Um Estranho Impar Poesia

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⁠Exílio Nublado

O lençol me afaga a pele
Suave, mas é traiçoeiro
Ele me cura a angústia
Mas é na cura que ele me fere
E eu me levanto ao avesso
Triste, mas com esperança
De evitar o pedregulho
Que já me causou o tropeço
E eu insisto nas erratas
Ingênuo, mas já sabendo
Que o caminho que percorro
Já tem minhas pegadas
E eu não estou sozinho
Isto é, fora eu mesmo
E eu tento me abraçar
Mas eu sou só espinhos

Inserida por electrikatze

⁠Poema Veilleusense

Enquanto alguns dormiam
nas horas noturnas eu cantava
Fazia espetáculos, dançava e
dominava a noite e alegrava.

Uma noite, quando eu voltava para casa,
fui abordada por uma criatura com dentes pontiagudos e asas.

Sugou meu sangue sem parar
Me deixou no chão sem respirar.

Na noite seguinte
fiquei mais forte e voltei a cantar.
Eu cantei e dancei sem parar.
Minha força dobrou.
Meu corpo melhorou.

Sua vida é preciosa como diamante,
meu eterno amante.

Quero viver e seu sangue tomar.
Sem os machucar e sem a vida tirar.

Me chamam de Veilleuse, a vampira Dragqueen.

14-04-22

Inserida por _maria_dutra_

⁠Tristeza, noite que se aprofunda em escuridão,
trazendo sussurros de mais além, do vale e dos ermos,
vozes que flutuam em sustenidos em tristes ais,
é difícil sermos felizes e despreocupados, quando sabemos,
que há em algum lugar deste planeta lindo,
uma guerra que destrói e mata, levando inocentes,
que dão seu último olhar para o céu, pedindo paz...

Inserida por neusamarilda

Você sabia que eu te amo?
Talvez eu nunca tenha dito através das palavras, mas em cada gesto meu podes notar a imensidão desse amor?
Você alguma vez voou?
Pelo menos em sonhos, ⁠você já teve essa sensação?
Eu posso voar, flutuando entre as asas da minha imaginação.
Guardo meu coração pra ti.
E escrevo a mais linda poesia de amor.

Inserida por SulamitaBritoSilva

⁠Saudades da solidão
Prezo a ser refém da solitude
Pois só penso em o que pensam
Pois eles não pensam como eu penso

Desejo da intimidade venerável
Mas já foi discriminada a confiança
Estimando a voltar com quem tenho intimidade
Pois na confiança da solidão há integridade

Inserida por Guibena

Almas Negras

Corpo cândido, fraqueza natural
Caída sob meus braços, num impulso natural
De meus agudos caninos, meu ser adentra a ti
Morte não significa fim, por mim viverá
Milhões de anos serão noites sem fim
Suas rezas surdas foram ouvidas por mim
Condenada a eterna escuridão, providenciando maldições
Massa cerebral desprovida das falhas humanas
A virtude em preto e branco
Lapidada com o véu da morte
Nossa fusão agora é sepulcral

Perseguidores sanguinários
Provamos do sangue, alimentando o insano
O alvo é você, a indefesa serventia é comida
Meus pecados não significam nada
Os fins justificando os meios, não há Deus sob céu
Em meu caminho desdenhoso te faço seguir
O rasgo maldoso cobriu sua frágil pureza
O seu sangue percorre como combustível
Prisioneiros da penumbra, era das trevas prevalece
Vivencia desafiadora, minhas presas clamam luxurias

Por marés de sangue viajaremos
Ambos perdidos no esquecimento
Alienados totalmente dos ensinamentos
Não recebemos ordens divina
Só obedecemos ao nosso credo
Vencidos pelo desejo carnal
A grande paixão melancólica, provida do sorumbático luar
Nossos desejos mundanos
Reflete o mais sagrados dos desejos
Olhos santificados não enxergam nossa justiça
De olhos julgadores, somos os juízes
Abaixo para todo sempre
A Lua negra é o nosso único lar. ⁠

Inserida por cawan_callonny

⁠Vermelho

Ruge a voz dos bons conselhos
Caro horror que fere e fura
No sangrar dos teus joelhos
Redentora dor que cura

Os teus olhos, como espelhos
Refletindo seus vermelhos
Cor que sangra vida pura

Inserida por mnora

⁠Laranja

Cadê Deus, meu pai? me conte!
a menina moça arteira
pede ao pai que lhe aponte
uma prova verdadeira

Cai o sol por trás do monte
colorindo o horizonte
ri o velho na soleira...

Inserida por mnora

⁠Amarelo

Lá do alto, uma luz
passa e ofusca os meus deslizes
feito ouro que reluz
rasga o céu entre os matizes

Radiante, andaluz
num rabisco que traduz
meu anseios mais felizes...

Inserida por mnora

⁠Azul

A distância impassível
que separa nosso olhar;
o destino, previsível,
que insiste em separar.

improvável impossível
um encontro indescritível
o azul do céu no mar...

Inserida por mnora

⁠Anil

Escapole a borboleta
Bate as asas sob a luz
Como índigo cometa
Brilha em cores incomuns

Sua quase violeta
Tortuosa silhueta
Na fronteira dos azuis

Inserida por mnora

⁠Violeta

Uma órfã avistou
seu quintal ao fim da guerra
e, chorando, acreditou
que a vida não se encerra,

pois, ali, o sol raiou,
o arco-íris se formou
e uma flor brotou na terra...

Inserida por mnora

⁠branco

Minha força vem de lá
O meu canto vem de Angola
Uma voz a ecoar
Os lamentos da Guiné

Arrastado pelo mar,
veio o sangue quilombola
Carregando a minha fé...

Inserida por mnora

pérola

Quando a onda se aquebranta
em espumas lá na areia,
a jangada se alevanta;
quem é d'água não mareia!

Marinheiro que se encanta
não enjoa nem se espanta
com o canto da Sereia...

Inserida por mnora

⁠Conselhos

Se não foi tão bom, reclame!
Chame Deus no céu e clame!
Se você vencer, proclame!
Se for bem legal, me chame!

Pra quê medo de vexame?
Faça versos e declame!
Ou, então, apenas... ame!

Inserida por mnora

⁠Gol!

Tuas glórias brilharão
Nas estrelas posso ver
És eterno campeão
União te faz vencer

Pois é rubro o coração
Que entoa essa canção
Para sempre hei de torcer

Inserida por mnora

⁠Beduíno

Quantas vezes eu me pego
a olhar os meus desertos
e parece que estou cego
Tantos vultos, tão incertos...

Não confirmo e não nego
Nas areias do meu ego
quantos eus estão cobertos?

Inserida por mnora

⁠AS POMBAS

Dez horas!
Sol quase a pino.
Pombas brancas voam em todas as direções.
Corpos seminus bronzeiam-se estendidos sobre esteiras.
Por toda a praia, contrastes com a espuma branca do mar.
Um colorido sem igual!
Crianças brincam e correm, chego a acreditar na bondade dos homens.
Busco o momento oportuno para arquivar esta cena numa foto sensacional.
Os guarda-sóis coloridos parecem em festa.
As pombas vêm e vão ou aproximam-se de uma criança que lhes atira migalhas de pão.
Este é o momento que eu queria!
Uma criança, o azul, o mar, as pombas, um quadro infinito de paz....

Inserida por touchegrs

⁠Os corações pulsam
sem controle

Quem me dera ser mais falso!
Em meus olhos marejados
Com esses nós,
Na garganta
Esses gritos em descompasso
No palpitar de palavras
Meu peito bate apertado!
Fujo da paixão?
Ou ela não me acha?
Talvez não queira ser encontrado!
Porque hoje meu peito
Não pode ser lançado
As asas estão podadas
Ganhei um peito desconfiado
Onde beijos não são promessas
E palavras podem ser mentiras
Quem me dera ser mais falso!
Ou mais inocente nas feridas!

Inserida por touchegrs

⁠Era Das Trevas

Salmodiam palavras vazias
Ao Deus que tanto chora
Das casas anjo nenhum lá mora
O pesadelo do qual não se acorda
Agora é o dia que jamais retorna
Ansiando dominar o mundo lá fora
Acovarda bem alto, rotulada maldita
Impedida de alcançar, nem da asa ela toca
De meu ser tristonho, até o mundo lá fora
Atrai tendenciosas almas moribundas
Ao meu som que nunca tarda
Por ser puramente expiadora
Minha canção melódica
Domina tudo, sem se importar
Destruindo tudo, ela busca salvar
Na macabra sinfonia, o ser renovar
Destinado as infinitas notas
O mundo até por mim chora
Chocados, os olhos se apavoram
Amedrontados na realidade
Desejam sem aversão
Uma possível redenção
Por um Deus que já não chora.

Inserida por cawan_callonny