Um Poema para as Maes Drummond

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⁠Eu te odeio, te amo

Eu te odeio tanto que mordo a língua,
Fecho os olhos para não te ver passar.
Cada vez que você se aproxima,
É como se o mundo desabasse, sem avisar.

Te odeio ao ponto de desejar teu esquecimento,
Que teu nome seja vento,
Que teu rosto se torne névoa,
Mas fugir desse tormento é puro intento.

Te odeio por me obrigar a mentir,
A esconder o que grita dentro de mim.
Te odeio por me fazer te amar,
E depois, sem aviso, me deixar no fim.

Te odeio porque te amo mais do que posso,
Porque, em silêncio, carrego esse fardo profundo.
Você me deu asas e, depois, me jogou no poço,
E eu me odeio por ainda te querer no meu mundo.

Dez meses se passaram, e aqui estou,
Prisioneiro de lembranças que não me deixam partir.
Você me vê como amigo, e eu me perco,
Pois ser apenas isso, eu nunca vou conseguir.

Eu odeio teus olhos castanhos brilhantes,
Teu sorriso que ilumina e desarma,
Teu cabelo, que é um mar de seda,
E me odeio por te amar com tanta lama.

Te odeio por não conseguir seguir adiante,
E me odeio por te amar com tanta ferocidade.
Te odeio por te manter num pedestal,
Mesmo agora, penso em ti, de modo irracional.

Me prendi em minha própria loucura por ti,
De onde não consigo me libertar, nem se quisesse.
Te odeio e te amo em cada verso,
Sou cativo do teu riso e do teu olhar.
Nessa confusão, me perco, me disperso,
Sabendo que nunca vou deixar de te amar.

Inserida por marcoantonio04

O que Lacan chama de um sujeito petrificado pelo significante é um sujeito que não faz quaisquer perguntas. A definição mais simples de um sujeito petrificado é a daquele que não se questiona sobre si mesmo. Ele vive e age, mas não pensa sobre si.

⁠Vencer não é fácil. É preciso ter uma vontade de ferro, cabeça o lugar e muito autossacrifício.

Inserida por pensador

⁠Você nunca sabe quando a sorte vai mudar a seu favor, então você não pode desistir nunca.

Inserida por pensador

⁠Do tupi-guarani Tauá é barro/
É um tipo de argila aluvional amarela/

Amarelo como o Sol que dorme/
E sonha, atrás do Quinamuiú, a Serra!

Inserida por Icaro_Silvaescritor

⁠PRELÚDIO E FINALIDADE.

Por falar em saudade
Lembro-me de muitas coisas,
Escola, primeiras paixões…

Quando criança, tal liberdade,
Rir-se de qualquer coisa boba,
Nas boas lembranças faço visitações…

Crescemos em prol da felicidade,
Felicidade é aonde corpo e alma repousa,
Independentemente do Sol dos verões…

Em tudo há prelúdio e finalidade,
Tempo longínquo, vida que é curta, lave sua louça,
Pois, a vida em si tem suas razões.
03/08/2020.

Inserida por Icaro_Silvaescritor

⁠Amanhã

O amanhã virá ? não sei,
Ninguém sabe...

Eu queria que o meu viesse cheio de transformações com, desejos realizados, milagres na saúde. Muitas mudanças, alegrias, empatias das pessoas, amor, abraços, perdão, danças e risos muitos risos

viver sem medo de amar
porque esse, como dizia Drummond ficou mais abaixo dos subterrâneos, ele e rouba os sonhos.

não quero reticências, não quero meias verdades, quero ser forte e de decisões acertadas, estar a frente, ir a luta e cair na "folia"

Mas e o seu amanhã como será?

Ao lado de uma boa companhia, na inércia inanimada, lê-se poesia...


comentário ao monumento de Carlos Drummond de Andrade, Rio de Janeiro.

Inserida por gnpoesia

OSTENTAÇÃO É UMA MERDA

Isso de mostrar teu ouro
Esfregar na minha cara teu luxo
O vazio do seu caviar
Ao seu Porsche
É imenso e gritante.
É coisa ridícula.
Pendura no teu pescoço
Um livro de Drummond,
Um livro de Dostoiévski.
Recita pra tua morena
A poesia mais luminosa.
Ela vai amar o que você
Carrega por dentro.
Não essas coisas
Externas e breves.

Inserida por RoneyRodrigues

Todas as faces de uma poesia anacrônica



De qual poesia estamos falando?
Da sua, da minha ou da de Drummond?
A qual classe social pertence os teus versos?

Pois se falas de um sobrado com vistas para o mar,
a poesia é uma.
Se falas de um puxadinho a beira córrego,
a poesia é outra.
Se escutas o estampido seco dos disparos ao longe,
mas não vês a cor do sangue que pinta a calçada de vermelho
e o choro triste da mãe que escorre em silêncio de seus olhos avermelhados
e envolve o corpo morto de seu filho, ainda (adolescente), caído na sarjeta
a poesia pode até te dizer algo, talvez, não te diga tudo.
E o mais provável é que não te diga mesmo tudo!
Mas dirá algo com toda certeza.
Mesmo que pense, (in)conscientemente, não ter mais nada a ser visto.

Se não vês o sangue urdir a tua consciência
e tomar-te de indignação por completo
de certo, talvez até critiques o que lê.
Pois não sabes de que poesia se está falando.
Não sabes de qual estética poética falo
e eu de certo, na mesma medida que ti,
não faço ideia de que versos você se veste
quando investe sua ira contra mim.

De quem é a poesia?
De quem a escreve,
de quem a lê,
de quem?

Dizem que a poesia não tem classe social, gênero, cor, raça, etnia, religião...
Tudo mentira!
A poesia é pretensiosa, escolhe e se faz escolher, manipula.
A poesia se disfarça e se versa em faces diversas,
só para manter o disfarce, da grande farsa que somos todos iguais.
Inclusive quando escrevemos versos.
Eu minto, tu mentes, ele mente...
Drummond, não.

Inserida por JotaW

AMOR
“Pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir em frente...” – Carlos Drummond de Andrade.

RESPOSTA A DRUMMOND
Ah Drummond como foi certa,
Sua afirmação sobre o amor,
Andamos todos precisados,

Pena que não vemos esse alerta,
E sofremos com muita dor,
Realmente estamos necessitados.

Mas hoje a dose deve ser,
Em muito multiplicada,
Pois a falta de amor é de doer,
A situação está muito complicada.

Hoje é efêmera a alegria,
Desumanizados cada vez mais,
E mais desobedientes a cada dia,
Paciência e esperança,
Que eram principais,
Hoje se tornaram banais,
Força é só para agressão,
Capacidade de entender é incompreensão,
Perdoar cedeu lugar á vingança,
Ir para frente ficou à beira do caminho,

Mas não se desesperem,
Ninguém está sozinho,
Os profetas se referem,
A alguém que vem ajudar,
Basta nEle confiar,
E Ele virá nos salvar,
Pois pagou o preço na cruz,
Por ti e por mim,
Nosso salvador Jesus,
Nos dará um novo começo sem fim.

Autor: Agnaldo Borges
14/10/2014 - 14:19

Inserida por AgnaldoJoeciBorges

E agora?

E agora?
O comercio fechou,
A escola parou
O emprego acabou.

E agora?
Na igreja não vou
reunir-se não pode
visitar os pais não vou
e a gente se isolou.

E agora?
Milhares de pessoas o vírus matou
outros milhares ele infectou
e a muitos ela já alcançou

E agora?
Quando tudo terminar
saberemos como recomeçar?
Teremos força para recomeçar?

E agora?
o que podemos fazer
para não perecer
toda a nossa vida
seja ela na família
ou na economia?
E agora?

Inserida por juliana_rossi

⁠Poesias do mestre
A inesquecível e simples pedra
Que estava no meio do caminho
Poesia sem formato limitado
Que supera todos os obstáculos
Meu querido Carlos
Na poesia de sete faces
Descrevendo sua multiplicidade
Que não se enquadra a sua sociedade
A quadrilha do amor
Lança-se a sorte de encontrar
Um amor verdadeiro
Nesse mundo cheio de dor
E o que falar de José
Sozinho na cidade grande
Sem esperança e sem rumo
Mas resistente seguindo em frente
E o seu sentimento em Amar
Mesmo com toda destruição
Em seus ombros suportando o mundo
Pelas sem-razões do amor

Inserida por ivanildo_sales

No meio do caminho havia uma paixão
Havia uma paixão no meio do caminho
Havia uma paixão
No meio do caminho havia uma paixão.

Nunca me esquecerei desse encontro tão evitado
Na vida de minhas rotinas já tão decepcionadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Havia uma paixão
Havia uma paixão no meio do caminho
E eu tive que decidir se parava ou prosseguia

Afinal meu caro Drummond...
Havia uma paixão no meio do caminho
mas isso não quer dizer que eu tinha
Paixão não é pedra Drummond
Você pensa que tem e descobre que só havia.

Mas havia uma paixão no meio do caminho.
E como não é palpável como pedra
Segui meu caminho de rotinas decepcionadas
Nunca me esquecerei desse encontro inesperado
Havia uma paixão no meio do caminho
E eu não paguei pra ver se a tinha.

Inserida por Lizzyauer

MEMÓRIA

Minha avó fazia café bem doce. Talvez, por uma necessidade de se procriar além dos filhos legítimos. Biscoitos na gordura, pão de queijo no forno, bolo de chocolate em cima da geladeira. O cenário aparentemente bucólico escondia guerra das mais matutas em orvalhos e outras fragrâncias. Cheirava a cozinha um cheiro forte do que se come. No quintal, cheiravam as flores um cheiro que se vislumbra. Alimentar dos produtos da casa vigorava a minha carne. Alimentar do beija-flor que tomava o néctar de hibiscos em diversos matizes alimentava a minha alma. O cachorro latia freneticamente. Eu não sabia que o bichinho também comia: a alegria das folhinhas em domingo. Ao pé da jabuticabeira, meu Drummond chorava todos os lirismos nascidos da terra caudalosa, terra de muitas veredas e rupturas. Minha mãe afagava meus cabelos, o pai e os tios viam futebol, a pequena irmã devorava porções de desenhos animados.
Não fosse eu poeta, esta prosa seria pólvora. Não fosse eu poeta, partículas cintilantes de minha vida perderiam na guerra dos tempos que não se curam: saudade.

Inserida por ItaloSamuelWyatt

Quando paramos de pensar sobre as implicações da existência e não existência de Deus, entretanto, assumimos qualquer posição sem ao menos refletir, fazemos do tema algo meramente irrelevante. Sua existência ou não, pouco importa!
Para uma vida sem busca por propósito, só lhe resta a máxima de Sartre, "a realidade nua e crua, a realidade sem valor da existência".
A reflexão faz-nos ir além de pressupostos. Ela eleva a nossa mente em um patamar no qual podemos vislumbrar à essência de cada um de nós. Parafraseando Kant, "Ouse saber!", ou melhor, ouse conhecer quem é você.

Queria eu, ser o Rei do Mundo, baixaria um decreto: inspire o mundo, desvendando as aspirações que existem no profundo.
Lendo Drummond de Andrade.

Inserida por SolidoesdeCaligula

⁠A natureza brasileira,
uma fonte de inspiração,
encanta a alma inteira
e nos leva à contemplação.

Machado de Assis já dizia
que a natureza é como um livro,
onde a sabedoria se irradia,
e nos enche de um amor vivo.

Guimarães Rosa, por sua vez,
falava da natureza sertaneja,
que ensina ao homem, de uma vez,
a lição da humildade que almeja.

Carlos Drummond de Andrade,
com sua poesia sensível,
via a natureza como uma verdade
que se expressa de forma incrível.

E Vinicius de Moraes,
com sua canção e beleza,
celebrava as belezas naturais,
que nos envolvem com tanta grandeza.

Assim, a natureza brasileira
nos leva a um mundo de emoção,
e nos faz perceber, de maneira inteira,
que a vida é uma grande benção.

Inserida por romeufelix

Quero dizer, foi você quem me ensinou o sinônimo de amar e todos os antônimos de odiar: querer, gostar, venerar.
Todos os dias de manhã quando eu acordava com o cabelo mais bagunçado que os sentimentos no meu peito, e você dizia como eu estava linda, tão linda quanto meus olhos naquela tarde de domingo quando me conheceu. Eu sorria, envergonhada. ''está maluco por falta de cafeina.'' Eu disse uma vez, e você com toda graça e maestria recitou pelos próximo vinte segundos uma ideia contra aquela. Sempre foi teimoso demais...como quando estávamos naquela biblioteca uma vez, e teimou em dizer que Fernando Pessoa não era tão bom quanto Carlos Drummond. Me emburrei. Bati o pé e disse o quão insano era por pensar aquilo, todavia sua citação aniquilou o meu argumento em menos de um segundo: Entre a dor e o nada o que você escolhe?

E eu que sempre tive uma resposta na ponta da língua me vi sem ela. O que você escolhe? As palavras rondavam em minha mente, como aquele vinil gasto e velho que costumávamos colocar para tocar.

Seus cabelos estavam caídos para o lado naquele dia, sua barba por fazer, usava o suéter xadrez que eu costumava roubar toda a madrugada, apenas pra sentir o seu perfume amadeirado. Sorri. Suas iris castanhas me observavam com atenção e céus, naquele momento eu soube... eu enfim soube o porque de vir ao mundo chorando, o porque de ter tantas cicatrizes causadas por amores rasos, rasos demais que me causavam dores por mergulhar de cabeça, o porque de ter caminhado por um longo tempo na estrada chamada vida, até um lugar denominado pela geografia de Rio de Janeiro.
Tudo em prol de conhecer você, naquela avenida movimentada e calejada do centro, com comerciantes gritando e pessoas apressadas para os seus trabalhos. Leite e mel pingaram dos meus olhos antes de dizer:

Eu escolho a dor. Se ela tiver o seu nome, sobrenome e endereço.

Inserida por julieta_bukowski

⁠... do outro lado da linha pode estar:
O sorriso da sua boca;
a cura pro seus medos;
a outra taça de vinho.
PauloM @vinhos.br

Inserida por Amantedovinho

respirei e respirei
E mais fundo respirei
Quanto mais respirei
más respirei
E respirei
Mais vida tive
e mais respirei
amei respirar

Inserida por ojeanbarroso

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