Versos e Rimas
Não tenho o hábito
De escre(ver) com rimas.
Apenas escrevo o que
Con(verso) quando vou
A beir(amar).
DÚBIO (soneto)
Falei tanto de tristura!... de solidão
Silêncio, tortura, nas rimas negaça
Ou ninharia fugaz, que vem e passa
Na brisa breve que veio, duma ilusão
O verdadeiro valor, é cheio de graça
Simplicidade, afago, farto de emoção
Todos lavrados e vindos do coração:
O abraço certeiro, passeio na praça
Falei tanto de melancolia! baixinho
Ou até mesmo em um alto vozeirão
Se bom era poetar somente carinho
E nas tais rimas de delírio e barulho
Só sofreguidão, me fiz pequenininho
Na poesia infeliz, sem amor e orgulho...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Poeta e poema
Escrevo minhas palavras
Em meio ao vazio sem nada
Crio rimas de poesia
Um poema de minha autoria
Tudo isso tem um sentido
É como percebo as coisas e sinto
Meus pensamentos e sentimentos
É parte de mim , é quem eu sou
Somente tenho a certeza
Ao menos para mim
Isso tem um grande valor
E também não busco elogios
Apenas guardo em sigilo
A minha inspiração
Mas , minha motivação é nítida
Facilmente vista
Mesmo assim , dificilmente
As palavras são entendidas
Aparentemente se codificam
Pelo olhar do racionalismo
Não é a interpretação que é errônea
Mas sim , agir como se nada fosse claro
Pois os versos já estão postos
E por si próprios já falam ao leitor
Que se recusa a escutar
E chega a conclusões incoerentes
Totalmente diferentes
Da mensagem que o poeta quis mostrar
SAUDADE EM RIMAS...
O fato é que tem gente que vai palpitar, mas não vai em nada acertar, pois ao que a saudade resolveu se refutar por temor... A tempos que em segredo seu furor, tenta impor um dessabor que sempre me leva a pensar, que em nada vai adiantar, pois as lembranças jamais vão se apagar!
E se porventura alguém se questionar, tenho certeza que a resposta certa não vai achar, pois ao que a minha saudade se expressa, somente ao meu eu ela confessa, por quem tanto minhas memórias realmente se interessa!
(Mettran Senna)
Prefiro deixar meu povo rico
Fazendo rimas pobres
Do que fazer rimas ricas
E ver o povo dominado por nobres
Eu escrevia coisas para você,Fazia rimas para te entreter,É chato né, me comprometer e não poder te ter,Talvez não tenha sido o melhor,Me esforcei para ser,Avancei ao campo do adversário,Saindo da segurança para ter uma
Aventura,Parques marcados pelas loucuras,Das noites,Existem diversos fatores,Apenas vivo sem repor o que foi perdido.
Estou escrevendo um texto com rimas
Acho que é um poema
Enquanto você lia
Contanto toda via
Acho que o gato mia
A minha vida não lia a sua mão lisa ou áspera
O "M" escrito nela
Sem sela
Sem mandar nela
O que é vela
Sem ver ela
Não vou achar
O que encontrar
Não vou achar
Não achei
Endoidei, respirei, suspirei
Pensei e agora direi...
"Estou falando no poema que estou falando, digitando, pensando e rimando, mas não estou falando da sua pupila me olhando"
Poesia-me
Discorra-me em cada linha do teu branco papel.
Conduza-me pelas rimas do teu gracioso cordel.
Em cada página, do texto ao tema,
Vista-me de poema.
Cubra-me de versos, enfeita-me com letras primorosas,
Em tuas escritas angustiantes ou prazerosas.
Em cada estrofe, defina-me com candura.
Poesia-me e transforma-me em literatura.
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Frases cacofônicas ou
Métrica inusitadas
Na dicotomia sintática vou
Com palavras à pele atadas
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Sobre a morfologia das palavras voo
Vejo-as em fila enlatadas
Ouço a voz dos seu ditames e enjoo
"Não quero seus limites e nem sua cara enlutada"
Poeta e louco sou
Rimas
Prosas
Verdes
Rosas
Vento
Mar
Sol de tardes
Lua
Flor, verbo amar
Faço acontecer em versos
Em um beijo te toco
Teu corpo
Despido
Te jogo entre os braços
Te deito na areia
Afago teu rosto
Incendeia
Minhas mãos
Paixão é meu nome
Louca
Loucuras
Quando te vejo
Deito nas curvas
Estradas
Poesias te faço
Desejos, delírios...
03/12/2018
IMMAGINAZIONE
Eu queria uma sumarenta poesia
Que as rimas dessem paladar e analogia
Aos aromas do fruto maduro do amor
Onde todos degustassem com prazer e sabor
O universo do vário gosto de cada verso
Do poema, carcomendo sentimento diverso
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2016
Cerrado goiano
FUGA II
Todas as crinas desta vida, todas as rimas, todos os sintomas, todo o doer.
Cada passo em falso, cada cadafalso, cada trem atrasado, cada nuvem que não veio chover sobre o sertão ardente em sede.
Cada bomba-atômica, cada praga rogada, cada estilingada que mata o passarinho.
Cada voz desafinada, cada rima que não casa, não se encontra; cada nota suspensa no ar.
Cada sonho irrealizado, cada suspiro incontido, cada prisão que não liberta o nosso mais íntimo desejo.
Todas as visões embaçadas, as analogias desconexas; as cegas imagens de peles nédias.
Cada estória sem autor, cada morte sem porquê.
As vaidades do mundo se resumem a espasmos de espaços vagos no subconsciente dos desesperados.
Cada vento que sopra sem destino, cada luz que procura o vazio de cada solidão; cada estação do ano.
Em tudo há um pouco de mim. Em tudo há algo do qual eu sempre quero fugir.
Rascunho
Toda prosa dissertada
Nem tem trevas
Ou descobrir rimas desbotadas
Providencio versos as favas
Faço versos de manhã
Faço a tardinha
Risco palavras , rascunhos
Rabiscando feito criancinha
E assim vão-se passando
Na beirada de um remanso
Riacho sem fonte
Sem caras e inatingíveis afazeres
E tem que ser a próprio cunho
Digitar
Só mesmo quando terminar
Minha inspiração só flui em rascunho
( VIII Coletânea Século XXI )
( Prêmio Revista Poesia Agora julho/ 2018)
Rimas que saem
Eu sou flor que nasce em pedra
sou pedra em agua mole
Sou espinho quando machuco
Sou essência quando sentida
Sou emoção quando tocada
Sou barro quanto à origem
Sou asa quando amada
Sou flexa quando caçando
E menina quando cuidada
Sou guerra quando preciso
Sou paz quando procurada
Sou tudo e de tudo um pouco
E sinto que ainda não sou nada
Faço versos como aprendiz
E não gosto de prosa rimada
Só essa que foi saindo
Porque hoje tou desalmada
Dando nó em pingo d água
E ficando cobra criada
Ta bom....
Se não passo o dia todo
E da lida não faço nada
Sem rima final.
Pensei em escrever - te
Mas não queria poemas e rimas
Só que é em teus olhos
Que a verdadeira forma
Rimar mora
ÊXTASE
A inspiração
no cio,
ideias
avulsas
transbordando
como
um rio.
Bailam
rimas
e metáforas
na cadência
das palavras.
Poema -
sinfônica
orquestra,
êxtase
e festa.
Sou apenas o que sou... Apenas existo
Com estes sentires poéticos...
Talvez, um poeta sem rimas
Quem sabe a saudade verdadeira...
Apenas sinta-me... E eu sinto-te...
E proclamo este momento eterno...
E abro-me ao essencial... Tendo o céu como limite...
Vibrando continuamente em minha essência
expandindo amor.. e muita luz!!
Esse sou eu e ninguém copia
sou poeta e escrevo poesia
crio rimas, falo, canto
digo verdades, desperto encanto
vivo da rima
respiro emoção
cada palavra
bombeia meu coração
meus olhos enxergam
poesia e beleza
no cotidiano em pessoas
na linda natureza
tudo que escrevo
eu vivo todo dia
pois poesia e vida
e minha vida é poesia
Tentei falar em rosas , falar na lua ...
Por mais que eu queira fazer rimas,
a poesia não me obedece!
Rima rica , rima pobre,
métrica e ritmo.
Deixa pra lá...
Vou falar só o que sinto.
