Um Velho Pescador
Disse o velho índio à tribo, mantendo no olhar o brilho: “O que acontecer a terra, acontecerá a seus filhos”. É a sentença dada pela própria natureza, que mostra aos homens tão “fortes” a sua grande fraqueza; por não saber conviver, destroem só para fazer, da morte surgir riqueza.E assim despem a terra, de toda sua cobertura, deixando à mostra as feridas em sua carne batida, veias secas, sem poder levar a vida.Parece uma chapa quente expulsando os animais, os pássaros e os insetos; povos perdem os direitos, deixando de ser sujeitos, e vão se amontoando em alguns poucos locais.Em seu ventre machucado jogam os fortes venenos, como se fosse remédio. Os filhos que nela vivem misturando a dor e o tédio. Procuram sem resultado, o ar puro, que vinha de trás da encosta. Hoje a chuva cai e lava deixando os ossos à mostra.
De Janeiro a Setembro,vem outubro,novembro e dezembro. Vou falar do velho setembro. que em seus dias, trazem luz e vida. Setembro traz primavera, uma estação que bem diferente do que os homens a querem, é a estação das flores.
Flores e setembro, amor e poesia. Lendo, vivendo o amor em flor. Primavera, oh primavera, faz lembrar-me dos jardins, de rosas e jasmins. Não importo se tem espinhos, a rosa será sempre rosa que enfeitam os jardins, o jasmim sera sempre o incenso que perfuma, que cede aos encanto de sua beleza.
A gente deveria ser antes velho e depois novo.
Sábias palavras do meu avô Antonio Perez, repetidas tantas vezes que eu jamais esqueci.
Uma das raras vantagens de envelhecer é que o conjunto das experiências pelas quais passamos pode ajudar a não cometer alguns erros e para que não repitamos os velhos. Erros, que podem variar de simples enganos até os monumentais, que comprometem toda uma vida ou deixam sequelas irreparáveis.
A observação atenta, que só a experiência dá, pode fazer com que algumas vezes, em vez de aprendermos como os nossos erros nós os evitemos vendo os erros dos outros.
E se a nossa imaturidade não nos permitiu isso, é bom que alertemos os mais jovens, ainda que na maioria das vezes ninguém bata com a cabeça dos outros.
Primavera
Uma garota sentada em um velho balanço, de roupas de frio, pois o inverno castiga sua doce pele suave como um pêssego que ainda está a crescer naquele frio que assola o coração dela enquanto flocos de neve caem sobre seus cabelos.
Ela espera algo lindo, talvez espera que venha o clima que tanto ama e a luz que faltava nos dias dela, que se ausentava durante toda aquela terra branca e arvores quase seca.
Seu balanço de cordas, sussurram em seu ouvido com o vento o som do seu maior desejo escondido no seu coração, ela quer que nasçam flores em seus pés, ela quer ver pétalas voando por entre seus cabelos se emaranhando entre seus cachos dourados, ela precisa sentir o calor do sol aquecendo desde suas pálpebras fechadas enquanto estiver deitada sobre aquele gramado que tanto ama sentir o cheiro. Ela espera o frio ir embora, ela quase não agüenta mais, mas ela não o odeia, ela acredita nele, pois sabe que sem ele as flores jamais nasceriam.
Ela ama toda essa ordem, toda essa dança de sóis e luas nos céus onde as estrelas são a platéia dessa valsa, onde os dois bailam separados com a mesma musica chamada ‘’O tempo’’, essa dança jamais com um par.
Mas mesmo assim ela ama essa ambigüidade, ela agradece o sacrifício desse casal celeste, que nunca se juntarão pois sabe que essa garota jamais iria ver de novo o que tanto aguarda,o que tanto deseja sua doce e delicada primavera pois, com ela vem os pêssegos, e com eles aquele que ela tanto espera, esse fruto que ela tanto aguardou na verdade era um presente para alguém que viria com o tempo apenas pois, não tinha melhor presente para dar do que todo o tempo que ela esperou naquele balanço, apenas a prova de amor que ela tanto desejara demonstrar.
Mas ela sabe que aquilo um dia vai embora, o seu amor precisará partir, e com ele a primavera, como as flores que também irão, mas ela não chora, ela sorri, pois o que ela mais ama não é tudo que a primavera trás, mas sim tudo que a primavera deixa, as boas lembranças de abraços sob o sol erguido.Ela agradece a ultima lua da estação florida a nascer, e cumprimenta o novo sol do verão, que um dia depois de muito tempo se tornará outono seu irmão, e depois finalmente o mesmo inverno, onde na verdade começa tudo que ela mais ama, esperar e ver a primavera novamente a nascer.
Existem muitas coisas que os jovens sabem melhor do que um velho, mas não é a idade que torna alguém sábio, mas o que ele de fato sabe usar em benefício dos outros”
Nosso velho hábito de falar mal de alguma coisa após o término, simplesmente pelo fato de não ter se concretizado como pensávamos, avaliamos as coisas como ''ruins'' e dizemos que todos são exatamente iguais.
Há diferenças entre um caso e outro, não são todos os homens iguais, assim como não são todas as mulheres iguais, o que difere um caso de outro é caráter ( em alguns casos ) e preferência ( na maioria ).
Quando era jovem, de manhã alegrava-me, de noite chorava; hoje sou mais velho, começo duvidoso meu dia, mas sagrado e sereno é o seu fim.
O velho ditado versa que a palavra é de prata e o silêncio é de ouro. Corrigindo, a palavra é de prata, o silêncio é de ouro e latidos, miados, mugidos, relinchos, pios, canto de pássaros e todos os sons da natureza instintiva, são de diamante.
Como já dizia, meu velho caro amigo e conselheiro Freud: Vemos no outro nada mais nada menos do que nossas projeções, ou seja, se vemos o bem, ou o mal...Estamos sim, a falar de nós mesmos. Alcione Alípio
Um velho deveria ser um sábio,e o jovem um aprendiz,nessa sociedade controversa,os velhos virão desatualizados,e os jovens sábios,donos de uma sabedoria totalmente insignificante.
EU TE DESAFIO A:
-Não se achar tão velho para novos desafios, para novas conquistas, para mudanças...
-Não se preocupar com o que os outros vão achar de suas atitudes...
-Parar de pensar no que pode dar errado..
-Enxergar o que de verdade vc quer, e o que te motiva...
-Não ficar parado..
-Ir ao encontro de quem vc sente saudades...
-A amar... Amar muito, e em primeiro lugar a vida!
-Encontre um amor, um alguém que te faça...suspirar!
-Olhe para o espirito de guerreiro que existe dentro de você.
-E lute... Lute muito, não perca tempo...
Lute, para vencer o grande desafio da vida: SER FELIZ!
Luciene Vieira
Sou um bobo.
Me esqueço que o meu desejo é tão velho
quanto eu, que minha princesa
está toda enrugada.
Sorrisos que não cabem no tempo.
Pena!
Tanta saliva escorrida inutilmente.
Setas que não alcançaram o alvo,
espermatozóides nadando na cerâmica.
Dormirei com saudades..
E hoje eu acordei, sentindo o menino de ontem, o velho de amanhã e a metamorfose de ambos sincretizada em aqui dentro de mim. todos gritando em coro: desde sempre serei feliz hoje! fui-me!
Canta o galo em cima do telhado,
velho de podre a cair aos pedaços.
Dormem os campos serenos,
agitam à passagem de uma suave brisa,
que acompanham os meus passos.
Dormem sossegados já sem desassossego,
dos dias de férias passados na aldeia..
das idas à barragem do azibo,
água fresca,limpa ,de pedras e fragas.!
Caminhos de lama, trilhos de fragas, de pedras,
pelas ruas de casas caídas em ruínas,
onde as migalhas de pão caíam no chão,
de soalho, tábuas corridas,
onde outrora não havia fome.
Havia trabalho, trabalho duro, de sol a sol,
onde o pão não faltava e alegria também não,
ouvia-se o riso e o cantar das gentes ,
das crianças a ir para escola alegres e felizes,
com um pedaço de pão na algibeira.
Agora é só dor da partida, partida permanente,
onde vai-se e não voltam.
casas em agonias e tormentos onde,
os velhos gemem as suas mágoas, os seus desenganos,
embriagam-se nas dores que os atormentam,
prostram-se cansados pelos anos,
choram no banco da igreja, no banco de um jardim.
Perdem o rumo da vida, da alegria,
como se navegassem sem mastro, sem leme....
das aldeias perdidas esquecidas e dizem ..
estes velhos sábios das nossas aldeias....
Hei-de morrer algum dia!..
Corram, o sinal da Delfim vai abrir.
Corram, mas não morram.
Nem ponham fim nas barbas do velho sapucaí.
De preferência criem suas raízes as margens.
Na Vargem, na altosa Anchieta, ou na bela Margaridas.
Quem não ouviu falar das nossas Três Torres?
Rua Treze de maio, quantas histórias e ensaios de resistências.
Vintém e Mosquito.
Esquisito dizer assim desse lugar.
Nesse solo eletrônico e adubado,
Tomo água no filtro de barro dos lençóis contaminados.
Mas evidencio as marcas positivas,
Capivaras e garças ainda vivas ao redor das sapucaias.
A lenda do mato do Sanico, figuras marcantes de nossa população.
Muela, Matoso e "Jorjão".
O que sinto não é idolatria,
É gratidão.
Lembro-me bem daquele sorriso maroto
Um velho com alma de garoto
Nunca entendi por que continua aqui
Só sei que sacanagem, aprendi com aquele ali...
Grande homem, mas safado
Sempre soube que é muito amado
E de que adianta ser rabugento
Se todos sabem que ele é só barulhento
Nesse plano podemos estar sozinhos,
Mas não é por falta de amores e carinhos,
É só a vontade de se libertar
Para um dia poder a encontrar.
O tempo passa e os anos veem
E a velhice nos faz de refém.
É um cara faceiro,
Mas que ama, como ninguém no mundo inteiro.
O Novo Velho.
Esse jeito de nossa prosa
mais parece um galanteio
que conversa de gente nova
Dizem ser coisa de velho
Que preciso me atualizar
Pois para mim não importa
eu gosto sim !
eu gosto assim ,
como antigamente era bonito o jeito de se amar .
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