Vento
CÉU SERVADOR
"Custo a aspirar ao céu 
Tenso, servador, orlado, sem leito e sincrônico,
Que vigia o esquife deste mundo esguio e eclipsante, 
Estende regras e aspirações indolentes,
Quebranta com ventos imperadores os domínios caducantes,
Bloqueia os discos viçosos 
Na ideia de zarpar desta terra tão sulcada,
Descega os nervos e traduz os temporais,
Supera em vultos o enredo inventado
Por uma humanidade retirada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
MIÇANGAS DIVINAS 
"Em comprimidos pares de ternuras descascadas
Soei do vento a vista obnubilada por miúdas combustões 
Jorradas para vencer a castidade do meu estômago 
Sugado por ímpares consternações.
Destemi canduras em ombros embevecidos,
Titubeei por encarnar na vizinha tormenta
Empoçada no sopro acalmado 
O escuro descontente que ocultou a empunhadeira dourada,
Que me custou imergentes sevícias.
E ao misto pingo do fígado imolado, 
Controlei-me com miçangas divinas 
E engavetamentos aportados,
Enquanto meu arco bailado se aliviava 
Com imperatrizes bizantinas pelejadas
Em crentes encontros 
Com minha estatura afunilada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
DESTILAÇÃO
"Dessaboro o vento em póvoas no anverso 
Da desopilação braceada,
Retumbo o despejo no esforço da minha cremação ajuizada,
Desafino no córtex familiar por me satisfazer 
Com tendências nevoeirentas,
Rivalizo com dentes na contramão 
Do emolumento inovado de minhas cãs,
Apodero saciedades de polidez afiançada 
Por sépalas aminoradas,
Entranço suores regurgitados em monstruosidades desunidas,
Bifurco-me nos vultos que especularam 
A nave e a diáspora enodoadas." 
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
SERVO ENCANTADO POR SÚPLICAS
"Servo encantado por súplicas,
Não despejes mais que o íntimo 
Construído por tuas evasivas.
Quem reverencia dubiedades
Não decresce no espaço foragido.
Se fulminas o etéreo no esgoto inconsumível, 
Sovinas duas inércias:
Ao vento o escopo de estarrecer sagacidades
E ao rastro de curvas a inescrupulosa exculpação
Do mesmo exposto descurvado."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
IMBUÍDO SÂNDALO
"Suavizei as termas do meu espírito aviado,
Avistei os corpos do além-inverso em adoração,
Custando em mim o imbuído sândalo em composturas 
Com vícios para satisfazer ninhos rebocados 
No vento estagnado e ungido
Que enluvou no penacho da crisálida
Meu daltonismo visceral e sem calosidades."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Um viva ao vento!
O vento sopra os galhos finos e longos do cajueiro,que por sua vez esbanja o chão com seus frutos,matando a fome de um pobre menino que ali estava.
O vento empurra a maré contra a areia,formando ondas longas e tubulares e assim garantindo a diversão dos surfistas.
Até mesmo em um dia de verão quando o sol parece não dar trégua,ele aparece e dar uma sensação de frescor ao pobre pedreiro que no sol trabalha.
Sim,um viva ao vento que com toda  sua grandeza empina a pipa no ar...
REFILHO
"Enriqueces-me com tuas sobriedades invioláveis,
Incendeias o vento do meu norte ensoalhado,
Decodificas o cenho da minha bandeira mais entoada,
Cientificas o véu dos meus renovos,
Careces-me de tragos e contiguidades comovidas,
Envolves meus emolumentos coroando minhas eficácias,
Remites meus lemes com ardores descintados,
Entorpeces num vão de desassossego 
Meus canhões enviuvados,
Conferes meus córtices pela torcida mais notável, 
Glorificas meus retalhos por um orbe de simplificação,
Vituperas meus encontros clamando por minha desviuvez,
Nasces remoendo minhas vitórias desapoquentadas,
Enlaças meu viver enquanto admiro tuas vivacidades."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Brisa
Olhando pro ceu,
E a lua encoberta pelas nuvens,
O vento batendo nas arvores,
Uma brisa suave declinando sobre meu rosto,
E uma certeza de que a tranquilidade existe e esta proxima,
coração alegre em saber que vc esta aqui
Longe em distancia, mas viva em meu coração!
o rosto, o tempo há muito lhe levou, de nada serve pedir ao vento que não sopre, nem à geada que não queime...
Palavras 
Palavras ditas,
mal ditas, as palavras são flechas espalhando medo por onde passam. 
Palavras ditas, bem ditas, as palavras são flores espalhadas ao vento perfumando a vida de quem  tocar.
As palavras são curtas 
ou longas linhas, escritas pra ficar
ou partir sem voltar.
O tempo pede para o Senhor do tempo dar um tempo. O aviso vem pelo vento que faz história a cada momento, libertando memórias aprisionadas em seu próprio confinamento.
Então as palavras surgem
Como uma leve brisa que te tocou 
Elas vem e vão 
Como um sopro de um ventilador.
As vezes para destruír
Como um tornado ou furacão 
Más precisamos delas 
Como um sopro refrescante no verão
O vento na cidade.
Por um momento o silêncio tomou conta da cidade, não da cidade inteira, mas daquela rua, não um silêncio absoluto, mas uma pausa do caos.
O caos dos carros correndo, buzinando, os motores roncando, pessoas gritando, pessoas correndo e vendendo coisas. Havia apenas o som do vento e de um martelo em uma obra próxima.
Foi como se o vento estivesse trazendo a paz, a calmaria. Podia até jurar que ouvi pássaros! O som dos passos dados foram silênciados pelo som do coração e do sangue correndo nas veias.
Uma hora antes, ali mesmo havia passado carros de bombeiros com as sirenes ligadas. Horas depois uma manifestação de mulheres aconteceu.
No silêncio foi dito "obrigada por esse momento"... em pensamento.
E hoje são apenas lembranças, 
lembranças que se foram com o vento, 
lembranças que se perderam no tempo.
O tempo vai andando, correndo, voando... 
Tudo com ele vaivem e vemvai...
Novas fases, faces classes... 
Só guardo uma pergunta para todos esses momentos que vão e vêm:
Tempo Tempo tempo...
Senhor das terras que nos tragam 
Dos ventos que nos espalham 
Das águas que nos levam 
Dos fogos que nos pecam 
Diga-me quem sou Eu agora,
Qual de Mim levas Contigo 
E nos deixe em paz seguirmos
COMO O TEMPO E O VENTO
Onde eu vejo uma borboleta,
Branca, amarela ou violeta,
Deleite eu sinto em admirar,
Sua beleza me faz lembrar,
Não me deixa te esquecer,
Me faz sentir perto de você.
Quer você esteja aqui
Ou lá do outro lado do país,
Livre como uma borboleta,
Como você sempre quis.
Assim como o tempo e o vento,
Aparentemente tão banais,
Podem até mesmo esculpir
Rochas colossais
Cada borboleta que passa,
E não importa o que eu faça,
Faz meu sentimento aumentar
E em você me faz pensar,
Me instiga e provoca,
Meu coração toca.
Fim.
Ivan F. Calori
Hoje o vento me trouxe lembranças...lembrou meus sentidos de um amor vivido, sofrido, esquecido...
E hoje eu me sinto feliz, não porque sofri, mas porque vivi e vivo...intensamente.
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