Versos do Luar

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SEM AMOR NÃO HÁ FELICIDADE

Fui algoz quando devia ser amigo,
fui tempestade quando podia ser abrigo.

Quantas vezes perdi a oportunidade
de abrir meu coração, de abraçar um irmão
que sofria as angústias comuns a todos nós
mas a minha falta de amor e de empatia
não permitia que eu ouvisse a sua voz.

Então quando devia ser amigo, fui algoz
quando podia ser abrigo, fui tempestade.

Hoje, o peso dos dias me ensinou
essa triste lição, a de que cedo ou tarde
Deus, por compaixão
nos revela a INFINITA verdade:

"Fora do amor ao próximo não existe felicidade,
NÃO EXISTE VIDA, nem paz, nem liberdade."

Inserida por EvandoCarmo

SOMOS IRMÃOS NA DOR

É no escuro da noite
quando a dor se faz constante
e mais assustadora
que desejamos que um anjo bom esteja ao nosso lado,
para enxugar as nossas lágrimas e o suor da febre persistente.
É nesse instante que a nossa humanidade floresce.

Num mundo desigual, no amor e nas virtudes
quando todos estão no mesmo lugar comum
pobres e ricos, pretos e brancos
sofrendo no âmago da alma a mais cruel desilusão
que a nossa presunção egoísta desaparece.

Todos carecem de cuidado e afeto
somos iguais na dor
buscamos até de estranho um afago
o sorriso de empatia
somos irmãos, querendo ou não
na dor somos conscientes
de que contra a razão não há utopia.

Para os profissionais da saúde em 2020 durante a pandemia

Inserida por EvandoCarmo

Agora o cantar daquele olhar
que passa pela fresta da janela
Sacode paredes e derruba ventos
que Batem
Batem
E outra vez
batem
Os olhos se fecham
Para a tempestade que lá fora
Sonha em ver o interior
D’Alma que foi levada e espalhada
Pelo ar da última respiração Noturna

Inserida por rcassio

BARREIRA VIVA

Há algo estranho
quê
Toda aquela água
Onde
Logo ali
Não vejo
Como não
não há água
Como
Simples isso é sertão
Então d’onde vem aquilo

Inserida por rcassio

Disseram-me estar na loucura
Pobres coitados infelizes mortais
Serei mais um na sua conta
E do que adianta
Ser igual a todos aqueles que
Acho ter insana profissão

Inserida por rcassio

Corri numa rua sem fim
Cresci numa casa sem paredes
Voei além dos limites triviais

Experimentei o que não tem gosto
Senti o que não tem cheiro
Vivi o intocável

Procurei noites ditosas
Acordei dias abrumados
Edifiquei-me além da negra aflição
Fraquejei-me sob o enorme peso do amor

Inserida por rcassio

As folhas das árvores balançaram
Com o desespero das flores murchas
Caídas abaladas solitárias
As folhas choraram a tristeza de um dia frio
Pela ausência do calor difundido
Com bela aquarela do campo
caindo e se enterrando
No solo coberto pelo aveludado
Amor que as flores deixaram
Antes de dizer adeus

Inserida por rcassio

De olhos abertos, fechados!

Abri os meus olhos
Tentei ver o invisível
Imaginar o abstrato
Tocar os sentimentos
Gritar no vácuo
Ouvir o calado momento

Dormi dias e noites
Tentei encontrar a esperança
Cometi os meus erros

As noites se acabaram
Os meus olhos se fecharam
Perdi na memória
Aquele único momento acordado

Inserida por rcassio

Um isolado anseio
Na travessia de uma rua inerte
Num espaço cavo
Numa hesitação do momento
Ao seguinte passo
Um turbulento instante
Que faz o tempo parar
No movimento ilusório da luz
Ao redor muitos passos
Nenhum sorriso
Tudo parado
E mais uma escolha foi feita
Diante da cegueira
Das suas próprias ambições

Inserida por rcassio

Numa pequena casa de papel
Paredes separam o que não se vê
Portas fecham o que não se pode tocar
Janelas se abrem para o exterior daquilo que não existe

Pinta-se de branco o telhado da casa
Confunde-se o teto com o chão
Vê-se o horizonte da cozinha
Caminha-se pelos corredores
De um quarto ainda não construído

Cortinas se sustentam ao ar
Lembranças se constroem com o tempo
E permanecem num espaço em branco
De um pequeno papel tingindo
Como a nossa vida

Inserida por rcassio

blasfêmia pura
não ligas para o que lhe foi dito
vãs palavras de algum sábio
voam pela respiração do dia
como aquelas
ditas no dia em que lhe disse
eu te amo

Inserida por rcassio

queriam que eu fosse como meu pai
desde que nasci tenho o nariz dele
o cabelo dele
os olhos
parecem terem sido copiados
puxou ao pai
parece com o pai
meu pai matou sua mulher
eu matei sua única lembrança

Inserida por rcassio

mais uma vez o ônibus
parou
detino final para alguns
para mim
é so o início
nasci há algumas horas
para pessear neste ônibus que Deus
não teve tempo de terminar

Inserida por rcassio

as estradas de Minas Gerais
são tão tortas que tornaram
o meu caminhar torto
e os meu destino sem ter como endireitar
Minas me fez assim
temperado embriagado rico
mas sempre com altos e baixos

Inserida por rcassio

o Rio de Janeiro me fez acreditar em limites
achava que era uma terra sem leis
tudo é de todos faço o que quiser
tentei até deixar Copacabana
mas a água me lavou
o mar me levou
sim
o Rio precisa de um fim

Inserida por rcassio

Autocídio

morro-me a cada instante
da desesperada dor da fome
morro-me em cada semblante
que se consome
no desesperado desabrigo
morro-me nos olhos
da criança abandonada
morro-me na juventude drogada
morro-me no pai sem trabalho
morro-me no filho sem atalho
morro-me na mãe
que se morre na família
morro-me na falta da floresta
morro-me quando se morre
o lago,
o riacho,
o rio e o mar
morro-me, enfim,
quando Pandora morre-se
(...e de tanto me morrer a cada instante
morro-me na palavra que se morre!)

Inserida por suallinda

JOÃO BATISTA DO LAGO
Nasceu em 24 de junho de 1950, em Itapecuru Mirim, Maranhão.
Se considera um poeta “surracionalista”
(palavra cunhada pelo filósofo Gaston Bachelard),
ou seja, “tal qual no surrealismo utilizo as palavras como objeto para alcançar o objetivo de uma ‘experienciação’ para uma nova realidade experimental, sacando-a do campo da simples epistemologia e introduzindo-a no campo daontologia pura; (...) isso sugere a desverbalização da palavra em si, de si e para si, o que significa a desconstrução do discurso da palavra ou do texto homófono, para constituí-lo e fixá-lo como ‘sujeito’ do discurso substancial, real e concreto”.
Outra paixão:
o jornalismo - profissão exercida há mais de 30 anos

Inserida por suallinda

Gilberlânea a nossa amizade é tão sublime,
È insurpotável para meu coração,Dilacerante para minha alma,Peturbador para minha mente pensar em viver sem você,
A mim só resta pedir a Deus que nos oriente para que nossos caminhos nunca se separem. Obrigado por cruzar meu caminho te adoro de um modo inimaginável.

Inserida por valrenicio

"Quem martela demais a mente, amarrota os pensamentos.
Quem pisa demais nos sentimentos, deixa pegadas de dor por onde vai.
Quem pisa na bola espiritualmente, perde a jogada, e faz gol contra.
Quem pensa e agradece ao Papai do Céu pelo trabalho espiritual que abraçou com amor e coração, não faz bobagens, pelo contrário, só faz golaços e joga bem nos campos da vida.
Os seus ‘passes’ são luminosos, é craque da vida, e a toda hora dribla o mau humor e enfia a bola por entre as pernas do ego.
Quem não corre do jogo espiritual, nem nega fogo no serviço pelo qual é responsável, é craque de Deus.
E a bola das experiências continua rolando pelos campos da vida...
O craque não pisa nela, e ela gosta dele, pois os seus ‘passes’ são luminosos."

Inserida por erika24

seu amor foi uma coisa que eu não vi
seu amor foi uma coisa que só me fez iludir
seu amor foi uma coisa que quero pra me servir
seu amor foi uma coisa que você nem soube seguir
seu amor foi uma coisa que sempre me fez rir

Inserida por jadhysson