Versos de Natureza
O que queres de mim essa manhã?
Me acordaste com seu ruído
És tão misteriosa suas vestes,
E teu desconhecido sorriso.
Ó senhor, o que desejas?
O que posso oferecer-te mais uma vez?
Sois tão ambicioso em cada passo,
Que não veis o perigo que há de enfrentar.
Não tires a vida de meu semelhante,
O nosso vínculo hoje vai acabar
Veja em meus olhos a pura inocência
De uma india cheia de amor pelo seu lar
Estarei aqui amanhã de manhã,
Gostaria de poder ajudar,
Mas talvez eu não possa mais abrir meus olhos
Se tudo que é nosso tu decidires tirar.
"Veja como é fácil
Não adiantar reclamar
Basta jogar a semente na terra
Logo ela brotará
Tudo o que precisamos
A natureza nos dá!"
A janela aberta permitia a brisa entrar!
O silêncio da noite me deixava pleno e o canto dos pássaros ao iniciar o dia me dava a paz que não sentia há muito tempo. São remédios naturais que me restauram de uma forma tão completa que nenhum outro remédio farmacêutico consegue fazer igual.
Imagine um lugar
Que você programa viajar
Te desperta o desejo de morar
E assim, poder descansar
Imagine um lugar
Que todo dia veja o mar
Em cachoeiras se banhar
À beira da lagoa caminhar
Imagine um lugar
Que a natureza venha te abraçar
O sol a esquentar
E o deslumbre nos olhos ao ver o luar
Agora pare de imaginar
Bem vindo ao meu lar, Floripa!
Enquanto ela falava e sorria com o canto dos olhos, eu fixamente sem ar a observava e só conseguia pensar: Meu Deus!
Sorriso grande, largo, belo, tão puro que eu nem consigo comparar, talvez com o céu ou com o mar. Sei lá, era uma espécie de obra da natureza, daquelas que se observa, admira, sorri, suspira e agradece
Uma amplidão de anil
Contemplo seu corpo celestial
Contorno com meus dedos cada risca
Cada linha e traço de sua colossal formosura
Como há de a ver algo tão belo?
Oh..meu céu cheio de graça
Me dê nem que seja um pouco dessa sua beleza
Resplandece sua imponência
Recebo no meu olhar seu infinito anil
Reconheço ao te contemplar minha insignificância
Rogo-lhe
Oh..meu céu cheio de graça
Me dê nem que seja um pouco dessa sua grandeza
Atirei uma pedra em direção ao lar das águas. Corri nas sombras das florestas por entre os feixes de luz da copa das árvores ancestrais. Desci por caminhos ocultos na escuridão.
Em meus ouvidos apenas chegavam os sons da pedra, o cair dos frutos maduros,amanhecer das plantas e nascer dos pássaros.
Meu corpo tornou-se uma casca de semente brotando na terra, minha pele una com o solo, minha perna tronco e raízes.
Sou um pouco do fluxo dos rios com o sopro do ar e chamas do fogo. Sou um canto fora do tempo na ausência de pensamento. Meu ser uma flauta da selva tocada com gotas de chuva.
"Um dia me perguntaram:
Você é comunista?
Respondi: - Não!
Então, você deve
Ser socialista?
- Não!
Democrata?
- Não!
Anarquista?
- Não!
Capitalista?
- Não!
Afinal quem é você?
- Sou simplesmente gente!
A culpa da existência da Febre Amarela não é do macaco, pois quem a transmite é o mosquito infectado.
A agressão ao Meio Ambiente, que acaba com os predadores naturais de insetos, como os sapos, é uma das maiores causadoras de doenças transmitidas por mosquitos.
Um dia ela nasceu , cresceu e desabrochou , sentindo o calor do sol.
Alimentava-se da água da chuva e quando deitava-se , no quentinho da terra, dormia com a luz da lua.
Acordava de manhã, ouvindo o canto dos pássaros e encantada com o ronco dos trovões, banhava-se nas águas do rio.
Anoitecia e ela cansada dormia serena , embalada pelo brilho das estrelas.
E novamente amanheceu , ela acordou e percebeu, que o seu tempo havia passado , que já estava velhinha.
Mas com muita sabedoria olhou para o céu agradeceu e disse :
“ Desperta natureza deste sono ;
Acorda vem depressa me abraçar.
Permita que meus olhos veja o encanto
De seu último encontro em meu olhar”.
Escadas no Bosque
Escadas
sem corrimão,
mas que se sobem
com indizível emoção!...
-- josecerejeirafontes
O eterno Ser
Num sofrimento mortal de hospital, está você, tentando sobreviver para mais sofrer na angústia do viver. Sem perceber que a morte é uma transformação do Ser, não um interromper.
A natureza se destrói e se reconstroi.
Numa contínua beleza de ser.
FLORES
Erguidas entre as finas mãos das plantas,
rescendentes de mística beleza,
as flores são as hostis sacrossantas,
carnes e sangue de Máter-Natureza.
Fabricam-nas com tal delicadeza
forças ocultas, celestiais e santas,
que lembram traduções de etérea reza
que sonho ouvir de angélicas gargantas.
Sacerdotisa envolta em verde manto,
ó planta, expõe, aos povos, altaneira,
as flores (graça pura, excelso encanto):
- São hostis, para os olhos que pecarem
aurirem delas a pureza inteira,
para os meus olhos crentes comungarem.
Santo Tirso, 1914
O UNIVERSO ME FAZ LEMBRAR VOCÊ
AS COISAS MAIS LIDAS QUE VI POR AQUI
O CANTO DO PASSARINHO
O AZUL DO CÉU
O VERDE DO MAR
AS BELAS MONTANHAS
O SOL VIBRANTE
AS MAIS BRILHANTE ESTRELA
A NATUREZA SE FAZ POR VOCÊ, TUDO SE TRANSFORMA POR VOCÊ.
Bendito Punhal
Teu sangue
Já me lavou
Tua santidade
Me contaminou
Estou no processo doloso
De assassinato do ego
Mantenho os olhos
Fixos naquela Cruz
Que a tua graça, tomando a minha mão,
Em meio às lágrimas e contorções da minha natureza
Gentilmente,
Insiste em fincar mais profundamente
A cada dia
No enganoso habitante do meu peito.
Pai Velho - Poema
Em pé às margens do rio Negro,
Situado no Alto Solimões,
O velho índio inspira pelos pulmões
O vento que balança seus cabelos negros.
Sem nenhum grisalho para contar história,
Filho vermelho do povo Kokama,
Ergue a lança e a lança em chama
Alcança o aracú em sua trajetória.
O peixe se desespera num entorse bizarro,
Em vão o seu libertar fracassa,
O índio sorrir ao pegar a caça
Que vai para a panela de barro.
Termina o dia longo e calmoso,
Enche o cesto além da conta,
No rodear da fogueira para crianças conta,
A história da caça do aracú teimoso.
Vem o curumim abraçar o venerando
Pai velho contador de histórias,
Ao luar adormece com suas memórias
Junto ao filho o admirando.
Corri entre campos de vegetação secas com o meu amontoado coração repleto de liberdade e paixão. Vivendo livre pela a estrada como um andarilho... como um simples e mortal vagabundo. Cujo a alma entreguei a Deus.
Dos momentos belos passando livre pela natureza ficou como uma tatuagem mística marcada na alma. Não teria como esquecer momentos belos de sinceridade que tanto me agradava.
Onde se encontra a lua?
Escondida se aprontando
por de trás da cortina
Enquanto no palco
Dança a chuva.
"Caso você formule uma pergunta ao professor, ele provavelmente lhe responderá. Se continuar com dúvidas, poderá poupar o trabalho de pensar e pedir mais explicações ao professor. Porém, se você formular uma pergunta ao livro, você mesmo terá de responder. Nesse sentido, o livro é como a natureza - ou o mundo. Quando você os questiona, eles lhe responderão na medida da sua própria capacidade de pensar e analisar"
Trecho do livro "Como Ler Livros" de Mortimer J. Adler e Charles Van Doren
As coisas simples nos colocam
de pés descalços no chão...
Sentindo a ardência do dia,
o cheiro da magia, a explosão
de toda a natureza em nosso coração.
.................shell
