Vento
A minha dor, é o uivo do vento que se espalha pelo murmurar das folhas que caem no dia a dia das ilusões derradeiras.
De onde vem o vento
Às vezes fúria
Às vezes dormente
Astuto a driblar montes, mas espúrio
Pois de alguma forma se faz presente
De onde vem o vento
A trazer saudades
Como numa maldade
Ainda há de nos deixar dementes
Vento, ventania
Nos coloca em sintonia
Tira essa agonia
Minha mente grita em disfonia
Saudades dói, deixa a gente triste. Saudade é vento forte que varre a gente e nós deixa sem direção. Saudade é chuva fina, que cai os pouquinho e encharca e deixa um frio na alma. Saudade é sentir aqui dentro esse vazio que tua falta deixa. Mas ter de quem sentir saudade já é muito, para o vazio imenso que a saudade trás. E mesmo sendo a saudade triste,nunca será mais triste do que não ter de quem sentir saudades.
-Mery de Almeida.
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)
BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!!!
Hoje é dia de namorar
Namorar com o sol
com o vento ou com o mar...
Hoje é dia de sorrir
Sorrir para o vizinho
ou quem encontrar pelo caminho...
mel - ((*_*))
Menina das Cordas
Cavalgando de adorno a fantasia,
Tal como humano, a folha ao vento.
Sendo o tempo e a memória que não queria.
Puro nó bebendo da claridade
E da epístola, sendo ombros da excentricidade.
Curador de poucas verdades,
Sobeja pra ti os olhos e os tons das vossas bondades.
Clama os reinos e as tábulas, que flutuam hoje nas águas.
Rio de lágrimas, onde todas sois vós vossas majestades.
Deslumbrada e adornada a fantasia,
Plana, como voa o albatroz, pelas plumas da maresia,
Rumo ao mar e ao horizonte da voz,
Onde o clamor do por do sol,
Mergulha sobre a silhueta, doce mel,
Contornando de oiro os tons da tua pele.
Menina, das curvas e dos meus horizontes!
Se eu me apaixonar sem desdém,
Será pelo radiante azul do teu olhar
E pelo que advém, do teu sonhar!
Flauta de cordas e do acordar, fio de cerol.
Medida de pena, grandeza de mol.
Vossas majestades, perdoa de mim minhas verdades.
De fronte, vejo teus doces cabelos de oiro,
Encobrindo os ombros da excentricidade.
Coroa Elfos e cavaleiros de vossas majestade
Mãe terra, tua vida concebida sem pecado.
Chora rios, chora mares, chora alarvidade
Chora se de novo voltares, a parir humanidade!
Insónia
Na tua ausência, amor,
tem dias que nem um vento se sente. É como se a aragem entrasse pelas ventas do mundo, e no vão entre mim e ele, restasse um vazio. Um nada.
Na insípida madrugada, o desconcertante censo de vazio.
Acordado, fecho os olhos, e dentro de mim vou tateando na escuridão, lembranças que esbarram no peito.
Serenatas longínquas que o vento traz, embalando a insónia, feito ondas de um Atlântico.
Bailado de vida, vai vem de memórias e sentidos.
Na hora em que o mundo adormece, é quando o silêncio grita mais alto na saudade de um tempo que foi e não volta.
Constante, é este condensar o pensar nesta forma estranha de estar.
Vivi no teu peito, e na despedida de um beijo, morri.
A lua cheia vem clarear
a inocência desse amor...
O vento anuncia
a chegada da minha flor.
Cheiros do perfume
o aroma de uma rosa incendiou...
Meu coração por ti espera
uma paixão que encantou
meu peito senti um aperto
que meu amor vai chegar
é um sentimento inexplicável
que não a como parar...
Minha rosa já chegou
pulsou forte meu coração,
um brilho lindo nos olhos um amor uma paixão.
Então joguei tudo ao vento.
Poesias, raiva, ressentimentos, dores, alegrias, amores, momentos...
Tudo o que não era meu, o vento levou e deixou somente as coisas boas aqui dentro.
Olhei para o céu e agradeci.
"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." Fernando Pessoa .
É sobre esses momentos que venho falar. Momentos súbitos, repentinos, não planejados. Momentos em que vou de encontro a vida e ela em direção a mim. E o encontro acontece. Nada mais precisa de significado ou explicação. A vida me acerta em cheio. Quem olha pode pensar que é apenas uma paisagem, uma brisa, um vento ou um outro evento comum da natureza. Quem dera pudéssemos nos encontrar mais vezes.
Quando o vento da sensatez sussurra em meu ouvido, dissipam - se as nuvens escuras que obstruia a minha visão, minha mente se faz liberdade, minha voz se faz oração.
lombeira
passa lento a lentidão
devagar que dá canseira
o vento sopra mansidão
no cerrado dá lobeira
pasmaceira de vidão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
ESPERTINA (soneto)
O cerrado está frio, lenta é a hora
É tarde da noite, o vento na vidraça
Pendulando o tempo, tudo demora
E o relógio, em letargia não passa
A espertina virou no dormir escora
Tento escrever, mas a ideia está lassa
A vigília do olhar não quer ir embora
Viro, e reviro no liso lençol de cassa
Dormir? O sono no sono faz ronda
O frio na minha alma faz monda
E o adormecer em nada me abraça
Que insônia! O sino da igreja já badala
O galo da vizinha o canto já embala
E o sol pela janela a noite ameaça!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho, 2016
Cerrado goiano
sonolência
cerrado parado
tortos galhos sem vento
lento e ensolarado
sem movimento
o dia
preguicento
vai inventando nuvens em romaria
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Paráfrase Mário Quintana
hoje
hoje uma quinta feira
no cerrado hora primeira
o vento soprando
a alma se calando
hoje, tem entardecer
o dia pra viver
um segundo de cada vez
e outro talvez
hoje!
num balé de paradigma
só pra hoje!
Amanhã outro enigma!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
O vento que vem de lá
Entra sem eira nem beira
Descabela o mundo de cá
Abre a janela, venta e incendeia.
Ando fugindo das dores, lavando as cicatrizes da Alma ...
Me vestindo de mar, agarrando o vento com as forças do pensamento.
Cicatrizando o coração.
como unguento, uso a imensidão do mar, a grandeza da sua beleza.
Venho libertando lembranças, dando as asas a minha esperança...
Essa que me beija, me afaga, me mostra o tamanho do céu, a magnetude do universo, a leveza das flores, me apresenta a fé,
e me entrega inteiramente nas mãos de Deus.
Meu coração vem voando como pássaro livre, que voa lindamente, mas ama voltar e se aconchegar no seu ninho acolhedor.
----Lanna Borges.
A vida é uma vela acesa perto da janela e a morte é o vento que tenta encontrar uma fresta para passar e logo apagá-la.
