Verão
A espera do meu Eu
São versos de verão,
A espera de alguém,
Que possa me mudar,
Chegar sem ligar,
Sem dizer,
Sem sofrer.
E que apenas num olhar,
Faça me estremecer,
Transpirar,
Sem chorar.
E que ao ler os velhos textos,
Coloque me num lugar,
Tranqüilo , calmo e sereno.
Sem pressa de mudar,
O que o tempo irá alterar.
Muda se a estação
Inverno, dor, frio e tremor.
E me pego a esperar,
Aquele alguém a atravessar.
Minha vida pra mudar.
Deparo me ao espelho,
Assustado e tremulo me percebo.
Encontrei alguém que tanto aguardei.
Tenho medo quando no verão o sol queima minha pele e o vento fresco sopra em meu rosto, o céu azul e o brilho do sol iluminando tudo, pois sei que nada tão bonito dura para sempre. Sou adepta dos dias frios, em que debaixo do coberto me aqueço e ali encontro segurança.
Equipamento de salvatagem e segurança...
A se confirmar minhas pesquisas nesse verão e pelas recém postadas fotos no Facebook, breve a Marinha vai exigir que camisinhas sejam incorporadas ao equipamento de lanchas e iates.
O ataque de periguetes a qualquer coisa que flutue pode significar perigo a quem não dispuser desse equipamento sempre à mão.
Aliás, pode significar literalmente ficar “na mão”
Brilho
O verão morre aqui e eu poderia também
Em algum lugar abaixo
Onde o chão é feito de estrelas e tudo é sujo
O seu brilho é tudo que eu vejo
O seu brilho me deixa de joelhos
O verão morre aqui e eu poderia também
Em algum lugar abaixo
assim como aqueles dentro e na minha pele
e em algum lugar dentre ela
O seu brilho é tudo que eu vejo
O seu brilho me deixa de joelhos
Sem você nãu sou nada
Sem você eu não creio
Este lugar iluminado tem tudo
Mas este conforto não é o que parece
Não é o que parece
O que está entre eles é t udo que eu preciso
Seu brilho é tudo que vejo
Seu brilho me deixa de joelhos
Seu brilho me deixa de joelhos
4 vezes amor
Amor é vento:
brisa gostosa num dia de verão
e no inverno, tufão
É ímpeto planejado,
coração trancado
e escancarado,
tentativa falida
e por vezes esquecida
Bate suave,
rasga a pele de leve,
mete a mão no sentimento,
se enche
e nos enche
de incertezas, exclamações,
bate-bocas e travessões
Amor é figura de linguagem
das mais complicadas
Mente e desmente,
engana e desengana,
diz e não fala,
ama e desama:
amor é antítese,
paradoxo,
passado e presente,
tudo que nega e afirma,
tudo que se firma e desmonta,
todos os ventos do mundo de uma vez só
O amor me derruba feito furacão faz com casa,
árvore, prédio, coisa fixa qualquer
Rouba minha estabilidade
pra poder aparecer de novo no dia que quiser,
assim,
feito hoje.
Quem a lua trai,
ao sol será aquecido.
Quem amar uma só vez, não verá o doce verão,
partirá no inverno e deixará o outono florido.
Pois amar trará a recompensa dos ventos,
as carícias da chuva,
e a amargura da seca.
Olhe para o céu e deixe as nuvens te ver, deixa o azul permanecer.
Vá em frente e busque o sal da terra o sabor do mar e a tristeza do amar.
Para amar sem tristeza não merecerá alegria na dor.
Antagonismo...
As Estações
O Inverno chegou e eu continuo sem você.
Era verão quando nos conhecemos e quase outono quando nos beijamos.
Ficamos sob a chuva e a água pelo que eu me lembro não era tão fria.
Você estava tão lindo com sua cara de bom moço e todas aquelas palavras
Que me fizeram te amar
Hoje é inverno e mesmo quando chegar a primavera,
Será frio no meu coração, pois você não está comigo.
A janela continua aberta
A brisa noturna do verão,soprando,soprando
A bandeja com a xícara de café quente
Melhor ir beber,pois esta se esfriando...
Início de verão, setembro talvez fosse o mês. Não me lembro ao certo. Sou péssima com datas. Péssima com a hipocrisia. Ela não se encaixa em mim. E acho que sou péssima nesse lance de levar a vida. Não sei. Talvez eu só não tenha um talento específico. Sou extraordinariamente péssima com palavras. Sinto. Sinto bastante. Sou uma nuvem imensa de sentimentos, guardados, acumulados. E não sei ao certo para quem devo mostrá-los. Sou fechada, fria, arrogante. Talvez seja esse pessimismo todo.
À beira-mar
Decidindo à beira-mar
Por que orla caminhar, chegou o verão
Quente como sempre
E pra onde quer que olhe
Tem olhos sedentos, safados
Pele morena e corpos sarados
E o Rio com seu Cristo
Nos protege e abençoa
E mesmo em meio a tanto pecado
Nosso Cristo nos perdoa
Decidindo à beira-mar
Em que dia embarcar
Esperar as festas ou não
Mesmo apertando o coração
Quero é recomeçar
Em outro lugar
Também à beira-mar
VERÃO SERTANEJO
O coro das aves do sertão
trina e grasna em um
curto espaço do vento
Seu vôo curto no céu no
verão quente perdidos e
sem rumo sem deixar rastro
em braile.
O sol quente do sertão
arqueia em minhas veias
e cada leito do rio como
cristais brilhos.
Eu Sertão
Meu corpo ferido
cicatrizado pela
remoção da poeira.
Verão pela estrada
a pele queimada de
carvão.
O amor de verão
"Chega à parecer que irá durar muito tempo
O amor de verão é um dos sentimentos mais puro, e verdadeiro
que existe...
Só que como todo namoro de verão tudo começa e acaba na mesma estação.
Beijos secos e amargos, intocáveis e mal formados, titubeiam entre sólidas madrugadas de verão. Putrefatas, ratazanas de mil olhos e sereias penetrantes encontram-se diante da multidão, ingerem absinto e sermão, vomitam palavras afiadas e quadradas, inspiram espinhos e expiram ilusões, não sentem medo, não sentem nada, paulatinamente desencontram-se então.
