema,
cujas palavras sempre remetem àquele ar de tristeza.
Depois me vejo de frente com as frases de conclusão
cujas palavras sempre remetem ao poder da superação...
As vezes me vejo perdido sob a brisa do relento
Tentando desfazer a dor que me fere em dado momento
Recolho-me silencioso em minha introspecção
buscando tirar a dor que ainda habita em meu coração
Não há outra alternativa a não ser esperar
que essa dor parta bem distante e vá para um outro lugar
e enquanto ela insiste em ficar aqui comigo
Vou expressando o que sinto neste simples manuscrito
Feito o pescador também é o poeta
sentado às margens dos rios de versos
esperando o fisgado das palavras
para pescar entrelinhas.
Como é que existe alguém
Que ainda tem coragem de dizer
Que os meus versos não contêm mensagem
São palavras frias, sem nenhum valor
Eu
Quero escrever versos,
Versos de amor, de ironia,
Quero preencher todos os espaços,
Desta folha vazia.
Quero, ao escrever,
Ser completamente livre,
Lembrar-me do que quis ter,
Mas que nunca tive.
Quero com estas tantas palavras,
Que escrevo sem encontrar fim
Encher além destas folhas brancas,
Os espaços imensos que há em mim.
Lembrar, esquecer
Dormir, acordar,
Desejar morrer,
E depois lamentar.
Senti a presença da solidão,
Ri as lágrimas que não chorei,
Agindo com o coração,
Sempre errei.
Escrevo partes do que sou,
E dedico-tas a ti,
Mas só eu o sei,
Não sairá daqui.
Todas as lágrimas foram enxutas,
Neste pedaço de papel, que agora é um pouco de mim,
As minhas palavras sentidas, doces ou brutas,
Assim como eu chegaram ao fim.
...Eu faço versos como quem chora
De desalento, de desencanto...
Fecha o meu livro se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto...
ENGANOS
Eu, que dos doces versos à docilidade das palavras
Fiz-me nada perante tanto amargor,
Diante de tantas e tantas histórias fáceis,
Do teu mentiroso e [pré] suposto, amor.
Eu, que no enredo das tuas [falsas] promessas,
Acreditei e simplesmente, te amei,
Experimentei a entrega rasgada, a dor e mais nada.
E perante a vida, que de ti, a vida toda esperei
Idealizei milhares de sonhos
Mas somente enganos, sozinha, sonhei!
Poetisa sonhadora
Sou poetisa, não sei
Sei que escrevo
Me incorporo nos versos
Invento paixões, saudades e dores
Me perguntam!
Por que só escrevo poemas de amor
Não consigo explicar
Minha inspiração é assim
Escrevo o que minha alma fala
O amor é semente que germina
No coração sensível
Sou feliz em poder escrever sobre amor...
Minha alma e coração
Não encontra outra maneira de ser
Gratidão a todos meus leitores
Por me incentivar
A cada dia mais escrever
Meu sonho é proporcionar
A paz e o amor
A cada alma que ler
Um poema meu
Autora: Simone Lelis
Versos de um lobo apaixonado
Eu era sozinho;
Não tinha ninguem;
Não tinha nada além dos meus poemas.
Eu procurava a felicidade;
Eu procurava a razão dos meus poemas.
Eu sempre estive a sua procura;
Sempre pensava em você sem notar.
Você é a razão dos meus poemas;
Você é minha razão para escreve-los;
Você é minha inspiração.
Você é a verdadeira razão para escreve-los;
Eu sou um lobo apaixonado.
Apaixonado por você;
Que sempre me faz sorrir.
Há versos que se escrevem e fazem sentido,
Há versos que fazem sentido ao escreve-los.,
Mas, tem versos que é poema nascido,
Do amor que aprisiona a alma ao cocebe-lo.
E desse amor faz-se anjos de liberdade,
Qua cantam canção de paixão e tentação,
Se faz pura sedução a felicidade,
Faz faz felcidade e vale a pena essa prisão.
(Sócrates Di Lima) ...
EGO POÉTICO.
Enquanto todos dormem,
O poeta está acordado,
Faz os seus versos,
As suas canções,
Seu andar ritmado.
Como quem deixou o seu barco,
No mar ancorado,
Como quem já se encontrou,
O sonho de ter amado,
Como quem já se esqueceu,
Do seu passado assustado.
Como alguém que resgatou do mar,
Os que estavam afogados,
Como alguém que abrigou,
Aos que estavam desabrigados,
Como alguém que sarou as feridas,
Dos que sangravam machucados,
Como alguém que voltou para casa,
Depois de ter ficado ilhado,
Como alguém que já amou,
E por muito já foi amado.
(Extraído do livro:Noções do silêncio.
Vivo assim,
Deslizando em versos
a procura de mim.
Desejos guardados,
sentimentos sondados,
e se fazendo enfim.
Menina mulher,
tecendo a alma em sonhos,
sendo em linhas o contorno,
que te desenha em mim.
Delicadamente sou em você,
como flor,em colcha de cetim.
"Sou o avesso do meu próprio caminho,
mais sutil do que meus versos,
olhar pouco traiçoeiro,
sou reticências.
Meu ímpeto coloca - se á frente da razão,
meu riso mantém - se solto e vermelho.
Nasci subjetiva e talvez eu morra assim;
com as mentiras mais deleitosas,
o copo derramando verdades impróprias,
coração repleto de amor pra esquecer.
Mergulhei no egoísmo de me amar apenas
e mais do que qualquer outro.
É preferível morrer no seu próprio mar a
ser mais um sobrevivente da falta de consciência daqueles
que nasceram apenas pra ocupar espaço.
De vazio cheio de dúvida já me basta esse que me foi designado.
Não me vacinei contra os mal intencionados e indecisos como eu,
me vacinei contra a tristeza prolongada,
contra o jeito grotesco de viver.
Só não quero morrer sem ao menos saber
por que motivo me colocaram aqui.
Não quero a vida imperativa,
quero a não definida, a infinita
- se possível."
De cinza se vestiu a manha, relutando em despertar.
De melancolia, se vestiram meus versos, vendo a chuva passar...Longa e triste.
Parafasia Indefinível
Quando as moscas entram na sala
As luzes se apagam
Os versos não rimam
As letras embaralham-se através dos dedos que soluçam o medo
Não há tempo no presente
O futuro que se estagnou no passado
É imediato à fome, ao lixo, ao humano
Distante da verdade
Essa verdade mundana e inconsciente.