Um Texto sobre a Mulher Maravilhosa
A História Não Contada
O vento soprava forte sobre as águas revoltas. No horizonte, o sol se punha, tingindo o céu de vermelho, como se sangrasse em despedida. Nos porões escuros do navio, o ar era denso, pesado, misturado ao cheiro da madeira úmida e dos corpos amontoados.
Ali, entre as sombras, estavam aqueles que tiveram suas vidas arrancadas à força. Eram reis, guerreiros, mães e filhos, agora reduzidos a mercadoria. As correntes marcavam seus tornozelos, mas não podiam acorrentar suas memórias.
Dentre eles, um jovem chamado Obafemi mantinha os olhos fixos na pequena fresta de luz que entrava entre as tábuas. Ele não conhecia aquele mar, mas sabia que, além dele, havia uma terra desconhecida — e um destino cruel à espera.
— Meu filho… — sussurrou uma mulher ao seu lado. Era Iyalá, uma anciã que carregava no olhar o peso de muitas luas. — Se não podemos mudar o caminho, que o caminho não nos mude.
Obafemi não respondeu, mas apertou os punhos. Seu coração queimava com a dor de sua gente.
Alguns, em silêncio, decidiram que não seguiriam viagem. Preferiram entregar-se ao mar, nas mãos de Iemanjá, do que viver sob o domínio do inimigo. Obafemi os viu partir, um a um, dissolvendo-se nas ondas, e por um instante, pensou em fazer o mesmo.
Mas não fez.
O navio atracou dias depois. Os que restaram foram levados à força, empurrados para um mundo onde seriam vistos apenas como mãos para o trabalho, como corpos para o lucro. Chicotes cortaram sua pele, línguas estranhas tentaram roubar sua identidade. Mas dentro deles, a chama não se apagava.
O tempo passou. Obafemi sobreviveu. Seu nome foi mudado, sua voz abafada, mas ele nunca esqueceu quem era. Aprendeu a resistir, a lutar sem armas, a falar sem palavras. Seus filhos herdaram sua força, seus netos contaram sua história, e mesmo quando tentaram apagá-lo da memória do mundo, ele permaneceu.
Pois um povo pode ser acorrentado, mas sua essência jamais será escravizada.
" EMBUSTE "
Eis que ela fez a aposta; deu em nada!...
Jogou todas as fichas sobre a mesa
contando, displicente, co’a certeza
de, enfim, ganhar o jogo de virada.
O amor tem regras próprias, sem defesa!
Não deixa o uso de carta marcada
nem que se quebre a banca, se a jogada
negar o uso de total clareza.
Bancou seu jogo de fera matreira
e não notou o avanço da rasteira
que a levaria a, ali, quebrar a cara…
Nas mãos, as suas cartas deste embuste
mostraram-se, do amor, fora de ajuste
por vícios, por luxúria, farsa e tara!
Reflexões Sobre o Desabafo
(crônica)
É comum — quase corriqueiro — encontrar alguém que, no intervalo do café ou numa conversa despretensiosa, deixa escapar o peso dos próprios dias.
Despejam, sem cerimônia, as frustrações que apertam o peito:
o trabalho que exige demais,
a casa que nunca está em ordem,
o marido bagunceiro, ranzinza, pão-duro,
os filhos que não colaboram, que não estudam, que vivem grudados ao celular.
Falam dos pets que dão mais trabalho que companhia,
dos negócios que andam tropeçando,
dos sonhos adiados que já nem sabem se ainda são seus.
E a gente escuta — porque também precisa ser ouvido.
Porque falar parece aliviar.
Desabafar parece resolver.
Como se o simples ato de partilhar fosse suficiente para reorganizar o caos.
Mas será que estamos mesmo lidando com os problemas… ou apenas empurrando-os para fora, esperando que o outro nos ajude a carregá-los?
Será que desabafar, sempre, não vira um atalho para fugir de nós mesmos?
E se, em vez de apenas falar, a gente aprendesse a escutar… mas escutar a si.
Se olhássemos com mais cuidado para o que está dentro, onde os verdadeiros incômodos fazem morada?
Talvez, então, estivéssemos dando um passo além da queixa — rumo ao amadurecimento.
Porque crescer dói.
Dói encarar que, às vezes, o que mais nos irrita no outro é o reflexo do que não curamos em nós.
Dói perceber que não temos controle sobre tudo, nem todos — mas temos escolhas.
E, entre criticar ou ser exemplo, o segundo costuma ecoar mais fundo.
É preciso parar.
Nem que seja por um instante.
Um gole de silêncio entre as falas.
Um olhar mais suave sobre o mundo.
Uma escuta mais atenta para quem somos — e para quem estão ao nosso lado.
Pergunte-se:
O que me afeta, realmente?
Cabe a mim mudar algo?
Isso fala de mim ou do outro?
Onde está o meu papel nessa história?
Talvez a gente descubra que a vida não é sobre estar certo, mas sobre estar presente.
E que ninguém é perfeito — nem precisa ser.
Mas todos temos a chance de sermos mais gentis, mais compreensivos, mais inteiros.
Com o outro.
E, principalmente, com nós mesmos.
recado
hoje olhei para o nada
e me senti poeta
escrevi tanto sobre ti
que só escrevi sobre amor
(como de costume)
mas não se acostume
que não sou de ferro
que só me ferro no amor
(como de costume)
mas já vai se acostumando
que vou seguir te amando
te escrevendo poemas
meus lemas de amor
meus lemas dramáticos
meus mais queridos recados.
A pessoa tóxica e o narcisista só terão poder sobre seu mental, se você estiver disposto ( a) a tolerar o que eles fazem e quiser permanecer sendo menosprezado.
A sua dor não gera empatia, mas com certeza irá massagear o ego deles; o descarte é natural e os destroços que ficaram é você que terá que recolher.
O mau sempre deixará confortável aqueles que já estão sobre seu domínio.
Exibirá vantagens em uma vida em amar somente si e esquecer do próximo.
Focará em mostrar valor nos bens matérias ao invés dos valores espirituais.
Mostrará que uma solitária e mais lucrativa que a união familiar e com Deus.
Fará validar sempre o caráter dos outros e esquecer completamente do seu.
Convencerá que ninguém é confiável e o amor é um erro. Lembre-se, nenhuma árvore boa pode dar frutos ruins, assim como árvore ruim pode dar bons frutos.
Salvador
A lei foi regra sobre regra, para o povo de Israel; foi sacrifícios sem conta! Montes de holocaustos, que dificilmente o povo de Israel conseguiu realizar. Veja-se os primeiros capítulos de "números": Cordeiros, carneiros, bois e bodes para as 12 tribos de Israel! Difiicilmente alguém poderia fazer tudo isto.
Ora isto apontava para Jesus C deristo "o cordeiro sem defeito" que ele tirava o pecado do mundo! A lei apontava para ele, cujo sacrifício substitui todos estes holocaustos da torah! A salvação não é pela lei, mas unicamente pelo sacrifício de Jesus Cristo; a salvação não é pela lei, mas , por aquele que cumpriu toda a lei, em nosso lugar; Não Deixamos a lei, mas a cumprimos pela fé naquele que a cumpriu por nós, para que pela fé, nós a cumprissemos!
Foi dito aos Israelitas, que nunca pela justiça da lei, era possível a justificação do homem. Mas por uma justiça com um sacrifício, superior aos da antiga aliança; por um sacrifício não de touros ou bezerros, mas pelo sacrifício do Sangue do Deus vivo. Cujo sangue é capaz de justificar o homem; cujo sangue trás a verdadeira Justiça ao que nele crê. Jesus Cristo é que salva o homem e não a lei. "Pela lei vem o conhecimento do pecado"! Pela fé no sacrifício de Jesus Cristo vem a libertação do pecado! Toda a Torah, salmos, livros históricos e profetas, indicam isto! Só em Jesus Cristo há salvação.
Só naquele que faz parte da bíblia de Génesis a Apocalipse. Só nele, há salvação, justificação, santificação e glorificação! Ouvi isto vós que sois da nação de Israel! Ele é o vosso e o nosso salvador!
Sobre me parecer com eles...
Por Luiza_Grochvicz.
Às vezes me perguntam: com qual filósofo você se parece?
E eu fico em silêncio.
Porque me parecer com alguém é sempre também uma forma de não ser ninguém por completo.
Mas se for preciso traçar espelhos, que sejam espelhos em águas agitadas — nunca nítidos, sempre em movimento.
Com Kierkegaard, compartilho a vertigem.
Aquela dor silenciosa de estar vivo, de ser livre demais, de pensar tanto que quase se dissolve.
A angústia dele não me assusta — ela me reconhece.
Como se a alma dele tivesse escrito cartas para a minha, antes mesmo de eu nascer.
Com Clarice, é o sangue da palavra.
Não escrevemos — sangramos.
Ela também sentia demais e dizia pouco, mas o pouco explodia.
Clarice escreve como quem ama o que não entende. E eu também: escrevo para encontrar o que nunca procuro.
Com Camus, compartilho o absurdo.
A beleza de estar num mundo que não faz sentido, e ainda assim levantar todos os dias.
Ele era o silêncio das pedras; eu sou talvez o sussurro do vento.
Mas ambos sabemos: é preciso imaginar Sísifo feliz, mesmo com o peso da pedra.
Com Beauvoir, é a liberdade.
O incômodo.
A recusa em aceitar que viver seja só obedecer.
Ela pensava com coragem, sentia com lucidez.
Me inspira a ser mulher sem rótulo, filósofa sem jaula, pensadora com pele.
Me pareço com todos, e ainda assim, sou outra.
Porque filosofar, pra mim, é tocar o invisível com palavras.
É doer bonito.
É pensar como quem ama demais.
Oração Mágica de Lucius
Que os sete portais Cósmicos se abram sobre os quadrantes de toda minha existência; sobre meu espírito, Alma e Corpo. E que os "Magos" secretos do Destino de Deus, me sejam enviados com as "Mirras", os "Incensos" e os Ouros. Que a mim, de forma misteriosa, me sejam entregues os raros e valiosos Tesouros das Pirâmides do Egito, do Mediterrâneo, da antiga Pérsia e Babilônia, passados de geração a geração, apenas de Escolhidos para o Escolhido e a Escolhida. Que assim seja, e que seja sempre assim, AMÉM.
👑🙏🏽7✨7✨7🙏🏽👑
Tem dias .
Tem dias que o silêncio grita mais do que qualquer discussão. Não é só sobre não ter dinheiro… é sobre não ter escolha. Sobre inventar desculpas pra não ir, quando na verdade o bolso é quem responde primeiro. É sobre não ser chamado, porque já imaginam a resposta.
Nos últimos meses, o coração foi terreno de guerra: trapaças disfarçadas de acordos, traições que vestiam a roupa do amor e promessas que só existiram na boca de quem nunca quis cumpri-las.
É estranho como a falta de dinheiro não pesa só no bolso, mas na alma. Ela tira o ar, fecha as portas, e obriga o homem a engolir seco a vontade de sumir, só pra respirar em outro lugar onde ninguém o conheça.
Mas o homem que passa por isso e ainda se mantém de pé, sem devolver ao mundo o que o mundo jogou nele…
esse carrega uma força que ninguém enxerga, mas que um dia vai calar todas as vozes que o fizeram se sentir pequeno.
Não Me Encolho
O que eu sei é o que eu senti.
E isso já diz muito sobre mim.
Sobre minha capacidade de sentir, de estar presente, de querer algo além da superfície.
E por mais que isso doa agora, sei que não é fraqueza. É força.
É coragem de não viver na superfície.
É coragem de não me encolher por medo de ser “demais”.
Então escrevo. Não para ele, mas para mim.
Para lembrar que sentir não é erro.
E que a falta de resposta do outro não invalida a minha entrega.
Sobre o risco de não ser
Há quem passe a vida
a desejar outro lugar,
outra pele,
outro nome.
Acredita que será mais inteiro
se for como os outros,
se parecer com os que brilham,
se for aceite
nos salões onde se aplaude o vazio
como se fosse grandeza.
Mas o que brilha
nem sempre ilumina.
E o que parece
quase nunca é.
O esforço de parecer
rouba a paz de ser.
E quando se apaga a chama
do que nos tornava únicos,
fica apenas o eco
de quem já não sabe quem é,
nem para onde voltar.
Não há perda maior
do que perder-se de si mesmo.
Não há engano mais cruel
do que acreditar
que a dignidade depende do olhar dos outros.
Ser quem se é
— com verdade, com firmeza, com simplicidade —
é tarefa para os que recusam dobrar-se
à mentira do mundo.
É caminho sem prémios,
mas com sentido.
E só o sentido,
mesmo que nos isole,
nos salva do nada.
Quem rejeita a sua natureza
para caber onde não pertence,
corre o risco de não pertencer a parte nenhuma.
Nem aos outros,
nem a si.
Cuidado com a ilusão dos que se dizem grandes,
mas vivem de fingimento e vaidade.
Ser visto não é o mesmo que ser verdadeiro.
Ser aplaudido não é o mesmo que ser digno.
Acredito que não nascemos para caber em moldes.
Nascemos para ser inteiros.
A dignidade,
se é que tem morada,
não vive nos olhos dos outros.
Vive, talvez,
na coerência secreta
entre o que se sente
e o que se é.
E há uma solidão peculiar
em já não pertencer
nem ao mundo que se tentou imitar,
nem ao que se abandonou.
O que assusta não é falhar —
é perder-se no caminho
por ter querido ser outro,
sem nunca ter sido inteiro.
Reflexão
Nesta noite de terça, pensemos sobre a coragem de Jesus em continuar sua missão mesmo sabendo do sofrimento que viria. Ele não fugiu, não se escondeu. Ele amou até o fim.
E nós? Diante dos desafios, temos confiado em Deus? Temos caminhado com fé mesmo quando o futuro parece incerto?
Para esta noite:
. Silenciar o coração e ouvir a voz de Deus;
. Perdoar alguém que te magoou;
. Praticar a humildade e a compaixão.
A Semana Santa é um convite diário para morrer um pouco para o ego e renascer com mais amor.
“Sobre a resistência na Vontade de Deus
O excerto da preciosa Oração Dominical, que diz: "seja feita a Tua Vontade", deve ser entendido da seguinte forma ( também): que a vontade de Deus será sempre um desafio posto, no caminho de um Escolhido! Um momento, um longo período ou ainda, uma vida toda!
Significa que um Escolhido se deparará com circunstâncias adversas ao seu próprio querer, e será colocado sempre à prova, para se garantir se de fato estará sempre disposto a renunciar sua própria vontade, a fim de se submeter à grandiosa Vontade misteriosa de Deus. Acontece que, por mais grandiosa que seja a essa Suprema Vontade, Ela, sempre conflita com a vontade de um Escolhido porque todo Escolhido, sempre, em algum momento, achará que seu querer, é sempre melhor - porque é mais confortável -, do que a Suprema Vontade de Deus. Então, escolher sempre Sua Suprema Vontade, será o mais importante de seus desafios! E desafios esses que serão submetidos à prova, a todo instante!
"Sia fatta la tua volontà, come in cielo così in terra"
Às 09:02 in 15.04.2025”
Criaram uma lenda sobre mim
dizem que sou forte
dizem que sou luz
dizem que aguento tudo
mas esqueceram de perguntar
se eu queria ser muralha
se eu tinha escolha
se eu ainda tinha chão
me vestiram com a armadura da expectativa
e agora exigem que eu lute
mesmo quando não tenho forças pra levantar
ninguém quer ver a minha dor
porque ela mancha o que projetaram em mim
porque quebra a ilusão
de que sou imbatível
mas hoje
eu não consigo fingir
não tenho mais sorriso de reserva
nem palavra bonita pra aliviar os outros
não quero consolo
quero silêncio
estou a ruir por dentro
os pedaços de mim já não se encaixam
e tudo o que era esperança
virou pó
não me peçam coragem
não me peçam pressa
não me peçam nada
só respeitem o vazio que ficou
e me deixem reaprender
quem sou
sem essa dor
Pequeno tratado sobre a sinergia com a Deidade
A conexão com O Tudo Que Existe, Deus, faz com que o iniciado, convidado, que adentrara-se nas profundezas do arcano de Seu Ser, seja co-participante de Seu Todo-Poder, em TODAS as coisas. Falemos então dos três mais conhecidos ou falados, atributos da Divindade. 1- Onisciência! O iniciado na LUZ, conectado a Deus, faz-se, com Ele, co-participante dos segredos mais sutis e abismais, dos mistérios do Conhecimento. Sua mente eleva-se e expande-se, aos raios de todo horizonte cósmico-universal. Captando a essência mental do Universo. 2- Onipresença! Pois, conectado ao TUDO e ao TODO, Deus, sua presença está exatamente onde cada partícula de energia se encontra - em todo lugar! E 3- Onipotência! Pois, conectado ao TODO, Deus, passa a ser o receptáculo da Energia Divina, que controla, manda e submete a Ele, todas as coisas que existem! E até as que não existem mas que podem ser co-criadas com o poder co-criador que pode gerar todas as coisas.
Às 08:28 in 16.04.2025
PLENITUDE
Se sentir pleno, é sobre aceitação de seu ser, de sua vida, estar bem consigo mesmo, considerando você por inteiro, seus defeitos e qualidades. Somos únicos no universo, precisamos estar conscientes de quem a gente é, do que nos faz bem, do que não nos faz bem, impor limites, não precisamos aceitar tudo o que a vida nos apresenta, devemos ser seres conscientes que podem fazer escolhas e temos o livre arbítrio para isso. Quem a gente é, só a gente sabe, não somos perfeitos, mas somos seres incomparáveis, o mundo apresenta tanta coisa, o corpo perfeito, as roupas do momento, o padrão de beleza, o status financeiro ideal para se ter uma boa vida e, tudo isso faz com que a gente se distancie cada vez mais de nossa autenticidade, do nosso ser, dificultando também essa busca pela plenitude, por isso é necessário cada vez mais, termos momentos de solitude, de percepção de si mesmo, de reflexão, para que possamos desenvolver mais o autoconhecimento, pois se cada dia, pararmos e nos enxergarmos, vamos descobrir coisas novas todos os dias, vamos nos deparar que estar vivo, é sofrer a mudança de nosso ser diariamente, somos um universo de possibilidades, estamos em constante evolução e, para enxergar este processo de crescimento é necessário apenas observar, observar a vida que está acontecendo ao nosso redor e também no nosso interior. Quando buscamos uma compreensão melhor de nós mesmos, começamos uma caminhada consciente de nossa transformação, aprendendo a nos valorizar, aprendendo a nos respeitar, exercendo mais o desapego e aceitando mais a nossa individualidade. Logo, alcançamos pelo menos um pouquinho de plenitude, desta tão desejada mas não inalcançável, plenitude. Me pergunto, porque o ignorante existe? Porque o mal existe? Não podemos nos indignar com o que para nós é desnecessário, pois se está na natureza, é porque a natureza precisa dela. É a mesma coisa que pedir para o cachorro não latir, para a criança não chorar ou para o passarinho não voar. Estamos nessa vida, cada um, para cumprir uma missão, para também aprender uns com os outros. Portanto, precisamos aprender com o ignorante, a não agir com ignorância, precisamos saber que o mal existe e que ele também está dentro de nós, cabe a gente escolher como agir. Precisamos fazer o bem sem esperar nada em troca, assim como o olho olha e os pés caminham, eles não recebem nenhuma recompensa para agir de acordo com sua natureza. Nós, como seres humanos racionais, devemos agir sem esperar alguma recompensa. E nós como seres humanos, só alcançaremos a plenitude, quando deixarmos de lado, o que nos prende e, cada um sabe pelo que é dominado. Logo, compreender isso, é dar um passinho para essa constante metamorfose que existe dentro de nós e que acontece sem fazer o tempo parar.
2023
A Cruz e o Silêncio
Na tarde que se deita sobre o mundo,
o silêncio pesa mais que a pedra do sepulcro.
Há um homem suspenso entre o céu e a terra,
e o seu corpo é a ponte entre o abismo e o eterno.
Sexta-feira, dia sem cor,
em que o sangue se torna verbo
e o madeiro, altar de um sacrifício antigo
como o tempo que nos escapa dos dedos.
Não é a dor que nos salva —
é o amor que aceita a dor
sem exigir resposta,
sem exigir justiça.
Cristo não grita contra os pregos,
não amaldiçoa os que o erguem ao vento:
olha-os como quem compreende
que só o amor cego pode ver o mundo claro.
E morre, não como quem perde,
mas como quem entrega.
Entrega-se ao Pai,
entrega-se ao silêncio,
entrega-se a nós.
A cruz, então, já não é castigo,
mas espelho:
e nele vemos o que somos
quando deixamos de fingir.
Na Sexta-feira Santa,
não se celebra a morte,
mas a entrega.
Não se chora o fim,
mas o princípio escondido na última palavra:
“Está consumado.”
E o mundo, suspenso com Ele,
aguarda o terceiro dia
em que a pedra será rolada
e o silêncio se fará luz.
Finitude: a arte de viver o agora
A lucidez sobre a fragilidade da existência, pode ser interpretada não apenas como fonte de tristeza, mas também como um convite a uma libertação paradoxal. Ao reconhecer que a vida não se sustenta em grandiosidades épicas ou em felicidade perene, descobrimos que sua beleza reside justamente na efemeridade e na imperfeição. A consciência da finitude não precisa ser apenas um peso, mas pode ser o que nos ensina a valorizar os "pequenos momentos insignificantes" como únicos e insubstituíveis.
Se o amor não é um conto de fadas, sua fragilidade o torna mais precioso — não porque dura para sempre, mas porque, justamente por ser passageiro, exige presença e cuidado. Se a felicidade é fugaz, sua raridade a torna mais intensa quando surge, como um raio de luz em meio à escuridão. A solidão do entendimento, por sua vez, pode ser o preço da autenticidade: ao nos afastarmos das ilusões coletivas, ganhamos a chance de viver com maior profundidade, mesmo que isso nos separe superficialmente dos outros.
Nesse sentido, a tristeza de saber demais não é o fim da experiência, mas seu verdadeiro começo. Ela nos tira do automatismo e nos coloca diante da vida como ela é — frágil, transitória e, por isso mesmo, digna de ser vivida com atenção e coragem. A melancolia não é um beco sem saída, mas um portal para uma existência mais consciente, onde cada instante, por mais breve que seja, ganha um significado precioso porque não durará. A verdade pode doer, mas também nos liberta para encontrar beleza no efêmero e significado no que, de outra forma, pareceria insignificante.
Resumo sobre a problemática do abandono Estatal nas Comunidades
E tomemos como exemplo, as comunidades do Rio de Janeiro. Analisemos de modo sucinto, o porquê os Agentes de Segurança Pública são vistos como "vilões" e os "soldados" do tráfico, como os "heróis": O abandono e o descaso do Estado para com as chamadas "Comunidades Carentes", evidentemente por causa da corrupção, faz com que sejam emergidos das profundezas do lamaçal, figuras referenciais como os traficantes de entorpecentes! Lá, naqueles ambientes abandonados, ou com a presença de pequenos projetos sociais de faixada, "governamentais", os marginais, ocupando o lugar que deveria ser do Estado, passam a configurar, uma espécie de pequeno "estado" ( paralelo), com suas leis, suas ditaduras, suas imposições etc... E o pior de tudo, vistos como a única solução e exemplo de "heroísmo"! E é por isso mesmo que quando a Polícia invade as Favelas, matando esses elementos em confronto, parte da população "carente", invertendo os valores, vê, nos Agentes, como que uma espécie de vilões ( ou os "malvadões") ao passo que os verdadeiros vilões ( que são os traficantes ou os malvados; inimigos da Sociedade) são vistos como os "heróis"! E daí a decorrência da inversão de valores. Lamentavelmente, o Estado criou essa percepção e inversão. E o mais pavoroso, é isto: É sabermos que o Estado, tornou-se o pior inimigo de seus próprios Agentes da Segurança Pública também! Como se não bastasse a repulsa que boa parcela da População Carente passou a ter pelos Agentes de Segurança Pública, por causa da ausência do Estado, o Estado, oprime ainda mais seus próprios Agentes. Não fornecendo todas as condições necessárias para o combate ao crime organizado! CV, TC, ADA, TCP, viraram uma espécie de mini-estados dentro do próprio Estado. E os criminosos, os "agentes" da "segurança" das Comunidades, enquanto os Policiais é quem viraram os "criminosos". Os "vilões" que tiram a paz de uma população de "bem". É uma falsa percepção causada pela omissão do próprio Estado.
Às 08:11 in 18.04.2025
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