Versos de Comedia

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A maioria das pessoas de ação estão inclinadas ao fatalismo, a maioria dos pensadores acredita na providência.

Tenho dificuldade de entrar numa sala cheia de gente e dizer qualquer coisa. Não gosto. Não gosto de fazer conferência. Não gosto de discurso, não tenho a empostação de voz necessária, não tenho a presença de espírito. Geralmente, tenho respostas muito boas em 24 horas depois.

Não te confessarei o meu sofrimento, porque ele te faria desgostar de mim. Não te farei censuras: elas irritar-te-iam justamente. Não te direi as razões que tu tens para amar-me, porque não as tens. A razão de amar é o amor. Também não me mostrarei mais, tal como tu me desejavas. Porque tu já não desejas esse.

A autoridade se baseia na razão.

Esquece-se o real e palpa-se o impossível.

Machado de Assis
Falenas. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1870.

Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

A verdade é que nós amamos a música sobre todas as coisas e as prima-donas como a nós mes­mos.

Machado de Assis
Gazeta de Notícias, 9 set. 1894.

Sem a crença em uma vida futura, a presente seria inexplicável.

Julguei que o Homem resumia os homens, tal como a Pedra resume as pedras. Confundi catedral e soma de pedras, e, pouco a pouco, a herança desvaneceu-se. É preciso restaurar o Homem. Ele é a essência da minha cultura. Ele é a chave da minha Comunidade. Ele é o princípio da minha vitória.

Como um político nunca acredita no que diz, fica surpreso quando outros acreditam.

Um Homem não é mais do que outro, só faz mais do que outro.

A linguagem é labirinto.

O amor tem o poder de nos cegar para detalhes que pertencem a imprecisão.

Procuro alguém não para me encontrar e sim para me perder.

Na vida você tem de escolher entre tédio e sofrimento.

De todas as aberrações sexuais, a castidade é a mais estranha.

A morte é angústia de quem vive, e a solidão é fim de quem ama.

O que importa notar é que todas essas multidões de mortos – por uma causa justa ou injusta – são os figurantes anônimos da tragédia universal e humana.

Machado de Assis
Gazeta de Notícias, 23 fev. 1896.

Mas, onde cessava ali a realidade e começava a aparência? Vinha de tratar com um infeliz ou um hipócrita?

Machado de Assis
Helena (1876).

"O que falta a muita gente para ser feliz ,é ter sido infeliz."