Versos de Solidão
Um dia me disseram que a tristeza e a solidão poderiam tornar-se um ciclo vicioso. Não entendia o porquê! Hoje percebo que pode ser uma verdade. Mas para mim, não parece ser tão ruim agora. O que para muitos é minha depressão, para mim é um encontro comigo mesma. Preciso de um tempo com minhas emoções, entender melhor o que se passa dentro de mim, e está preparada para enfrentar meus dilemas. Afinal, haja o que houver eu terei que ser forte. Quem está do meu lado jamais poderá tomar para si, as minhas dores. Não estou sendo dramática, mas sim, prática e realista. Não me vejo como vítima. Se assim fosse, estaria sendo a coitadinha agora,
esperando que fizessem tudo por mim. Não é o que espero! Quero ir em frente, e de cabeça erguida para minhas batalhas. Prefiro continuar com toda a força que sempre me sustentou até aqui.
Após dias, cansado e sedento
Num deserto de solidão
de um clima seco de sentimentos,
pude avistar a minha salvação,
meu momento de refrigério,
até poderia ser uma ilusão,
mas não, era uma ninfa de vermelho
que tinha vindo buscar-me
pra um oásis eterno.
Gotas de prata dançam no chão,
Lágrimas do céu em sua solidão.
Em cada gota, um suspiro ecoa,
O eco do amor que não se encontra à toa.
Nas ruas molhadas, passos vagarosos,
Cada um conta uma história de desejos.
A espera pelo toque, pelo olhar,
Mas a chuva, implacável, parece brincar.
Em cada pingo, um sonho se dissolve,
No ritmo da chuva, a saudade se envolve.
Mas em meio ao clichê da chuva e do amor,
Persiste a esperança, mesmo na dor.
A solidão e a tristeza só afetam pessoas fracas...
Fracas na fé
Fracas na esperança
Fracas no amor
Fracas na auto-valorização
Fracas na gratidão!
... imprudente
solidão é a que nos afasta
de nós mesmos...
De tudo que já somos; tudo que
lutando já conquistamos; e,
não poucas vezes, nos
esquecemos!
ETERNO BEM
Se achas que escreves bem na solidão da noite.
Então, te direi, não durma bem!
E, se disseres que isso não te fará bem
O que sabes sobre?
É algo que vive enquanto viveres.
Os poemas?
Ah, os poemas. Viverão sem enquanto.
A reciprocidade e a sólidão
A imensidão da solidão,nos faz está sempre procurando quem possa preencher o vazio, a falta de amor, carinho. Muitos procuram corpos, são insaciáveis cada dia buscando a beleza de um novo corpo. Procuram corpos como objetos de satisfação de seu ego e nem os vê como pessoas a quem ama, e se saceia seus desejos como animais famintos. Nunca estão satisfeitos. E procuram cada dia mais um rosto ou outro corpo que seja mais bonito. Né saciar seus desejos primitivos. Eu procuro a conexão de olhar, que quando ele me encontrar diga pra si mesmo é com ela quero está, e com ele um colo que possa deita, uma mão possa acariciar, que o desejo seja continuo, que seu amor me faça sonhar, ainda seja por um minuto viver o amor absoluto. E não alguns minutos de prazer com alguém que em primeiro poste de um rosto e maís um corpo mais bonito e assim em segundos já teria me esquecido.
antes a solidão me deixava triste, desesperada...sentia algo angustiante quando olhava ao redor e percebia que ninguém estava ali, para mim.
Nos momentos em que mais precisei, não pude contar com ninguém.
Mas hoje...eu me sinto livre.
Estar só me traz uma sensação de paz e tranquilidade tão forte, que eu não consigo sentir com mais ninguém.
A solidão não me faz mais infeliz. Na verdade, ela me traz um certo alívio.
Solitude.
O último brinde
Bebo à casa arruinada,
às dores de minha vida,
à solidão lado a lado
e à ti também eu bebo –
aos lábios que me mentiram,
ao frio mortal nos olhos,
ao mundo rude e brutal
e a Deus que não nos salvou.
Na solidão do silêncio, ecoam meus passos, sob o manto da noite onde os sonhos se desfaçam. No vazio do espaço, onde a alma se enlaça, a solidão me abraça, em seu eterno abraço.
É como se o mundo, num súbito suspiro, se recolhesse em si mesmo, deixando apenas o eco dos próprios pensamentos para fazer companhia.
É nesses momentos de quietude que os pensamentos se tornam companheiros indesejados, sussurrando segredos dolorosos e memória esquecidas .
A solidão não me assusta
porque penso...
E é no silêncio que penso melhor.
Mesmo em uma solidão imensa,
um mundo deserto
estou bem acompanhada
meus pensamentos... minha morada.
A minha solidão nunca é só
meus pensamentos... sua morada.
Viu? É por isso que a solidão não me assusta.
Deserto.
Multidão.
Solidão...
Falta tu por perto.
Saudades.
Passado que não passou.
Não saber onde tu estás.
Tu não saber como estou.
Silêncio.
Ausência de ti.
Saudades que me mata devagarinho...
meu balão de oxigênio... falta tu aqui.
Solidão, minha morada.
Solidão dia após dia.
Solidão com alegria,
tristeza que nada.
Todo o inferno está contido nesta única palavra: solidão.
Parada... feito morta.
Cansada... das vias tortas.
Triste... com a solidão.
Parada...sem coração.
Parei de querer amar,
parei de querer ajudar,
parei de querer meu ombro dar,
parei de caminhar.
Parada... feito morta.
Morta feito morta...
... e alguém se importa!?
Solidão...da humanidade natural condição.
Solitária toda pessoa... do mundo afastada
dentro de si fechada...
Uma redoma,
uma cabana,
um deserto...
só, sem ninguém por perto.
Um viajante solitário
refugiado, isolado,
na natureza morta
encontra um teto,
sente-se abrigado.
Abandonado de todos
segue o solitário...
atarefado
pra não se sentir tão abandonado.
Segredos do coração
Apenas fazia falta
Uma solidão tamanha
E no peito o desejo
Aquela vontade de te ver outra vez
Uns momentos
Uma história sem um fim
Um diário
São tantos segredos
Palavras que foram levadas ao vento
Mas você está aí
O tempo passa
Esquecer não dá
As lembranças insistem em ficar
Em meus olhos um flash
Momentos que fazem questão de ficar
E você aqui insistindo para eu não deletar.
Islene Souza
Enviado por Islene Souza em 27/04/2016
Código do texto: T5617704
Classificação de conteúdo: seguro
Na noite solitário já chorei
Naquela música emocionei
Na solidão eu já fui peão
Da dor eu fui escravidão
Tentei no vasto e no pouco
Odiei um momento ou outro
Já fui magoado e magoei
Amei, fui amado, e não amei...
JUBILA CANÇÃO (soneto)
Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu
Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão
Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu
E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
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