Versos de Despedida
Estrada de Ferro
De Edson Cerqueira Felix
30.03.2019
Uma despedida
Eu revejo as coisas
E quero me certificar
De que fiz tudo certo
Parece uma fraqueza
Mas tem um espírito
Dentro de mim
Que diz baixinho
E o desespero
De estar só
Muitas vezes é forte
Como um trêm
Desesperado
Com medo
Nos trilhos da solidão
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Ela foi embora, não me deu uma despedida nem informações do porque..
Apenas foi embora..
Tirou meu chão..
Perdi o ar..
Chorei como uma criança..
Sofri toda madrugada, lutando contra as lembranças e pensamentos da minha cabeça..
Quis fazer loucuras, planejei planos, pensei no pior querendo o melhor..
Porém nada mudou o que já era..
Então essa dor foi virando aprendizado, me dei um tempo pra por meu erros no lugar, assumi meus erros e perdôo os dela..
Hoje ainda dói quando as lembranças vem trazendo junto um mar de saudades..
Porém já lido melhor com isso..
E transformo meu antigo sofrimento..
Em desabafos..
Como este..
E agora me sinto melhor.
Escrevo uma carta onde as palavras soam com a sua voz. Todas elas compõem uma poesia de despedida indesejada. Daquelas que o nó não se limita garganta. Atinge o coração.
E cada vez que penso em como me fazer calar, sua voz invade meus pensamentos, como se fossem a caneta a conduzir a escrita da minha alma.
Não era assim, mas se tornou natural te fazer ressoar a partir do momento em que vc tocou em mim.
Mas acabou. Talvez não a tinta, que saem como lágrimas dos meus olhos, ou o papel que também chamo de vida, e sim sua voz que silenciou em meu peito.
Juntei os pedaços.
Colei-os
Refiz minha vida.
À antiga, dei um adeus de despedida.
Ainda sou pedaços...
Um quebra-cabeças
Montado
Que a qualquer brisa suave
Em mil pedaços se esparrama por todo lado.
Sigo bambaleando.
Na corda bamba da vida
Vivendo... existindo
Me refazendo...
Ao sopro forte do vento...
Às tempestades da vida...
Ao gosto amargo de certos dias...
Sigo... resistindo.
Último capítulo
Admitindo a perda
Em despedida
Herança de alma
O modo de ver a história
Valores que devemos manter
Entre este mundo e o outro mundo
Vantagem do pessimismo
Saga sobre ascensão de um véu ao sabor do vento
Regresso sem medo
Simples vidas que merecem ser ouvidas
Música que nos marca aquela pessoa
Devemos ser sinceros e não submeter as nossas ideias ao pensamento mais em voga
Devemos ser modernos,na defesa do passado e criativos na defesa da tradiçao
Por isso sobrevivo..........
(Adonis silva)12-2018)®r
A morte seria mais compreensível, se soubéssemos quando viria, e pudéssemos realizar uma despedida digna, mostrando o quanto amamos tal pessoa, e o quanto ela é importante.
Mas não sabemos, e nos esquecemos de abraçar, apontar a importância e dizer que ama; parece que desprezamos o que podemos fazer, e valorizamos o que não podemos mais.
Na revolta a voz do silencio é despedida,
está derradeira viravolta,
o suplicio torna se a revolta.
para ter se a verdade dos sentimentos...
lagrimas no silencio...
nada mais se tem...
o desespero,
nada mais...
posso de pedir algo,
apenas o vazio.
Despedida silenciosa
É como dois ponteiros,
juntos, uma hora ou outra
Se afastaram com o tempo
sem saberem que tempo
era tudo que tinham
Quando ele passasse
Juntos estariam
Uma hora ou outra,
em silêncio,
juntos para sempre
se o tempo parasse.
amor despedida dessa vida,
que viva seja essa por sua sina
em tantos redemoinhos dessa vida,
seja apenas um beijo até fim,
sendo puramente um sonho,
desejo perturbador,
seus lábios em chamas
num clássico,
virtudes que atravessam eras,
na paixão que destrói mundos,
proibidos desejos...
A MORTE
Oh! dor negra! O adeus tal breve fumaça
Chora o pesar, a despedida em romaria
E vê despedaçar, amealhar a mágoa fria
Por onde o cortejo da saudade passa...
Mói o aperto no peito, sentenciado dia
A noite sem sossego, o acosso devassa
E só, trevoso, e o silêncio estardalhaça
No horror desta ausência, lamúria vazia
Oh! Jornada! A sofrer, fado de hino forte
Olhar molhado, e a alma cheia de pranto
Tinhas junto a vida, tendo tão junto a morte
Partiste! Denotando está infesta loucura
Trocaste o vital por este sossego santo
Desenhando na recordação tanta tristura
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/09/2019, cerrado goiano
Despedida de meu irmão Eugênio
Olavobilaquiando
_No torno de tantas rosas sentimentos mortos_
_Neste espaço a voz perdida no seu algoz a despedida_
_Tão breve despedida o tempo abandou seus sonhos_
_Quando mais a quis tudo o que tive se transformou em cinzas_
_No profundo sentimento desdenho tanto a singularidade_
_Pois naveguei por caminhos estranhos com espinhos_
_Ainda assim amei cada instante ao seu lado_
_Até que ultimo instante parecia ser o final da vida_
.... só me dei conta das profundezas
onde retorcidas raízes são arrancadas
na despedida e na derradeira separação....
Procurei sol brilhante que aquece mais
que uma família inteira em horas tristes
e lança fé na prece e intercessão divina...
Sei que no firmamento colorido é você
que perdura nalguma estrela a doçura
que me fez valente a procura de justiça ...
foram-se minhas esperanças perdidas
pois chegou hora do amor encontrado
a revigorar minhas forças a cada dia....
Abandonada...
Tanto sofrimento sem um abraço pra calmar a dor
Tem se quer uma despedida pra tamanho sentimento
Dói como dói
O desprezo de quem jamais
A gente espera a dor.
Nunca vou perdoar você por isso!
Sua covardia me consome
Mesmo depois de tanto tempo
É melhor ter curado a dor dela
Secar as lagrimas da adultera
E abandonar a sua família
Você pra mim foi um covarde
Não merece se que meu perdão
Vai la espero que um dia ela lhe de o troco
Tão merecido que você merece
E não se esqueça que um dia
Quando você voltar, direi
Eu te falei, que isso iria acontecer
Agora, pegue o rumo da sua vida
E esquece que um dia teve família
E se eu me arrepender vai ser de nunca ter lhe dito
Que você é um covarde!
Shirlei Miriam de Souza
Os Santos que Você Invoca
Eu levo comigo todos os santos que você invoca na despedida
e guardo seu adeus como um retrato em minha retina.
Com suas lições construí uma catedral de pedra e luz
e tento honrar o chão firme em que você caminhou.
Da verdade que sempre lecionou fiz um escudo e um colar
e me banhei no oceano de um amor invencível.
Eu rezo seu terço e canto sua novena.
Homenageio seus mortos e saúdo seu passado árduo,
de dias vencidos pela mais pura vontade de ser família.
Uma mãe é um castelo, uma torre, uma ponte.
É um rochedo onde o mar chora sua solidão, cansado dos dias.
É a música que o vento toca no entardecer, saudoso.
Uma mãe é a nascente límpida de um rio que não tem fim.
Tenho-a como um campo sereno na tempestade da vida,
sua lembrança é meu lar em qualquer lugar.
A Despedida
seus olhos cortavam como uma espada
da sua boca nascia uma tormenta
me aquietei
como um velho na escuridão
era um barulho incompreensível
um zumbido de elefante
uma voz aturdida
talvez demente
a despedida
dor latente
ainda ouço cada gota
que pingou de sua boca
a descarga do vizinho
era noite
madrugada
em sua vida
sou mais nada
momento obscuro
detalhes das sombras
deixados em alguns momentos,
despedida pouco a pouco,
desdenho um sonho que terminou
pura morte que te amo de verdade,
ser eterno pura morte,
no veneno a perfeição,
no instante que a encontrei
desejo único transcende
a eternidade me espera,
num sono profundo e tardio
suas lagrimas derrama sangue,
entre esses instante tentei chora
tudo secou como um deserto.
Suor no toque dos lábios
Nervosismo canta a despedida
Quando excluiu meu contato
Perdemos contato de vista
Meu amor dinamite no pé da barreira
Seu ego é muro de Berlim
Despedida
Fiz hoje uma despedida
Me despi da alegria vivida
O passado não volta mais.
Ilusões- simples sonhos
Partículas ou pó suspenso
Não erguem construções
Nem causam, por si só, ações.
