Versos de Amor para quem Mora longe
Eu quero ser seu amor, seu querer.
Ser sua mão amiga e seu abraço.
Quero ser a fantasia que te ilumina;
a cama que te refaz do cansaço.
Eu quero ser o motivo de teu riso
mesmo que seja de uma piada sem graça.
Quero ver teus olhos brilharem maliciosos
quando sentir que a minha mão te enlaça.
Quero ser a brisa da noite que te acalma;
sentir contigo o medo de adormecer;
Quero ser o pior de teus temores,
a vontade de tudo esquecer.
Quero ser a tua sede de carinho;
a vontade de sentir teu coração pulsar.
Ser o seu pensamento ansioso a espera.
de ver meu olhos a te olhar.
Eu quero ser a sua luz ou suas trevas.
A pessoa mais certa para estar ao seu lado.
Quero te fazer feliz......
apagar de seu coração o seu passado.
Não pra te fazer esquecer o que já vivestes,
apenas para poder te dar nova vontade de viver.
Quero ser seu carinho amigo, simples e verdadeiro
e junto contigo.. deixar-me renascer.
Não há nada
melhor que o abraço de uma saudade,abraco gostoso, ombro de um amigo,de um amor,de quem a gente ama e o gosto de um gostar...
"Viva o Amor" !
Ele tem muitas faces, muitas fases...
O que importa é vivê-lo
alegremente,
intensamente,
eternamente...
Cika Parolin
MUNDO BONITO
Meu amor,
O mundo é tão bonito,
A natureza é sábia,
A sabiá declama seu encanto,
As estações têm suas cores singulares,
A lua tem seus loucos,
Seus lobos e suas fases
E o amor tem a beleza da vida,
Os mares têm suas ressacas
E os bêbados têm cirroses hepáticas
E as calçadas,
Têm angústias que embriagaram seus dias
Lembranças vadias a namorar nas praças
Em passados remotos
Quando não menos que tolos
E de paixão embevecidos
Achavam que o amor era belo
E o mundo bonito.
Amor, substantivo abstrato.
Dois, numeral.
Pessoas, plural.
Planos, sujeito indeterminado.
Sentimentos, singular.
Nós, sujeito oculto.
Eu, metáfora.
[...]
#4- CARTAS DE AMOR
Cartas de amor, quem as não tem? Ou pelo menos, desejaria ter?
Um aconchego reconfortante da alma que sacia o ego e faz o coração bater mais forte.
Um SER-SE O TUDO de ALGUÉM, expresso em ternas e doces palavras que se acredita não serem vãs.
Um ALGO inebriante eternizado num pedaço de papel que se lê e relê quando impera a distância, a ausência prolongada, a saudade…
Um ALGO, em nada, mas absolutamente nada ridículo … ainda que todas as cartas de amor sejam ridículas, como lá diz o poeta, ou então, não seriam cartas de amor.
