Versos de Melancolia
Saudade...
Saudade do tempo em que você descia todos aqueles andares para abrir a porta pessoalmente quando eu chegava em sua casa; Hoje você simplesmente me joga as chaves.
Saudade do tempo em que você lamentava pelo fato de muitas vezes eu ter que ir embora ao amanhecer; Hoje você simplesmente me dá um bom dia.
Saudade do tempo em que nos vermos era uma certeza; Hoje parece ser uma opção.
Saudade do tempo em que compartilhar os acontecimentos era uma necessidade; Hoje parece ser uma obrigação.
Bons tempos, saudade de você. Ainda tenho esperança que um dia você volte, tempo.
Uma breve reflexão sobre o tempo.
Me parece que incontestavelmente; nós só nos damos conta dele quando o mesmo já se passou. Sobre o devido valor, também. Nas noites difíceis, a alma navega sobre obsoletas paixões, as noções inacabadas de momentos que já não são mais. Um turbilhão toma o lugar de uma aparente paz; e a convicção do ser que crê que é, sucedida por um efêmero caos, entra em contradição. Em tempos assim, deliberar sobre o que se foi é quase que angustiante por que fomos felizes. Hoje, se somos tão demasiadamente felizes, o que será do futuro? Melancolia pelo que foi, ou alegria pelo que é? Inevitavelmente os dois. Sim, a vida é um labirinto de incongruências e dualidades do qual vivos, nunca sairemos.
"Ultimamente a morte vem me cercando...
Rondando a minha vida.
A dor, tristeza, angustia, problemas...
Tudo isso a minha volta.
Sinto-me como em um baile, antecipando o meu fim,
E nesse baile uma lamina é o ingresso que carrego em minhas mãos.
Hoje pretendo ficar com ela; a morte."
(Trecho de - A dama de preto - GustavoAleixo)
Sou a mão que acaricia o peito esquálido do cachorro
Enquanto ele me encara agradecendo o doce afago
Sou as mil borboletas presa no estômago teimando em avisar
Das mazelas que estão por vir e prefiro não acreditar
Sou o cabelo arrancando lágrimas doídas involuntárias
Pq cai em cascata na testa e nos meus olhos resolve fazer morada
Sou a vontade acima da vontade de me afogar no mar
Sou o canto da sereia embanando meus próprios sentidos
Ensejo
És flor ao sol, doura tuas pétalas!
Em translúcido olhar d’alma
Pureza enfim facina
Agita, por fim acalma.
O que sinto é de tristeza imensa
Afoga, sufoca, relembra
Angustia e compensa
A alma de solidão.
Embarco em meu mundo
Me desfaço, me junto
Em pedaços de incerteza
Que me move, multidão.
Me perco no passado
No caminho, buracos
Meus dedos, teu medo
Seguro tua mão.
E em meio a incerteza
De viver, ou virar presa
Vitimismo inconsciente
No fim, morrerão.
Desist'ância
Por que será?
Já não sinto mais saudades...
Saudades de certos, errados, passados,
que passaram num passo. Num poço. Num passo em falso, de mágica...
Ficaram de lado, em meio a tanta bagunça
Se entulharam, pegaram poeira e mofo
Morfologicamente, ainda são parte de mim,
Mas os desprezo, ou guardei muito bem a ponto de que, nem eu, quero encontrá-los.
Eu vou em busca da minha gloria ou pelo menos vou tentar
vou queimar minhas memorias e historias que eu não quero me lembrar
As pessoas só porque sabem a cor dos meus olhos acham que me conhecem e começam a me julgar
Não conhece minha dor e só sabe me esculachar
Me julgam e me cupão e eu começo a ligar , achando que elas estão certas eu me revolto e começo a me culpar
e assim eu volto pouco a pouco me afundar
sem querer caio no poço quebro perna e não consigo levantar
entro em aflição não conseguindo me salvar
Mas pelo bem das pessoa que eu amo, por favor joguem fogo la dentro fecha a tampa e me deixa queimar.
3. Pés
Num velório vi pés
Pés vivos
Pés mortos
Passos rápidos
Passos lentos
Passos rastejantes
Passos desfilantes
Passos e mais Passos
Sorviam à minha vista
De cabeça baixa num velório
Vi pés
...
Pés de pobre
Pés de rico
Pés inchados
Pés sofridos
Pés rachados
Pés delicados
Pés descalços
Pés calçados
...
Num velório vi pés
Que sustentam corpos
Pés que direcionam à caminhos.
Pés que correm
Pés que tropeçam
Pés que caminham devagar
Pés de corça
Pés que pulam
Pés traiçoeiros que dão rasteiras
Pés teimosos
Pés inquietos
Pés de criança
Pés de velho
Pés de princesa
Pés de senhora
Pés vi muitos pés
Não sabem que um dia toparão com ela?
- Passos da morte.
Intrusa traiçoeira insiste
Em cruzar existências
Toldar caminhos
Interromper belos ou sofridos Passos.
Andem! Corram! Dancem! pensava eu;
Num velório de cabeça baixa
Eu via pés.
É madrugada profunda
o vento das relvas bafeja
como se chamasse pelos guardiões da noite.
Meu peito é tácito e meus pulsos trepidam
Meus olhos são vaga-lumes encandecidos pelos faróis dos portos
Nenhuma luz trasmontana
Nenhuma estrela fugaz
Tudo é silêncio, escuridão e vazio.
Ave Maria
Quando tu vai,
a saudade chega e aperta,
mais do que aperta em saber que tu tá longe.
Quando tu vai,
meu coração se fecha
Até que chamo,
Mas ele nem responde.
E pra abrandar teu sumiço,
Rezo pro meu padrinho padre Ciço,
Pra afastar essa tua falta.
E quando tu chega,
faço dos teus braços, meus,
Do teu abraço,
o meu deus,
A ele entrego minha devoção.
Nessa vida de nordestina bruta,
Nem Maria Bonita atura,
Tem dias em que sou o cão.
E ainda assim tu me aguenta,
Foguenta.
Aproveita e fermenta essa nossa paixão.
Porque no teu carinho me vejo inteira,
Da tua vida eu sou prisioneira,
A quem interessar digo,
Não me alforrei não!
E se for castigo,
Tu têm sido meu pecado e minha perdição.
Mas me prenda em teus braços
Que eu digo ao delegado,
Seu doutor,
Não quero libertação!
Thaylla Ferreira Cavalcante
" A minha alma não descansa , nem de noite nem de dia.
Uma hora há esperança , na outra a ventania, que traz a desconfiança a suspeita e a agonia. Junto dela, o tormento a dor e a melancolia. A minha alma não descansa , nem de noite , nem de dia .
A minha alma não descansa , sempre tenho companhia.
O quarto de Elisa.
E agora, Elisa?
Seu quarto nu, na noite fria
Sua pele doce, de inocência macia
Seus lábios machucados, que agonia
E agora, Elisa?
Todos lhe deixaram, moça doída
Ausências imensuráveis, dores doídas
Elisa?
Era uma vez, Elisa...
EXAGERO
Que inferno,
Terror, horror.
Estou com medo,
Tenso, suando frio.
Estou aqui a muito tempo,
Ao relento,
Na chuva de dor e ódio.
Não sei ao certo,
Acho que meses já se foram,
Anos já passaram.
Perdido no escuro,
Sozinho,
Sem rumo.
O que fazer?
Como viver?
Como será minha vida,
Neste 1 minuto sem você?
Já estar chegando o Último
O meu The End..
O Último Ato e como um truque de mágica eu vou vira uma lembrança boa no seu coração
Sufocante
Gostaria de dizer tantas coisas, dizer o que eu sinto
Mas a chave foi perdida, sou um quadro vazio
Sinto falta dos sorrisos sinceros e do brilho no olhar
De olhar para a Lua e se encantar
Quando paro e tento lembrar, o cerco se fecha e a angustia domina
Quero ser real, sair da neblina
Se eu pudesse falar, isso que eu diria
Mas estou na pior prisão, que se chama minha vida
Sufocante
Gostaria de dizer tantas coisas, dizer o que eu sinto
Mas a chave foi perdida, sou um quadro vazio
Sinto falta dos sorrisos sinceros e do brilho no olhar
De olhar para a Lua e se encantar
Quando paro e tento lembrar, o cerco se fecha e a angustia domina
Quero ser real, sair da neblina
Se eu pudesse falar, isso que eu diria
Mas estou na pior prisão, que se chama minha vida
PRECISO DE VOCÊ
As minhas lágrimas não param de rolar.
O meu sorriso não consegue mais brilhar.
Aquele encanto que um dia me pertenceu,sinto que morreu.
Os meus sentimentos que eram doces se amargou.
Aquele amor que eu sentia,por minhas mãos se escoou.
Sei que agora meu olhar só chora,mas por favor não me deixe,não vá embora.
Preciso de você para reaprender a amar.
Sei que é você que vai reacender a chama que se apagou do meu olhar.
Para transformar toda minha dor em amor.
Para iluminar minha vida canta-me uma canção por favor.
Aquela que fala que você me ama e ao meu lado quer ficar,se isso acontecer juro que para sempre vou te amar.
Seus atos impulsivos botaram em perigo minha qualidade de viver
O amor que entorna alcança teus defeitos e qualidades
me deixa próximo de morrer
Nunca precisei ouvir mais que sua voz amaciando meus ouvidos ao alvorecer
Doces gemidos, que nasceram de uma nuvem de delírios, loucos de enlouquecer
O seu corpo em eletricidade me endureceu de choques
de prazer
Lindo, formidável
cérebro
corpo
tens
engrazo-te delicadamente
só do gosto piro
cada pingo
cada trago
derramado em você
Erros são orgulhosos
Observo de longe o sucesso alheio
Alheio você quem veio primeiro
mesmo sendo último me fez ressurgir
Antecipou aquilo que é dianteiro
O erro
Meu erro foi deixá-lo ir
Pode não ser pecado
Manter o orgulho ao lado
Mas a dificuldade me oprime
E a opressão é o que torna errado
Detesto lhe dizer
Detesto repensar
Em minha mente os cenários
Querem me matar
Não há antídoto para a alma atormentada, não há substância ou filosofia que preencha o vazio do peito – o vazio de sentir demais num mundo que valoriza o desapego, o vazio de amar e não ser amado, o vazio de sentir saudades de momentos e sensações que se perderam para sempre.
Trecho do eBook 'Pílulas de Esquecimento'
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