Poemas sobre o vento
ALVORADA NO CERRADO (outono)
O vento árido contorna o cerrado
Entre tortos galhos e a seca folha
Cascalhado, assim, o chão assolha
No horizonte o sol nasce alvorado
Corado o céu põe a treva na encolha
Os buritis se retorcem de lado a lado
Qual aceno no talo por eles ofertado
Em reverência a estação da desfolha
Canta o João de barro no seu telhado
É o amanhecer pelo sertão anunciado
Em um bordão de gratidão ao outono
A noite desmaia no dia despertado
Acorda a vida do leito consagrado
É a alvorada do cerrado no seu trono
Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano
Talvez eu seja a expressão que clama o amor mais precioso!
Eu planto o vento e sonho (ainda) com teu amor
Por um momento!
Este amor de eterna espera...
Na transformação o tempo passou...E
Sussurrei palavras de emoção
A tua alma...
se você sente a brisa do vento tocando em sua pele fique tranquila pois e meu toque suave a te imaginar se você choras por algum fiques tranquilo pois terás um ombro pra chorar se você pensar em mim me ligue para conversar pois não esqueça que sempre estarei ao seu lado seja eu amigo namorado noivo ou marido estarei ao seu lado seja pro que der e vier sempre vou te amar ide pendente do seu estilo da sua beleza você tando doente ou não você sofrendo ou não estando feliz ou não pois se for por você serei eterno amor seu te amo....
"Não me moldo ao sabor do vento. Minha essência permanece intacta, mas minhas ações refletem a forma como me tratam."
Deus não se explica, mas sim, sente-se no coração a Sua presença como o vento suave e doce para a alma.
Escrevo
Meu sentimento se perdeu no vento.
Por isso escrevo.
Nos dias tristes, alegria canto... em cada verso, o riso leve descrevo.
O sonho lindamente sonhado...
No papel é cuidadosamente desenhado.
O medo é enfrentado.
O choro... consolado.
Escrevo e fim.
Não importa se toca em você ou apenas em mim.
OLHA O VENTO PASSANDO
Olha o vento que vai passando,
Não se vê, e ele sopra sem parar,
Sobre os vales, nos verdes campos,
Nos amores que ficaram por lá.
Como eu queria ser esse vento,
Pra me envolver em teus cabelos,
Pode ficar nos teus sonhos,
Te defender dos pesadelos!
Muita vezes, sinto no ar,
Esse vento que sopra no meu rosto;
Sinto a brisa leve do mar,
Sinto te amar de novo.
Olha o vento que vai passando,
Varre os dias, vai embora
Corre os meses, segue os anos,
Mas não leva a nossa história!
Rodivaldo Brito - 01 de junho de 1980
Não tenho o que escreve...
Em minha mente,
Só à guerra.
Tristeza rebelde!
Com vento lá fora.
Irei continuar,
A tenta;
O querido bem da vitória.
De tantos confrontos...
Vou ser um dos escolhidos...
Para seres utilizados.
Para seres unidos.
Sei que parece besteira...
Mais lute até minha chegada.
Vou ajuda - lo,com apenas certezas.
Haverá milhares de nós queridos...tenha raça!
Flor
A Flor menina, renasce a vida do doce jardim
A Flor tão jovem, se foi com o vento, levando consigo um pedaço de mim
Se um dia te achar pelo chão rolando sozinha
Serão Pétalas cinzas
Refletindo a dor minha
Não te abandonarei como um dia por ti fui abandonado
Pois conheço o ardor e o poder de uma flor
Que jurou para sempre ficar ao meu lado
É um querer nato e profundo
Desejo todo do mundo
Uma leveza quando avança o tempo
Um pé de vento de felicidade
Vontade é feito bicho com asas
Por cima das casas sobrevoa altivo
Não tem nem motivo pra não se fazer
Anoitecer nos teus braços feito passarinho
Feito bicho que vive em vão desalinho
E retorna pro ninho ao entardecer.
Querer nato e profundo...
Desejo maior do mundo...
Vento
Oh vento, que grande brisa,
oh vento!
Vento que corre sobre as dunas do âmbito.
Vento que passa pela fronteira,
que contorna o cenário florido.
Vento de guerra, que bate sobre o soldado
de joelhos feridos.
Vento imundo, que sobre os moribundos
acaba em desgraça.
Vento, vento que recebemos de graça.
Quero viajar no tempo
Sobre céu que nos cobre
Mais rápida que o vento
Nos ponteiros do relógio
Sobre o quinto elemento
Como é bom tocar o céu
Quando se está dormindo
Na caneta ou pincel
Os sonhos vão surgindo.
- Israel Lima
Parar... Sentir... Por um momento
O movimento sutil do vento
Que toca a folha e faz cair
O ciclo eterno se repetir
Em cada dia, uma sensação...
Mudamos junto com a estação
A natureza grita, tirando o sono
Ela diz... Venham ver o Outono!
Talvez você não seja mais que isto: alguém,
de costas, tenta acender um cigarro ao vento.
E há este oceano abstrato que vem bater em nosso quarto.
É preciso cuidado, não são poucas e são altas suas ondas;
escuto, mas quem compreenderia a valsa monocórdia
dos afogados, feita de uma boca intraduzível?
O vento dispersa o que eu diria, não chego
a você, a seus ouvidos; assim também minha mão
que desmorona antes de alcançar seu rosto onde
do que entre nós alguma vez foi nítido embaraçam-se
os fios; o vento derrama seus olhos para longe,
dessalga e seca nos meus a hipótese da queixa;
vento da noite, que espalha suas pedras negras
no imenso metro entre nós.
Talvez o mundo mais perfeito seja apenas isto:
você, enfim, acende seu cigarro.
Recomece seu caminho
Seu amor se foi com o vento
Deixou escorregar na escuridão
Escapar na imensidão
Morrer no pensamento
Nas lágrimas se afogou
Seu desespero parou
O peso aliviou
Na chuva se molhou
Garota erga sua cabeça
Sorria de leve
Sua vida celebre
Seu caminho recomece
Seu jardim refloreça
Nessa terra celeste
Veio a noite, o vento,
a lua que se esconde,
uma estrela cadente,
que brilha de repente
e tão longe...
veio a noite, a mesma de sempre,
na escuridão de ausências
"O Tempo é o arrebato sutil
do inesperado vento.
O Tempo é o despir da alma
do que já não faz falta.
O Tempo é enxurrada
que leva o desalento.
O Tempo é o sopro divino
que dita nossa Sina."
"O Tempo"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso. Gramado (RG): Porto de Lenha Editora, 2017.)
NEM SAUDADES DE TI...
Deixo-me arrastar pelas águas
Sinto o vento me acariciar o rosto
Sou parte de toda a vida que me cerca
E nem saudades de ti, meu bem, eu sinto...
Sou completude de mim mesma
Tuas longetudes não me afetam
Tuas ausências já não podem me ferir
Porque estou sendo arrastada pelas águas
Águas azuis de um córrego manso.
Deixo-me embalar pela aragem fresca
Um cheiro de paz chega-me às narinas
A vida, por hora me fascina
Sou satisfação, assim, arrastada pelas águas
E nem saudades de ti eu sinto meu amor
Nem saudades...
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
