Versos com Rima das Estacoes do ano
Ao contrário. Se era assim, podia ser, e se fosse assim, seria; mas como não é, não é. Isto é lógico!
Eu podia jurar que você ia me fazer feliz, mas não! E agora você chega e diz porque você está tão fria? E eu vou lhe responder, porque um otário quebrou meu coração!
Vontade de falar
vontade de sumir
vontade de falar com vc
vontade de te ver
vontade de estar ai
vontade que me faz sorrir
vontade que me faz ter raiva
vontade de me excluir
vontade absurda
vontade de te ter
vontade de ficar com vc
Poeta, quando te livrares
da ilusão arcaica da rima
saberás compreender
o enigma que Ariadne,
a musa de Apolo
te soprar...
....então serás capaz
de alcançar uma obra-prima...
Para o poeta, a rima é uma possibilidade, não uma necessidade!
Não é poesia aquilo que a rima obriga, por linhas melódicas, mas a soma das duas essências, poeta e poesia.
Evan do Carmo
Poema para tantas coisas
poesia pra isso e aquilo
rima de coisa tola
desejo de falar
o que de fato não se faz
não é o motivo que justifica o poeta,
é a obra, se for única, autêntica..
Amar não é arte nem fingimento.
Pela obra se conhece seu autor
a falta de zelo pela língua
o desleixo com a palavra
o exagero em adjetivos
não são motivos para representar algo singelo
como a beleza do mundo
que se encontra em ambos os sexos.
A poesia se expressa melhor em símbolos
na sutileza de quem deseja e não faz
na curva da estrada que dá medo
no olhar da mulher livre e sagaz.
Sou verso sem rima
Que tenta se expressar
Sou música e melodia
Tentando te encantar
Sou estrada sem destino
Que percorre sem saber
Um sonho a realizar
Lutando para acontecer
Sou alma solitária
Em busca de um abrigo
Sou coração que procura
Um abraço de um amigo
Sou pequena em imensidão
Destemido em força e voz
Sou a poeira que dança no caos
Facho de luz, aquarela azul-lilás
REDUNDÂNCIA (soneto)
Por que me vens, com a mesma rima
Por que me vens, sofredora na trova
És porque vive assim querendo prova
Ou, então, lembrar-me da autoestima?
Por que levanta a tua voz, que sova
O coração, já amassado. Me anima!
Pois é tu, que do amor me aproxima
E não o contrário, a que me reprova
Vens acordar o que repousa fagueiro
O que de melhor há no poético raiar
O que vive romântico, assim, faceiro...
Ah! esqueçamos o que possa tardar
Nas tuas linhas eu sou o seu cavaleiro
E de minh’alma a doçura quero poetar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
PERDURAR
Se poeto verso cheio de piedade
Com rima leve de coração gentil
Retalham-me inquieto e tanto vil
Com a poética cheia de vaidade
Não quero maldade, nem deidade
Tão pouco um cântico mais hostil
Mas sim, sensato, amoroso e sutil
Feito com sentimento e suavidade
Meu amor delira, meu peito chora
Sinceramente, no prosar e, assim
Embriagado na inspiração, aflora
Ah! Paixão, dá-me o tom no viver
Tira a exclusão de dentro de mim
Para não deixar a emoção morrer.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 maio, 2024, 12’28” – Araguari, MG
SONHO, QUE SONHA TANTO
Embalara a rima em um cântico
do sentimento, que d’alma salta
a minha paixão, e que se exalta
e vê arfar o coração, romântico
Como o delírio corre semântico
na ilusão, cantam eles na ribalta
e nem uma saudade ali me falta
compondo o encanto gigântico
Deixe-me cantar o ardor infindo
amar e reviver. Quero, sentindo
pressentir o meu verso sedutor
Não me despertes, até quanto
houver sonho, que sonha tanto
pra não tirar da poética o amor.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11/09/2024, 19’54” – cerrado goiano
AUTO SONETO
Rima soneto, o meu eu sem detrimento
Diz ao verso a perfeita e a real melodia
Se de sintonia, alegria ou de nostalgia
Traz à flor da pele o capricho do talento
Revela que sou sensações em categoria
Da alma, da emoção e do pensamento
Na dor, amor, que eu sou toada e alento
Anatomize o meu eu poético com eufonia
Vai soneto, me revelando a cada tento
Em loas de aprazimento duma parceria
De que na prosa eu vivo de sentimento
E neste último terceto, desta biografia
Deixo a minha paixão pelo letramento
No meu encruzar, imortal, só a poesia!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22, agosto, 2016 - cerrado goiano
SONETO OCULTO
Tua poesia veio a mim. Donde viera?
Que canto? Que harmonia? Encanto
Rima doce: - tão sossegada quimera
De leve compasso verso sacrossanto
Inspiração de furiosa paixão sincera
Magnetizando os meus olhos, tanto
Em cada estrofe, que o ledor espera
A todo a leitura, e a todo o recanto
Ai! eu nunca mais consegui esquecer
A fleuma das trovas que ali exalava
E em cada linha o sentimento eleito
E a emoção subiu ao peito sem conter
Os suspiros, que cada verso provocava
Ah! versar: terno, amoroso e perfeito!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 22’32” – Cerrado mineiro
Oásis da minha rima, alucina, azucrina
Minha cafeína, você na minha vida
Meu antídoto e minha toxina.
SONETO DESABITADO
Ao poema que roga, desesperadamente
De saudade, separado de sua rima ideal
Onde o coração sofre o afeto ali ausente
Nas desventuras em que se vê sem o qual
Não lhe basta um amador simplesmente
Nem só o gozo duma trova que seja a tal
Nem o simples desejo, deseja vorazmente
O compasso do beijo, num versar musical
E as poéticas inspirações que lhes somem
As quais quisera... paixão cheia de pureza
A esperança de quere-las lhes consomem
E os vazios do sentimento no seu cantar
Compõe solidão, em uma maior baixeza
Escrevendo dor, sem o amor para poetar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 18´12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Hoje, a saudade de ti. Veio. Donde viera?
Dum vazio? Ou do silêncio que profetisa
Rima de dor. Ou do amor, quem me dera
Tua lembrança me veio como acre brisa
Vi-te primeiro o sorriso tal a primavera
Em flor. Depois me veio o que divisa
Tua alma da tua tão especial quimera
E de novo me encantei a graça concisa
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020 – Cerrado goiano
RIMA PEQUENA...
Fascina-me a paixão de imposição serena
sensações quinhoadas são as mais bonitas
esboçada na emoção ... - tão mais infinitas
um desejo cercado de terna ventura plena
Como a satisfação de uma desejada cena
as sinas de amar, por certo, são escritas
nas estrelas, porém, são sortes benditas
do idear, onde o querer é vontade amena
Me prestaria tudo, assim, humildemente
a paixão livre do que uma falta condena
pra ter-te afinal no meu poetar presente
E, não te ter fosse, então, a minha pena
ter-te no silêncio seria dor eternamente
duma poesia carente e de rima pequena
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 12/08/2021, 09’58”
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